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Flamengo x Racing: A Profunda Rivalidade Argentina que Inflama a Libertadores 2025
Por Redação Flapress em 28/10/2025 20:11
Nesta quarta-feira, dia 29 de outubro, às 21h30 (horário de Brasília), a Copa Libertadores de 2025 será palco de um confronto que transcende as fronteiras habituais do futebol sul-americano. Racing, da Argentina, e Flamengo medirão forças no embate de volta da semifinal, mas seria um equívoco acreditar que apenas os torcedores dos clubes envolvidos estarão com os olhos fixos na partida.
A América do Sul é um celeiro de paixões futebolísticas intensas, e na Argentina, essa fervorosa rivalidade atinge patamares ainda mais elevados. Em Buenos Aires, especialmente na cidade de Avellaneda, a disputa vai além das quatro linhas, transformando o clássico em um espelho de uma animosidade histórica. Para compreender a profundidade desse cenário, mergulhamos na perspectiva de um dos protagonistas dessa rivalidade local.
O Pulso de Avellaneda: Uma Paixão que Ultrapassa Fronteiras
Javyer Gomez, um fervoroso torcedor do Independiente, o arquirrival do Racing, nos guiou por Avellaneda, onde os estádios das duas equipes se encontram a poucos metros de distância. Conhecido também como Chavi Rojo, ele detalhou a intensidade do "ódio" que permeia as torcidas. Não é por acaso que, como motorista, ele estará nas arquibancadas do Cilindro, o estádio do Racing, com um lado claramente definido.
Sua declaração sobre a partida é inequívoca, refletindo a essência da rivalidade:
"Flamengo 100%! Não, 200%. A única alegria do Independiente no ano tem que ser o Flamengo. Se não, vai ser um ano muito ruim para nós. Já é muito ruim (risos), mas se o Racing ganhar vai ser pior", afirmou, com um toque de humor amargo.
Entre inúmeras anedotas, Chavi relembrou os confrontos com a torcida adversária nas proximidades dos estádios. Em sua época como membro de uma torcida organizada, as brigas eram frequentes, porém regidas por "códigos" específicos.
"Sim, aqui a gente briga só entre quem quer brigar. Não mexemos com mulheres e crianças. No Brasil, me parece que é um pouco diferente. Aqui, temos códigos", revelou o torcedor, que participava constantemente dessas disputas.
Chavi também mencionou a recente iniciativa de pintar as ruas de Avellaneda com as cores e símbolos do Independiente.
"Eles (torcida do Racing) não fazem nada. Estamos pintando todas as ruas de vermelho, e se deixar pintaremos também o Cilindro (risos)", brincou, evidenciando a provocação constante.
A Análise Imparcial de um Antagonista: A Força da Academia
Deixando a paixão clubística de lado por um breve momento, Javyer surpreendeu ao elogiar a atual equipe do Racing. Com uma dose de imparcialidade, o "hincha" do Independiente reconheceu as qualidades do time rival.
"Nesse sentido, vamos falar sério. Tem um bom time, muita raça, e sabem jogar jogos de Copa. No torneio, não estão tão bem. Mas ganharam a Sul-Americana (2024), e toda a Libertadores vêm jogando bem", ponderou.
Essa observação, vinda de um adversário tão ferrenho, sublinha a percepção de que o Racing possui atributos que o tornam um competidor formidável em torneios eliminatórios, uma característica que o Flamengo precisará neutralizar para avançar à final da Libertadores.
O Legado do Rei de Copas e a Espera por um Novo Amanhecer
O Independiente, detentor de sete títulos da Libertadores e o maior campeão do torneio, vive um período de jejum desde 1984. O ano de 2025 tem sido particularmente desafiador para o "Rei de Copas", que enfrentou uma série de reveses:
- Eliminado da Sul-Americana após incidentes entre torcidas no estádio da Universidad de Chile, nas oitavas de final.
- Caiu na semifinal do Apertura para o Huracán.
- Deu adeus à Copa Argentina nas oitavas, com derrota para o Belgrano.
- Ocupa apenas a 29ª colocação no Clausura.
Diante desse cenário, a esperança do clube se volta para 2026.
"Sim, é o que esperamos (ano melhor em 26), seguramente. O próximo ano tem eleição. Dizem que Luciano Nakis vai ser o próximo presidente. Ele é braço direito da AFA, de Chiqui (Claudio) Tapia. Torcer para ter uma sorte ou uma ajuda", brincou Chavi, revelando a expectativa por uma mudança de rumo.
A rivalidade que ecoa nas ruas de Avellaneda adiciona uma camada particular à semifinal da Libertadores. Para os torcedores do Independiente, a partida entre Racing e Flamengo não é apenas um jogo de futebol; é um capítulo a mais na saga de uma paixão que transcende o campo, onde o sucesso do rival é a maior das dores, e a derrota, um alívio a ser celebrado.
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