Zagueiro Cleiton Fora do Flamengo: Planos e Reforços Cruciais

O Clube de Regatas do Flamengo se encontra em um período estratégico de reavaliação de seu plantel, com a cúpula diretiva e a equipe técnica convergindo na urgência de qualificar o grupo em ao menos três setores. A linha defensiva, em particular, figura como prioridade máxima, especialmente diante da perspectiva de desligamento do zagueiro Cleiton. Formado nas categorias de base do clube e com 21 anos de idade, o defensor possui vínculo contratual até o encerramento de 2025. Contudo, a ausência de progressos nas negociações para uma prorrogação sinaliza uma provável mudança de ares já na próxima janela de transferências.

Cleiton , que atua preferencialmente pelo lado esquerdo da zaga, é um dos poucos atletas canhotos na posição, ao lado de Léo Pereira. Essa característica específica acentua a relevância de sua eventual substituição, sobretudo em um calendário que exige profundidade e versatilidade do elenco em múltiplas competições simultâneas. Até o presente momento, nomes como o de Léo Ortiz surgem como possibilidades para fortalecer a retaguarda, enquanto a diretoria mantém-se vigilante no mercado em busca de atletas de alto patamar, capazes de disputar titularidade de imediato.

Os representantes do jovem zagueiro têm explorado ativamente o mercado, considerando inclusive a hipótese de uma saída antecipada nesta janela, que se encerra na próxima segunda-feira, 02 de setembro. Internamente, a percepção é de que sua utilização sob o comando de Filipe Luís foi bastante restrita. Apesar de ter acumulado mais minutos em 2025 ? participando de cinco partidas no Campeonato Carioca e totalizando 442 minutos em campo ? o jogador não conseguiu consolidar-se na equipe principal, replicando o cenário de poucas oportunidades observado no ano anterior.

O Cenário de Cleiton: Contrato e Desempenho

O jornalista Renato Maurício Prado, em recente participação, ofereceu sua perspectiva sobre o momento do atleta e antecipou seu provável desligamento do clube. A análise de Prado sugere um desfecho já esperado nos bastidores.

"O Cleiton que veio da base não é um primor de zagueiro, mas também não é uma decepção. Pelo que se sabe, ele vai sair no final do ano. Ao contrário do Matheus Cunha, ele ainda não assinou nenhum pré-contrato. O Flamengo andou pensando em renovar o contrato, mas os agentes não quiseram."

Para o comentarista, a trajetória mais lógica para Cleiton seria a busca por um ambiente onde pudesse desfrutar de maior regularidade em campo. Essa projeção ressalta a dificuldade do atleta em se firmar na Gávea, apesar de seu potencial de base.

"Para a carreira do Cleiton, eles acreditam que não vale a pena, pois tem jogado pouco. Isso é verdade. Nem sei se ele tem essa bola para ir para outro clube e arrancar na carreira. Tomara que sim."

Movimentações Estratégicas e Investimentos

Além da linha defensiva, o Flamengo também direciona seu foco para a posição de goleiro, visto que Matheus Cunha possui um acordo com o Cruzeiro para a temporada de 2026. A diretoria, nesse contexto, almeja contratar um reserva à altura para Agustín Rossi. No setor ofensivo, a busca se concentra em um centroavante com características distintas das de Pedro, priorizando maior mobilidade. Nomes como Lucas Beltrán, atualmente na Fiorentina, e Taty Castellanos, da Lazio, foram monitorados em etapas anteriores, mas as negociações não progrediram.

As recentes negociações envolvendo a saída de jogadores como Gerson e Wesley, que se transferiram para Zenit e Roma, respectivamente, abriram uma margem financeira considerável para novos investimentos. Até o momento, o clube já realizou um desembolso de 43 milhões de euros nesta janela de transferências. Contudo, a diretoria ainda sinaliza a possibilidade de aplicar aproximadamente 15 milhões de euros adicionais, em conformidade com o planejamento financeiro previamente estabelecido.

Dessa forma, o desfecho da situação de Cleiton se insere em um panorama mais amplo de reformulação e fortalecimento do elenco . A cúpula rubro-negra prossegue na busca por alternativas que assegurem a manutenção do nível competitivo da equipe nas próximas e desafiadoras competições que se avizinham.