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Flamengo: Pedro é a Chave para a Retomada Ofensiva em Jogos Decisivos?
Por Redação Flapress em 14/10/2025 04:20
O Clube de Regatas do Flamengo se aproxima de um período decisivo na temporada, com confrontos que moldarão as ambições para 2025. Os embates contra Botafogo e Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro, seguidos pelas semifinais da Libertadores contra o Racing, nos dias 22 e 29, representam o ápice do ano. Nesse cenário de alta voltagem, a reorganização do setor ofensivo, sob a batuta de Filipe Luís, tornou-se uma prioridade inadiável, especialmente após as recentes dificuldades.
Apesar de acumular 108 gols no ano, o poder de fogo rubro-negro demonstra sinais de esgotamento nos últimos cinco compromissos. O balanço desse recorte é preocupante: apenas uma vitória, dois empates e duas derrotas, com um saldo negativo de gols ? três marcados contra quatro sofridos. Uma performance que levanta sérias questões sobre a efetividade da frente de ataque.
Essa instabilidade marca uma ruptura com a sequência vitoriosa anterior. Antes do empate contra o Vasco, o time ostentava um retrospecto invejável de oito vitórias em nove partidas, com apenas um empate diante do Grêmio. A incapacidade de manter essa consistência desde então tem sido um ponto de inflexão na trajetória da equipe.
O Dilema Tático e a Eficiência em Campo
A variação tática implementada por Filipe Luís na linha de frente é notória. Nos últimos 11 jogos, o treinador repetiu a trinca ofensiva composta por Plata, Pedro e Samuel Lino em apenas quatro ocasiões. Curiosamente, Samuel Lino é o único a se manter como figura constante, participando de 10 dessas 11 partidas.
Apesar de integrar a formação mais recorrente, Pedro , o camisa 9, ainda não consolidou sua posição como titular absoluto sob o comando de Filipe Luís . Frequentemente, o atacante disputa espaço com Bruno Henrique e Plata, que em diversas oportunidades foram improvisados na função de centroavante, como visto nos recentes duelos contra Cruzeiro e Corinthians. Em São Paulo, inclusive, Pedro sequer foi acionado, evidenciando sua oscilante condição no elenco.
A análise do desempenho da equipe com e sem a presença de Pedro no onze inicial revela um contraste significativo nos resultados e na produção ofensiva. Os dados a seguir ilustram o impacto da participação do camisa 9:
Cenário | Jogos | Pedro Titular | Gols de Pedro | Assistências de Pedro | Resultados do Time | Gols Pró/Contra (Time) |
---|---|---|---|---|---|---|
Últimos 5 Jogos | 5 | 2 (substituído cedo em ambos) | 0 | 0 | 1 vitória, 2 empates, 2 derrotas | 3/4 |
6 Jogos Anteriores | 6 | 5 (1 reserva, marcou) | 7 | 2 | 5 vitórias, 1 empate | Não especificado/Não aplicável |

A Filosofia de Filipe Luís: Tática, Desempenho e o Papel do Camisa 9
Após o empate com o Cruzeiro, partida em que Pedro atuou por apenas oito minutos, Filipe Luís foi questionado sobre a opção de iniciar sem um centroavante de ofício. O técnico justificou suas escolhas com base nas características do adversário, reiterando sua abordagem pragmática:
Tudo vai em função do nosso plano de jogo, das características que eu acredito que a equipe precisa para vencer o jogo. Independente dos números, já falei isso, dos nomes, idade, isso não importa. Sempre é a opção que eu acredito, eu como treinador, que a equipe precisa e qual o caminho para vencer a partida. Nem sempre vou acertar, às vezes eu acerto, às vezes erro, é normal do meu trabalho, mas sempre com as mesmas convicções.
Essa postura tática se alinha a declarações anteriores do treinador. Em julho, Filipe Luís havia cobrado publicamente Pedro após uma série de treinos aquém do esperado, criticando a postura do jogador. Naquela ocasião, o técnico enfatizou que o Flamengo não encontraria no mercado um atacante com a qualidade do camisa 9 e que esperava que ele se tornasse a solução para o ataque. Ele afirmou que, quando isso ocorresse, Pedro seria titular. Contudo, é sabido que o Rubro-Negro buscou, na janela de transferências, um atleta para o setor com características distintas, o que adiciona uma camada de complexidade à situação.
A cobrança de Filipe Luís ao jogador foi incisiva, delineando claramente o caminho para a titularidade:
Eu não posso ir ao mercado para buscar um jogador que faça 30 gols que nem ele. Ele está aqui com a gente, ele não deveria ser o problema, ele deveria ser a solução. Mas quando ele quiser, pedir desculpas para os companheiros e voltar a treinar, com certeza não ser um problema, ele vai ser titular. Não precisa me dar abraço, me dar a mão, me dar bom dia. Precisa ser profissional e resolver no campo. Tenho certeza que quando ele fizer isso aí, eu vou estar esperando o abraço. Mas se ele não quiser me dar, não tem problema nenhum. Eu quero ganhar. Se o Pedro quiser comigo, vamos juntos. Se ele não quiser, outros vão querer.
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