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STJ Confirma Investigação Contra Bruno Henrique por Cartão Amarelo: Entenda o Caso
Por Redação Flapress em 22/07/2025 19:00
Uma recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) trouxe um desdobramento significativo ao caso envolvendo Bruno Henrique, atacante do Flamengo, e as acusações de manipulação de apostas. O ministro Joel Ilan Paciornik, da corte superior, indeferiu o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do jogador, que buscava anular a investigação criminal que o aponta como suspeito de ter forçado um cartão amarelo em uma partida do Campeonato Brasileiro de 2023, supostamente para beneficiar apostadores.
A determinação, divulgada na última segunda-feira, mantém a validade dos procedimentos investigativos e processuais em curso contra o atleta. Bruno Henrique foi formalmente indiciado pelo Ministério Público do Distrito Federal (MP-DF) em junho, juntamente com seu irmão, Wander Nunes Pinto, e mais sete indivíduos, por suposta participação no esquema.
A Defesa e a Competência Judicial
Os advogados do jogador argumentaram que a Justiça do Distrito Federal não possuiria a competência legal para julgar o processo criminal, uma vez que, segundo a defesa, o caso deveria ser de alçada da Justiça Federal. Com base nessa premissa, o pedido de habeas corpus visava a anulação de todos os atos processuais realizados até o momento, sob a alegação de irregularidade na jurisdição.
Contudo, ao analisar a solicitação, o ministro Paciornik foi categórico ao afirmar que o instrumento do habeas corpus não se configura como o recurso apropriado para debater a questão da competência jurisdicional no âmbito do processo em questão, rejeitando assim a argumentação da defesa e mantendo o andamento da investigação no DF.
O Desenrolar da Investigação: Cartão Amarelo e Apostas
A acusação central contra Bruno Henrique reside na suspeita de que ele teria comunicado a seu irmão, Wander, a intenção de receber um cartão amarelo em um confronto contra o Santos, ocorrido em Brasília, em novembro de 2023. Na ocasião, o jogador já acumulava dois cartões amarelos, estando pendurado.
O volume atípico de apostas relacionadas a um cartão amarelo para Bruno Henrique , realizadas por Wander, sua esposa, uma prima e amigos, despertou a atenção de empresas de apostas esportivas. Essa anomalia nos padrões de apostas foi o estopim para o início de uma investigação da Polícia Federal, que teve seu pontapé inicial em agosto do ano passado. Em novembro, uma operação de busca e apreensão foi deflagrada, tendo o jogador e outros suspeitos como alvos.
As evidências foram fortalecidas com a extração de conversas do aparelho celular de Wander, as quais serviram como base sólida para o indiciamento dos envolvidos, oficializado em abril. O atacante do Flamengo , por sua vez, tem negado veementemente, desde o princípio, qualquer participação ou manipulação do cartão amarelo para beneficiar apostadores.
Confissão Chave e Desdobramentos
Um dos co-suspeitos no processo trouxe um elemento crucial para a investigação ao firmar um acordo de colaboração com o Ministério Público. Douglas Ribeiro Pina Barcelos admitiu ter conhecimento prévio de que o jogador seria advertido com um cartão. Em contrapartida a essa confissão, Douglas deverá cumprir serviços comunitários e efetuar o pagamento de uma multa no valor de R$ 2.322,13.
Essa admissão por parte de um dos envolvidos adiciona uma camada de complexidade ao caso, confrontando a versão de Bruno Henrique e reforçando os indícios de um esquema orquestrado. O processo segue em curso, com a decisão do STJ mantendo a validade das investigações e a necessidade de o jogador responder às acusações perante a Justiça.
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