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Flamengo Satisfeito: CBF Lança Fair Play Financeiro com Regras Rígidas
Por Redação Flapress em 11/11/2025 20:50
O cenário do futebol brasileiro está prestes a passar por uma transformação significativa, com a iminente implementação do Fair Play Financeiro pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). As primeiras movimentações indicam que o Flamengo, um dos gigantes do esporte nacional, demonstrou satisfação com a proposta inicial apresentada aos clubes. A informação, detalhada por Rodrigo Mattos no ?Cartão Vermelho? do Canal UOL, revela um modelo que promete redefinir a gestão orçamentária das equipes.
A essência do plano reside na imposição de um teto para os gastos com o departamento de futebol, limitando-os a 70% da receita total do clube. Adicionalmente, o monitoramento de novas dívidas se tornará uma realidade a partir de 2026, estabelecendo um novo paradigma de responsabilidade fiscal. O Rubro-Negro, que havia contribuído ativamente com a CBF ao submeter sua própria minuta de Fair Play, percebeu que a maioria de suas sugestões foi incorporada ao esboço.
A recente reunião, segundo Mattos, foi meramente uma etapa de apresentação do que será o modelo de Fair Play, ainda não definitivo. O processo prevê que os clubes, agora, apresentem suas considerações. ?Hoje o que teve foi a reunião de apresentação da CBF do esboço do que vai ser o modelo de Fair Play. Não é definitivo, foi a apresentação para os clubes, e os clubes apresentam agora sugestões. Dois clubes já tinham formalizado sugestões: o Flamengo e o Corinthians?, explicou Rodrigo Mattos. Ele acrescentou que ?O Flamengo publicou as suas sugestões e o Corinthians estava tratando da questão da transição, o tempo que ia demorar para você aplicar o controle de contas.?
Os Pilares do Novo Regime Financeiro
A repercussão inicial no Ninho do Urubu foi positiva. ?A informação que eu tive hoje é que o Flamengo ficou satisfeito com o que foi mostrado. Tem muito das coisas daquela proposta do Flamengo ?, revelou Mattos. Contudo, nem todos os pontos do clube carioca foram acolhidos; um controle mais rigoroso sobre aportes financeiros e a regulamentação do gramado sintético, por exemplo, não foram incluídos, embora o Flamengo não tivesse expectativas elevadas a respeito desses últimos. Quanto ao Corinthians, que se preocupava com o tempo de adaptação às novas regras, parece que a CBF encontrou uma solução de ?meio-termo?.
O jornalista Rodrigo Mattos elucidou como a CBF pretende fiscalizar as finanças dos clubes a partir de 2026 e as etapas das sanções para aqueles que desrespeitarem o novo regulamento. Embora o controle das contas comece já, as punições efetivas só poderão ser aplicadas a partir de 2028. A lógica é gradual e instrutiva.
Em caso de déficit, a penalidade não é imediata. ?Se você tiver déficit, não é imediatamente. Aí o clube entra em período de monitoramento durante três anos e tem que apresentar contas com déficit até 30 milhões para ir reduzindo. Como se fosse uma coisa paulatina, entendeu? E a CBF dando instruções ali?, detalhou Mattos.
Fiscalização e Punições: Um Cronograma Detalhado
O cerne da limitação de gastos para o futebol, estipulada em 70% das receitas, abrange salários, encargos e direitos de imagem. No que tange às dívidas, o cenário é mais imediato. A partir de 2026, novas dívidas já estarão sob controle e poderão gerar sanções. Se um clube, por exemplo, contratar um jogador em janeiro de 2026 e não honrar a primeira parcela em fevereiro, o ?checkpoint? da CBF em março já o tornará passível de punição. As penalidades iniciarão com advertências, mas se o descumprimento for recorrente, o clube estará ?de fato submetido? a medidas mais severas.
Para facilitar a compreensão do cronograma e das regras, apresentamos um resumo:
Item Regulamentado Início do Monitoramento Início das Punições Detalhes da Regra Gastos com Futebol A partir de 2026 A partir de 2028 Limite de 70% da receita (salários, encargos, direitos de imagem) Novas Dívidas A partir de 2026 A partir de 2026 Punição imediata em caso de não pagamento após "checkpoint" (ex: março) Dívidas Antigas Novembro de 2026 Após 11 meses de prazo de ajuste (a partir de Nov/2026) Clubes têm até novembro de 2026 para ajustar contas passadas Déficit Acima de R$30 milhões A partir de 2028 Após 3 anos de monitoramento e falha na redução Clube entra em monitoramento de 3 anos para reduzir o déficit
Influência Europeia e Adaptações Nacionais
O jornalista esclarece que as dívidas antigas também terão um prazo para ajuste, alinhando-se aos princípios do modelo europeu, porém com adaptações para a realidade brasileira. ?As dívidas antigas vão ter o mesmo tratamento a partir de novembro de 2026, ou seja, ano que vem é um ano muito importante para as contas dos clubes, porque eles vão ter 11 meses para ajeitar suas contas passadas todas e fazerem elas caberem dentro do orçamento, senão elas vão começar também a gerar punição?, afirmou Rodrigo Mattos.
O modelo apresentado pela CBF incorpora os princípios fundamentais adotados na Europa, mas com as devidas adequações ao contexto nacional. Isso inclui, por exemplo, a questão da recuperação judicial, estabelecendo restrições para clubes que se encontram nessa situação, a fim de evitar que obtenham uma vantagem competitiva indevida. A busca é por um equilíbrio que promova a saúde financeira e a equidade no futebol brasileiro.
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