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Flamengo x Bayern: Análise Detalhada dos Jogadores e o Desempenho de Arrascaeta na Eliminação Histórica
Por Redação Flapress em 29/06/2025 19:41
A jornada do Flamengo na Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2025 foi interrompida de forma abrupta e dolorosa nas oitavas de final, em um confronto que expôs as diferenças de patamar diante do poderoso Bayern de Munique. A derrota por 4 a 2 não apenas selou a eliminação, mas também levantou questões cruciais sobre a performance individual de diversos atletas rubro-negros. A expectativa era alta, mas o resultado final evidenciou a necessidade de uma análise pormenorizada de quem esteve em campo.
O Ponto Mais Frágil em Campo: Arrascaeta
Entre as atuações que mais chamaram atenção, negativamente, destaca-se a de Arrascaeta. O meio-campista uruguaio, peça fundamental em tantas conquistas do clube, apresentou um desempenho significativamente abaixo do esperado. Sua participação foi marcada por uma notável falta de intensidade e pela incapacidade de acompanhar o ritmo imposto pela partida de alta voltagem. A perda de posse de bola crucial que culminou no segundo gol do adversário bávaro sintetiza uma noite para ser esquecida pelo camisa 14, que parecia desconectado da dinâmica do jogo.
A ausência de seu brilho habitual e a pouca influência nas ações ofensivas e defensivas tornaram sua presença em campo um fardo, gerando questionamentos sobre a condição física ou mental do atleta para um duelo de tamanha envergadura. A nota atribuída reflete uma das piores exibições de Arrascaeta com a camisa rubro-negra em momentos decisivos.

Luzes e Sombras no Meio-Campo Rubro-Negro
Se Arrascaeta decepcionou, outros no setor central tentaram imprimir alguma qualidade. Jorginho emergiu como um dos poucos pontos de lucidez no meio-campo, demonstrando capacidade tanto na recomposição defensiva quanto na construção de jogadas. Sua frieza para converter o pênalti diante de um goleiro da estatura de Neuer foi um raro momento de alívio para a torcida. Gerson, por sua vez, enquanto teve fôlego, mostrou sua habitual garra e talento, coroando sua atuação com um belíssimo gol, antes de ceder ao cansaço e ser substituído.
Contudo, o setor também teve seus percalços. Erick Pulgar, em uma infeliz sequência, foi protagonista de um gol contra e de um passe comprometedor que deu origem a um dos gols adversários, além de ter sua participação abreviada por uma lesão. Allan, ao entrar, rapidamente se viu em situação de advertência e esteve envolvido no lance que resultou no quarto gol do Bayern, evidenciando dificuldades de adaptação ao ritmo do confronto. De la Cruz, em sua estreia no torneio, demonstrou vontade e buscou o jogo, mas sua entrada não foi suficiente para alterar o cenário desfavorável.
O Desafio da Linha Defensiva e Goleiro
Na retaguarda, a equipe enfrentou um verdadeiro teste de fogo contra o poderio ofensivo alemão. Rossi, o goleiro, embora sem culpa direta na maioria dos gols, cometeu equívocos em saídas e passes, denotando um certo nervosismo. Sua reação no terceiro gol, onde um passo mal calculado impactou sua visão, foi um detalhe custoso, apesar de ter realizado uma defesa crucial nos instantes finais. Os laterais, Wesley e Alex Sandro, tiveram atuações discretas. Wesley iniciou apreensivo, melhorando levemente, mas a velocidade do ataque bávaro foi um desafio constante. Alex Sandro esteve pouco participativo e não ofereceu a segurança defensiva esperada.
A dupla de zaga, composta por Léo Ortiz e Léo Pereira, sofreu com a intensidade do adversário. Léo Ortiz teve a infelicidade de desviar um chute que resultou em gol e foi superado na velocidade em lance perigoso, não conseguindo entregar uma performance sólida. Léo Pereira , embora tenha sido o menos propenso a erros na defesa, também sentiu o peso do ataque adversário, com sua aparição ofensiva sendo um raro respiro. A entrada de Ayrton Lucas trouxe um sopro de velocidade ao ataque, mas a essa altura, a situação já estava comprometida.
O Ataque que Não Conseguiu Furar o Bloqueio Alemão
No setor ofensivo, a produção foi limitada. Luiz Araújo teve uma partida com altos e baixos. Apesar de momentos de boa participação, seus erros cruciais na origem dos dois últimos gols do Bayern foram determinantes para o placar elástico. Uma tentativa de drible desnecessária e uma bola mal afastada pesaram em sua avaliação, mesmo tendo quase marcado um gol que foi negado por uma intervenção milagrosa de Neuer. Wallace Yan e Plata, apesar de se movimentarem e buscarem o jogo, não conseguiram criar perigo real ao gol adversário. Bruno Henrique, ao entrar, tentou imprimir sua característica velocidade, mas o time já estava desorganizado e sem capacidade de reação efetiva.
