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Libertadores: Flamengo Exibe Supremacia Incontestável Contra Inter e Avança
Por Redação Flapress em 21/08/2025 00:01
O embate entre Flamengo e Internacional, dois colossos do futebol sul-americano nas oitavas de final da Libertadores, revelou uma disparidade surpreendente nesta quarta-feira. Longe de ser um duelo equilibrado, a partida no Beira-Rio foi marcada pela clara superioridade rubro-negra. O time carioca soube neutralizar qualquer tentativa inicial de ímpeto colorado, conduzindo o jogo com uma maturidade e serenidade notáveis. O resultado? Uma vaga garantida nas quartas de final da competição, onde o Flamengo enfrentará o Estudiantes.
Mesmo após abrir o placar na etapa inicial, a equipe da Gávea jamais abdicou da posse de bola ou de suas investidas ofensivas. O time gaúcho, por sua vez, ofereceu poucas razões para seus torcedores sequer cogitarem uma reviravolta no marcador. Foi um domínio quase total por cerca de 70 minutos, expondo a considerável diferença de qualidade para o adversário e a incapacidade de encontrar uma estratégia tática eficaz para mitigar tal desvantagem.
A Disparidade Inegável no Gigante da Beira-Rio
Além da distância técnica levemente constrangedora entre as duas agremiações, um incidente pré-jogo adicionou um toque de infortúnio para o Internacional. A celebração preparada para a entrada das equipes em campo, com uma profusão de papel prateado, acabou cobrindo o gramado. Tal ocorrência resultou em um atraso de mais de 20 minutos para o início da partida, um prelúdio talvez para a performance desorganizada que se seguiria em campo.
As escolhas dos treinadores para o confronto decisivo foram as seguintes:
| Internacional (Roger Machado) | Flamengo (Filipe Luís) |
|---|---|
| Repetiu a equipe do Maracanã: Alan Rodriguez, Bruno Tabata e Ricardo Mathias foram titulares. | Manteve sete atletas que enfrentaram o Inter no domingo: Varela na lateral-direita e o meio-campo com Jorginho, Saúl e Arrascaeta. Bruno Henrique foi o centroavante e Plata o ponta-direita. Pedro ficou no banco. |
O Internacional, de fato, tentou. Nos primeiros vinte minutos, conseguiu impor um ritmo de jogo mais parelho, apostando na entrega para subir a linha de marcação e disputar cada bola. Essa postura, inicialmente, dificultou a busca do Flamengo por sua zona de conforto. No entanto, o controle rubro-negro veio na sequência, de forma natural e progressiva. A partir daí, os cariocas assumiram o comando das ações e inauguraram o placar com Arrascaeta.
Estratégias e Escalações: O Xadrez Tático Inicial
O gol do uruguaio foi fruto de uma assistência de Plata, um dos destaques em campo, após uma bela triangulação entre Bruno Henrique e Samuel Lino na entrada da área. A jogada evidenciou falhas defensivas do Colorado: Rochet rebateu de forma equivocada uma finalização fraca de Lino, Bernabei não acompanhou o movimento de Bruno Henrique , e Aguirre não conseguiu conter a ação do ponta-esquerda rubro-negro. Erros em profusão, que culminaram na vantagem adversária.
A gênese da jogada que resultou no primeiro gol rubro-negro ilustrou uma estratégia que o Flamengo começou a empregar para superar a marcação em bloco médio ou alto do Internacional. Jorginho, ao recuar para a primeira linha defensiva, alinhando-se com Léo Ortiz, Léo Pereira e Alex Sandro, atraía a pressão de um jogador colorado, liberando espaço para o avanço de Ortiz pela direita. Foi justamente do zagueiro que partiu a condução inicial antes da eficiente combinação entre Varela e Bruno Henrique .
A Maestria Rubro-Negra e a Fragilidade Colorada
Assim como Jorginho, Saúl é outro nome que merece menção honrosa. Ele prevaleceu em duelos cruciais nos momentos de trocas de posse de bola e conseguiu tirar a bola da zona de pressão com notável qualidade e visão de jogo. Ortiz, Bruno Henrique , Alex Sandro e Varela também exibiram um alto nível de acerto técnico, um contraste acentuado com a performance técnica da equipe colorada.
O Internacional, embora tenha conseguido rondar a área adversária brevemente nos primeiros 20 minutos, invariavelmente esbarrava em decisões precipitadas, erros técnicos primários e uma linha defensiva adversária impecavelmente posicionada. Foram raros os duelos vencidos pelos anfitriões nos últimos trinta metros do campo. Wesley e Bernabei tentaram algumas conexões pelo lado esquerdo, e Alan Rodriguez demonstrou agudeza, mas nada de efetivamente produtivo foi criado. Alan Patrick não conseguiu se encontrar no cenário da partida, enquanto Tabata se mostrou mais participativo e intenso. Ricardo Mathias, por sua vez, permaneceu isolado, sem receber bolas em condições propícias. Uma alteração tática era imperativa para tentar uma transformação no panorama do jogo.
Movimentações no Tabuleiro: Respostas Ineficazes
No intervalo, Borré substituiu Bruno Tabata, formando uma dupla de ataque com Ricardo Mathias. Roger Machado reorganizou o meio-campo em um losango, com Alan Patrick atuando por trás da dupla de frente, Thiago Maia como volante e Alan Rodriguez e Wesley como apoiadores pelos lados. Contudo, o efeito dessa mudança não foi o esperado. A equipe não apresentou uma resposta satisfatória e continuou a ser dominada, cedendo ainda mais espaços na faixa central do campo.
O Flamengo manteve a qualidade na circulação da bola. O desfile elegante de Saúl no meio-campo, que por pouco não marcou de cabeça aos quatro minutos e depois chutou com perigo um rebote de falta na entrada da área, continuou sendo um destaque. Vitinho e Carbonero foram introduzidos aos 15 minutos, substituindo Alan Rodriguez e Wesley . O desenho tático da equipe foi mantido, mas com jogadores de fôlego renovado pelos flancos.
O volume ofensivo do Colorado aumentou de maneira muito tímida, insuficiente para gerar uma pressão efetiva. O Rubro-Negro permaneceu mais lúcido em campo e pareceu, inclusive, poupar o ritmo de suas ações ofensivas, sem, contudo, perder o controle da partida.
O Golpe Final e a Confirmação da Supremacia
Filipe Luís só realizou suas primeiras alterações perto dos 30 minutos finais. Pedro substituiu Bruno Henrique e, na sequência, Luiz Araújo entrou no lugar de Arrascaeta , com Plata sendo centralizado. O Internacional só conseguiu realmente incomodar nos últimos instantes. Aguirre passou a acessar mais frequentemente a linha de fundo, cruzando para Borré acertar a trave. Enner Valência já estava em campo neste período, tendo substituído Ricardo Mathias.
Exatamente quando a esperança de um milagre parecia acender para o Colorado, o Flamengo selou a vitória. Pedro concluiu um cruzamento rasteiro de Luiz Araújo , definindo o placar final do confronto. Uma classificação incontestável para a equipe que, em 2025, tem exibido o melhor desempenho no cenário do futebol brasileiro.
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