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Leila Pereira Ataca Flamengo por Fim dos Sintéticos: Entenda a Polêmica
Por Redação Flapress em 09/12/2025 05:40
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recebeu uma proposta detalhada do Flamengo, visando uma significativa melhoria na qualidade dos campos de jogo por todo o território nacional. Entre as medidas mais impactantes apresentadas pelo clube rubro-negro, destaca-se a sugestão para a erradicação completa dos gramados sintéticos, uma pauta que rapidamente gerou repercussão e controvérsia no cenário esportivo.
O plano carioca propõe a criação de um programa robusto para a padronização dos pisos, seguindo os rigorosos padrões de qualidade e segurança estabelecidos por entidades globais como a FIFA e a UEFA. Esta iniciativa ambiciosa incluiria a implementação de testes técnicos obrigatórios, avaliações minuciosas da infraestrutura existente e inspeções periódicas para garantir a conformidade e a manutenção dos padrões estabelecidos.
A defesa do Flamengo pela abolição dos gramados artificiais é fundamentada em diversos argumentos, sendo o principal deles a alegada maior incidência de lesões entre os atletas em superfícies sintéticas. Além disso, o clube aponta que esses campos comprometem a dinâmica e a qualidade técnica do jogo, afetando a velocidade da bola e alterando comportamentos táticos essenciais para o alto rendimento.
Os Argumentos do Flamengo Contra a Grama Artificial
Para sustentar sua posição, o clube da Gávea recorre a evidências científicas e à experiência prática do futebol de elite. O Flamengo cita:
"Embora a literatura científica ainda busque um consenso absoluto, a experiência da elite do futebol mundial e a maioria dos estudos biomecânicos apontam para riscos aumentados e específicos em gramados sintéticos, não compatíveis com o alto rendimento". Essa afirmação é embasada por referências de importantes publicações como o Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports, American Journal of Sports Medicine, Medicine & Science in Sports & Exercise, Journal of Environmental Management e British Journal of Sports Medicine, além de um relatório do Departamento de Saúde Pública de Connecticut e uma reportagem do The Guardian.
A proposta rubro-negra delineia um cronograma para a transição, sugerindo que a extinção dos gramados sintéticos seja implementada de forma progressiva. A meta seria que todos os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro estivessem com campos de grama natural até 2028, estendendo o prazo para a Série B até 2029.
A Reação de Leila Pereira: Um Desafio à Iniciativa
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, não tardou a reagir com notável ironia à proposta do clube carioca. Sua declaração trouxe à tona uma crítica velada à postura do Flamengo em relação a questões anteriores que envolviam a infraestrutura dos estádios, afirmando que o clube "sempre se omitiu" em debates sobre o tema.
A pauta é de suma relevância para o Palmeiras, que é um dos principais clubes da Série A a utilizar gramado sintético em seu estádio. Além do time paulista, outros quatro clubes da elite do futebol brasileiro, projetados para a Série A de 2026, também contam com essa superfície em seus campos: Atlético-MG, Athletico-PR, Botafogo e Chapecoense. A discussão, portanto, transcende a rivalidade e toca em um ponto crucial para o planejamento e a competitividade dessas equipes.
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