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Jogadores Paraibanos no Flamengo: História e Ídolos
Por Redação Flapress em 01/05/2025 04:20
A ligação entre o Clube de Regatas do Flamengo e o futebol da Paraíba é um capítulo interessante na vasta história rubro-negra, pontuado pela presença de atletas nascidos naquele estado nordestino. Alguns alcançaram o patamar de ídolos imortais, enquanto outros tiveram trajetórias mais efêmeras na Gávea.
Recentemente, essa conexão foi reavivada com a inclusão do goleiro Santos, natural de Cabaceiras. Ele integrou o elenco que conquistou a Copa do Brasil e a Libertadores de 2022. Inicialmente com poucas oportunidades sob o comando de Paulo Sousa, o arqueiro ganhou a confiança de Dorival Júnior, tornando-se peça-chave nas glórias daquela temporada. Contudo, em 2023, sua posição foi perdida para Matheus Cunha e, posteriormente, para Rossi, culminando em sua saída para o Fortaleza.
Outros exemplos de passagens mais breves ou menos impactantes incluem Marcelinho Paraíba, que aportou na Gávea em agosto de 2008 após um período na Alemanha. Em 2015, o meio-campista Almir, oriundo de João Pessoa, foi contratado após se destacar pelo Bangu. Sua estadia, no entanto, resumiu-se a apenas nove partidas antes de seu retorno ao clube de origem, sem deixar qualquer marca significativa na memória da torcida rubro-negra.
Paraibanos Recentes e Suas Trajetórias no Rubro-Negro
Contrastando com as experiências mais recentes, a história do Flamengo é marcada por paraibanos que se tornaram lendas. Um dos nomes mais emblemáticos é Índio, atacante nascido em Cabedelo. Ele detém o pioneirismo de ser o primeiro paraibano a defender as cores da Seleção Brasileira. Sua passagem pelo Flamengo ocorreu entre 1951 e 1957, período em que acumulou 202 jogos. Índio foi peça fundamental no tricampeonato carioca de 1953, 1954 e 1955, além de contribuir para a conquista de diversos torneios nacionais e internacionais da época.
No panteão dos maiores ídolos, destaca-se Logevildo Lins da Gama Júnior, universalmente conhecido como ?Maestro?. Natural de João Pessoa, Júnior chegou ao clube em 1974, aos 19 anos, vindo das categorias de base. Sua carreira no Flamengo se divide em duas fases distintas: a primeira, de 1974 a 1984, e a segunda, entre 1989 e 1993, quando já atuava como meio-campista. Com impressionantes 874 jogos disputados e 77 gols anotados, ele ostenta o recorde de jogador com mais atuações pelo Mengão. Suas conquistas incluem quatro títulos brasileiros, uma Copa Libertadores e o Mundial de Clubes de 1981.
Lendas da Paraíba que Vestiram o Manto Sagrado
A distinção entre a perenidade do legado deixado por figuras como Índio e Júnior e a transitoriedade das passagens de atletas mais recentes sublinha a profundidade da contribuição histórica de alguns paraibanos ao Flamengo . Enquanto certos nomes se inscreveram eternamente na memória coletiva do clube, outros representam apenas breves capítulos de um relacionamento que perdura por décadas.
O sorteio da terceira fase da Copa do Brasil, que colocou o Flamengo diante do Botafogo-PB, um oponente tradicional do Nordeste, serve como um lembrete oportuno dessa longa e multifacetada interação. O embate inicial ocorrerá no Estádio Castelão, em São Luís, com a decisão marcada para o Maracanã.
A escolha do Castelão como palco para a partida de ida não se deu por acaso, mas sim pela decisão do Botafogo-PB em comercializar o mando de campo por um valor considerado recorde, evidenciando as dinâmicas financeiras que por vezes influenciam o esporte.

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