As Escolhas do Comando Técnico
A atuação do técnico Filipe Luís também entrou em pauta. A decisão de manter Arrascaeta entre os titulares foi apontada como um dos principais equívocos da partida. A aposta na mesma formação que havia superado o Chelsea, com a única alteração de Léo Ortiz , visava propor o jogo, uma intenção que se concretizou em alguns momentos. No entanto, a equipe não conseguiu conter o ímpeto e a superioridade técnica do Bayern, e a ausência de Pedro no banco de reservas, uma opção de ataque que poderia ter sido explorada, também gerou questionamentos sobre a gestão do elenco durante o confronto decisivo.
Notas e Observações Detalhadas dos Atletas do Flamengo
A seguir, apresentamos a avaliação individual dos jogadores do Flamengo, com base nas notas atribuídas e em observações detalhadas de suas performances contra o Bayern de Munique:
Jogador | Posição | Nota GE | Observações |
---|---|---|---|
Arrascaeta | MEI | 2.5 | Com folga, o desempenho mais decepcionante. Atuação apática e sem o ritmo necessário para a partida, culminando na perda de bola que originou o segundo gol alemão. |
Allan | MEI | 4.0 | Entrou e rapidamente foi advertido com cartão. Deu espaço e cometeu um erro que contribuiu para o quarto gol do Bayern. |
Wesley | LAT | 4.0 | Iniciou o jogo com insegurança e dificuldade em dominar a bola. Melhorou, mas a velocidade do ataque bávaro foi um desafio constante em sua marcação. |
Léo Ortiz | ZAG | 4.5 | Teve a infelicidade de desviar o chute de Kane no segundo gol e foi superado em velocidade em lance perigoso no final. Não foi uma atuação consistente. |
Alex Sandro | LAT | 4.5 | Desempenho discreto. Não transmitiu a segurança defensiva habitual e teve pouca projeção ofensiva. |
Erick Pulgar | MEI | 4.5 | Marcou um gol contra de escanteio e deu um passe perigoso para Arrascaeta no lance do segundo gol adversário. Deixou o campo lesionado no fim da primeira etapa. |
Luiz Araújo | ATA | 4.5 | Apesar de momentos positivos, seus erros na origem dos dois últimos gols do Bayern foram cruciais. Uma tentativa de drible e uma perda de posse foram custosas, embora tenha quase marcado um gol. |
Plata | ATA | 4.5 | Movimentou-se intensamente, mas não conseguiu converter essa movimentação em lances de perigo ao gol adversário. |
Filipe Luís | TEC | 4.5 | A escalação de Arrascaeta foi apontada como um erro tático. Tentou propor o jogo, mas a equipe sofreu com o poderio alemão e a ausência de Pedro no banco gerou questionamentos. |
Rossi | GOL | 5.0 | Cometeu equívocos em passes e saídas por apreensão. Não teve culpa direta nos gols, mas um passo equivocado no terceiro gol dificultou sua defesa. Realizou uma grande defesa no final. |
Léo Pereira | ZAG | 5.0 | Foi o zagueiro que menos errou, mas também sentiu a força do ataque alemão. Teve uma aparição no ataque com um chute de fora da área. |
Bruno Henrique | ATA | 5.0 | Entrou no segundo tempo com a intenção de acelerar o jogo, mas não conseguiu impactar positivamente o desempenho coletivo. |
Ayrton Lucas | LAT | 5.5 | Entrou bem na reta final da partida, adicionando mais velocidade e profundidade ao ataque rubro-negro. |
Wallace Yan | ATA | 5.5 | Desta vez, o jovem não conseguiu brilhar. Teve apenas uma cabeçada que passou perto, sem conseguir a efetividade esperada. |
De la Cruz | MEI | 6.0 | Entrou com grande disposição e vontade em sua estreia na competição. Cobrou uma falta perigosa que passou perto do gol. |
Gerson | MEI | 7.0 | Realizou uma boa partida enquanto teve condição física, marcando um golaço. No entanto, o cansaço o levou à substituição no segundo tempo. |
Jorginho | MEI | 7.5 | O jogador mais lúcido do meio-campo, com contribuições tanto na fase defensiva quanto na ofensiva. Demonstrou serenidade ao converter o pênalti contra Neuer. |
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