STJD: Bruno Henrique Tem Processo Mantido Após Voto Decisivo – O Que Acontece Agora?

A jornada jurídica de Bruno Henrique no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) teve um capítulo decisivo na última quinta-feira (4), no Rio de Janeiro. A 1ª Comissão Disciplinar, responsável por julgar o atacante do Flamengo em denúncias de manipulação de resultados ligadas a apostas esportivas, optou pela continuidade do processo. A decisão veio após uma sessão de aproximadamente três horas, na qual a defesa do atleta buscou a extinção do caso por prescrição, mas não obteve sucesso.

Desde o início das acusações, o Clube de Regatas do Flamengo tem se posicionado firmemente ao lado de seu jogador. Michel Asseff Filho, um dos advogados que representa Bruno Henrique , articulou a postura do clube com clareza e veemência, ressaltando o compromisso com a integridade esportiva e o apoio incondicional ao seu atleta.

O Flamengo reitera seu posicionamento de cumprimento às regras, de reprovação total a qualquer ato de manipulação de resultados. É exatamente por isso que o Flamengo está aqui. Demonstrar apoio ao seu atleta. E fazer com que, no final desse processo, façamos justiça. Até hoje, talvez nunca em caso como esse, de manipulação de resultados, um clube tenha dado as mãos ao seu atleta. O Flamengo está aqui para isso.

A Batalha Pela Prescrição: Detalhes da Sessão

A sessão teve seu pontapé inicial com a leitura da denúncia formalizada pela Procuradoria e do relatório da investigação conduzida na esfera criminal, apresentados pelo auditor relator Alcino Guedes. Um dos momentos mais aguardados foi a transcrição das mensagens trocadas entre Bruno Henrique e Wander, que foram lidas em plenário, detalhando os elementos da acusação.

Após a exposição inicial da acusação, as defesas dos envolvidos ? Bruno Henrique , Claudinei Vitor e Douglas Ribeiros, amigos de Wander ? concentraram seus esforços na argumentação pela prescrição do processo. A tese central girava em torno do prazo de 60 dias que a Procuradoria do STJD teria para apresentar a denúncia após o recebimento das informações da Polícia Federal, alegando que este período teria sido excedido.

Foto: (Divulgação)

O Voto Decisivo e a Continuidade do Julgamento

Apesar dos argumentos da defesa, o auditor relator Alcino Guedes defendeu que a Procuradoria havia utilizado 58 dos 60 dias de prazo para formalizar a denúncia, refutando a tese de prescrição. Seu entendimento foi endossado pelos auditores William Figueiredo e Carolina Teixeira Ramo, que acompanharam seu voto.

Contrariamente, o presidente e o vice-presidente da 1ª Comissão Disciplinar, Marcelo da Rocha Ribeiro Dantas e Guilherme Martorelli, respectivamente, acolheram a argumentação da defesa sobre a prescrição. No entanto, o placar final da votação, que resultou em 3 a 2 contra a prescrição, determinou que o processo seguirá adiante. Com a rejeição da tese de extinção do caso, a Comissão Disciplinar passará agora à análise do mérito das acusações, adentrando nos detalhes das evidências e dos fatos apresentados.