Manobra do Flamengo no STJD Salva Bruno Henrique de Punição

O julgamento de Bruno Henrique pelo Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) resultou em uma penalidade surpreendentemente branda para o atacante do Flamengo, que escapou de uma suspensão significativa no processo relacionado a supostas fraudes em apostas esportivas. A decisão de aplicar apenas uma multa ao jogador, em vez da punição mais severa de doze jogos de afastamento, levantou questionamentos e colocou em evidência a estratégia de defesa adotada pelo clube carioca.

A postura do Flamengo durante o processo foi objeto de forte crítica por parte do advogado especialista em Direito Desportivo, Paulo Feuz, que já atuou como auditor do STJD. Em uma participação no programa "Domingol com Benja", da CNN Brasil, o jurista expressou sua visão contundente sobre as ações do rubro-negro, considerando-as mais problemáticas do que o próprio veredito do tribunal.

A Conduta Rubro-Negra em Xeque

A defesa do clube, que alegou ter instruído o próprio atacante a forçar o cartão amarelo sob investigação, acabou por servir como um fator atenuante para a pena de Bruno Henrique . Essa admissão por parte do Flamengo , ao invés de atenuar a situação do clube, foi vista por Feuz como um ato de negligência ou até mesmo de má conduta.

Segundo a avaliação do ex-auditor, a atitude de omissão e a confissão de ter orientado o jogador a cometer uma infração foram "mais lamentável que a própria decisão do STJD". Tal declaração sublinha a gravidade percebida na estratégia flamenguista, que, embora tenha beneficiado o atleta individualmente, expôs o clube a uma análise crítica sobre seus princípios éticos e a sua responsabilidade na condução de seus profissionais.