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Flamengo: Plano Financeiro do Estádio no Gasômetro Revelado - Detalhes e Prazos
Por Redação Flapress em 18/09/2025 16:30
A construção de um estádio próprio é um anseio antigo da Nação Rubro-Negra, e o Flamengo deu um passo significativo na última quarta-feira (17) ao apresentar novos horizontes para o projeto no terreno do Gasômetro. A diretoria detalhou não apenas os prazos e custos revisados, mas também a intrincada estratégia financeira que pretende adotar para transformar esse sonho em realidade. O estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) servirá como alicerce para essa empreitada.
A abordagem central reside em uma rigorosa política de poupança interna ao longo dos próximos anos, complementada pela exploração de novas fontes de receita. A venda dos naming rights surge como um pilar fundamental nesse modelo, prometendo injetar recursos substanciais no projeto. Essa visão de longo prazo, com a postergação da inauguração, oferece ao clube um tempo adicional valioso para acumular a reserva financeira necessária para arcar com o custo bilionário.
A estrutura do estádio, otimizada para 72 mil lugares, focará na redução de assentos premium, visando uma experiência mais abrangente para o torcedor. O custo total revisado para o empreendimento atinge a cifra de R$ 2,2 bilhões, englobando não apenas a estrutura do estádio, mas também contingências, aquisição do terreno, custo de capital e melhorias no entorno. A conclusão mínima é projetada para julho de 2036, um prazo que, segundo o clube, dependerá de diversos fatores externos.
A Estratégia Financeira por Trás do Sonho Rubro-Negro
A diretoria rubro-negra planeja implementar o plano de financiamento a partir de janeiro de 2026. Essa data marca o início de uma fase crucial de acumulação de capital, que se estenderá por mais de uma década até a conclusão esperada da obra. A estratégia de financiamento é descrita como viável, fundamentada na geração de recursos internos por meio da poupança, com lastro no aumento das receitas orçamentárias e na rentabilidade do clube, sem comprometer a performance esportiva.
O processo de capitalização será dividido em fases. Na etapa inicial, que se estende de janeiro de 2026 até agosto de 2028, o Flamengo destinará R$ 5,8 milhões mensais para essa reserva especial. A previsão é que a obra da estrutura do novo estádio comece efetivamente em 2033, após um período robusto de acumulação de fundos.
O Cronograma de Acumulação de Capital
Posteriormente, o plano prevê um incremento na poupança. A diretoria estima poupar R$ 11,6 milhões mensalmente, além de direcionar outras quantias para a aquisição do terreno e para questões burocráticas essenciais, como licenças. A fase final da capitalização, já com as obras em andamento, implicará um desembolso mensal de R$ 12 milhões para cobrir os custos do projeto.
Para ilustrar a progressão da poupança mensal, a tabela a seguir detalha as projeções de contribuição do clube:
Período | Poupança Mensal Estimada | Observações |
---|---|---|
Jan/2026 - Ago/2028 | R$ 5,8 milhões | Fase inicial de reserva |
Pós-Ago/2028 | R$ 11,6 milhões | Com inclusão de custos do terreno e burocracia |
Fase Final da Obra | R$ 12 milhões | Custo total mensal |
Fontes de Receita Complementares e o Potencial da Gávea
Além da poupança interna, o Flamengo projeta arrecadar R$ 195 milhões com a venda do potencial construtivo da sede da Gávea, conforme informações veiculadas pela "ESPN". Essa movimentação estratégica visa monetizar um ativo imobiliário sem comprometer as operações do clube no local. Adicionalmente, o planejamento financeiro do Rubro-Negro inclui ganhos significativos com a comercialização de camarotes, cadeiras cativas e, como já mencionado, os naming rights pelo período de cinco anos.
A combinação dessas fontes de receita ? poupança disciplinada, venda de potencial construtivo e exploração de espaços premium ? delineia um caminho financeiro sólido para o projeto. O clube reforça que essa estratégia é baseada na capacidade de gerar recursos internamente, garantindo que o investimento no estádio não impacte negativamente a saúde financeira ou o desempenho esportivo, um ponto crucial para a manutenção da competitividade.
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