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Zico Revela: Flamengo Não Foi Dominado Pelo Bayern, Aponta Falhas e Questiona VAR
Por Redação Flapress em 01/07/2025 14:40
A recente despedida do Flamengo da Copa do Mundo de Clubes, após uma derrota por 4 a 2 para o Bayern de Munique nas oitavas de final, no último domingo, gerou intensos debates. No epicentro dessas discussões, a voz do maior ídolo rubro-negro, Zico, ecoou com uma análise incisiva e surpreendente sobre o confronto. Atualmente embaixador do clube, o Galinho de Quintino expressou uma visão particular sobre o desempenho alemão, contestando a ideia de um controle absoluto da partida por parte do adversário.
Para Zico, o placar elástico não refletiu uma superioridade incontestável do time bávaro. Em sua perspectiva, o mérito do Bayern residiu mais na capacidade de explorar vulnerabilidades e forçar falhas do que em uma exibição de domínio técnico avassalador. Essa leitura contrasta com a percepção comum de muitos observadores, adicionando uma camada de complexidade à análise do revés rubro-negro.
A Insistência Tática e os Erros Cruciais Apontados por Zico
Apesar de sua avaliação sobre o suposto "não domínio" do Bayern, Zico não poupou críticas à performance do Flamengo . O ex-camisa 10 apontou falhas estratégicas primordiais, especialmente na construção das jogadas a partir da defesa. Segundo ele, a teimosia em tentar sair jogando pelo meio, mesmo sob intensa pressão adversária, foi um fator determinante para os gols sofridos. O ídolo rubro-negro sugeriu que, em certos momentos de aperto, a simplicidade deveria ter prevalecido.
- O mérito do Bayern foi forçar os erros do Flamengo, marcação pressão em cima. Em uma marcação como essa, tem horas que você precisa ser mais simples e jogar a bola lá para frente, dar bico para o alto. O Flamengo estava insistindo em sair pelo meio e tomou três gols assim. O problema maior foi esse. Tem horas que tem que fazer isso (bicão para frente). Você está marcado, está sob pressão, tira a bola daí. Tem a máxima "no alto não tem perigo" (risos) -
Ainda em sua argumentação, Zico elogiou a combatividade do elenco e a postura competitiva, alinhada ao que o técnico Filipe Luís busca para a equipe. Contudo, essa combatividade não foi suficiente para anular os erros em um torneio de alto nível, onde a margem para falhas é praticamente inexistente. A insistência tática, na visão do Galinho, custou caro ao Flamengo .
A Polêmica do VAR e a Visão do Ídolo
Um dos pontos mais veementes da análise de Zico recaiu sobre a atuação da arbitragem e, em particular, do sistema de vídeo (VAR). O ídolo não hesitou em questionar a utilidade da ferramenta em lances cruciais, como o que resultou no primeiro gol contra, marcado por Pulgar. Zico defendeu que houve uma infração clara sobre o zagueiro antes do lance, que não foi assinalada, gerando um escanteio indevido que culminou no gol.
- Qual domínio do Bayern? O Rossi pegou uma bola, fez uma defesa, quando já estava 4 a 2, o cara entrou sozinho, e ele evitou o quinto gol. No mais, foram jogadas de roubada de bola perto do gol. Teve o gol contra, que ao meu ver foi falta. O zagueiro puxou a camisa do Pulgar. O VAR está lá não sei para que. Antes já tinha sido falta quando o Rossi tirou a bola, o cara já tinha empurrado o Pulgar em cima do Rossi. Houve falta ali. Não teria sido o escanteio. -
Para Zico, a passividade do VAR em momentos decisivos comprometeu a justiça do resultado, levantando questionamentos sérios sobre a aplicação das regras e a eficácia da tecnologia. A crítica reforça a percepção de que, em jogos de tamanha importância, a precisão arbitral é fundamental.
Dissecando os Gols: A Saída de Bola Como Calcanhar de Aquiles
Aprofundando-se na análise dos gols sofridos, Zico detalhou como a estratégia de saída de bola do Flamengo se tornou um ponto fraco explorado impiedosamente pelo Bayern. Ele descreveu a sequência de eventos que levaram a cada um dos gols, reforçando a ideia de que a teimosia em sair jogando pelo meio, mesmo sob forte pressão, foi o grande responsável pela eliminação.
- Você vê o segundo gol, o cara fez pressão no Arrascaera, bola no meio, gol. Terceiro gol, o Luiz Araújo foi rebater, rebateu no meio, o cara dominou, gol. Quarto gol, Luiz Araújo foi sair, o cara roubou no meio, gol. Na nossa época, o Coutinho falava: "faz a marcação em cima que vocês estão perto do gol". É isso que o Bayern fez. O Flamengo insistiu e acabou acontecendo os gols. Não tem domínio nenhum. O Flamengo foi muito bem. Competiu dentro daquilo que o Filipe Luís quer que o time jogue. Ali dentro do campo tem algumas coisas que são importantes. Em um campeonato desses, nas oitavas, é erro zero. Não adianta. Os times aproveitam. Não pode errar contra o Bayern. Custou caro para o Flamengo -
A lição, segundo Zico, é clara: em competições de elite, especialmente em um estágio eliminatório, não há espaço para erros primários. A capacidade de um adversário como o Bayern de Munique em capitalizar essas falhas foi o que selou o destino do Flamengo na competição, independentemente de um suposto domínio de jogo.
O Retorno e os Próximos Passos do Elenco
Após a dolorosa eliminação, o Flamengo desembarcou no Rio de Janeiro na manhã da última terça-feira. A preocupação imediata recaiu sobre o meio-campista Pulgar, que foi visto utilizando uma cadeira de rodas. O jogador passará por novos exames para determinar o protocolo de recuperação após uma fratura no quinto metatarso do pé direito, um desfalque significativo para o time.
O elenco principal recebeu um período de folga e a reapresentação está agendada apenas para o próximo sábado. Este tempo será crucial para que os atletas possam assimilar a eliminação e se preparar para os desafios futuros da temporada, buscando reverter a imagem deixada na Copa do Mundo de Clubes e focar nos objetivos nacionais e continentais.
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