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Flamengo Perde Liderança no Brasileirão Após Derrota e Expulsões
Por Redação Flapress em 06/10/2025 04:11
A equipe do Flamengo experimentou sua terceira derrota no Campeonato Brasileiro neste domingo, um revés por 1 a 0 frente ao Bahia, que culminou na perda da liderança da competição. A consistência, até então uma marca do time com o menor número de derrotas no torneio, foi severamente abalada por falhas individuais em um período decisivo da temporada, com a expulsão precoce de Danilo atuando como um fator determinante para o desequilíbrio do confronto.
Na Arena Fonte Nova, o treinador Filipe Luís optou por uma formação com cinco alterações em relação ao último jogo, escalando Emerson Royal, Danilo , Ayrton Lucas, De la Cruz e Pedro desde o apito inicial. O embate começou com um equilíbrio notável, característica de dois times que prezam pela posse de bola. Contudo, o Rubro-Negro exercia maior pressão no campo adversário, enquanto o Bahia adotava uma postura defensiva, posicionando seus dez atletas atrás da linha central do gramado.
Este panorama rapidamente concedeu uma vantagem numérica ao time mandante. O Bahia explorou a marcação avançada do Flamengo , que, por sua natureza, expõe a linha defensiva, e utilizou lançamentos longos visando um zagueiro com menor velocidade em comparação a Léo Pereira, ausente por suspensão. Aos 12 minutos do primeiro tempo, Tiago ganhou uma disputa contra Danilo , que, de forma imprudente, elevou o pé excessivamente, atingindo o rosto do adversário. A consequente expulsão comprometeu severamente o plano de jogo rubro-negro, forçando a substituição de Pedro por Cleiton, o quarto zagueiro.
O Impacto Precoce da Expulsão e a Reorganização Rubro-Negra
A partir daquele momento, a partida transformou-se em um desafio de resistência para o Flamengo . A posse de bola inverteu-se, e o Bahia passou a dominar as ações, empurrando a equipe de Filipe Luís para seu próprio campo. O técnico reagiu com ajustes táticos significativos: Samuel Lino foi recuado para compor uma linha defensiva de cinco jogadores, De la Cruz recebeu a instrução de fechar o meio-campo pela direita, Arrascaeta foi posicionado mais atrás, e Carrascal avançou. Essas movimentações visavam conferir maior solidez defensiva e explorar a velocidade de Lino e Carrascal em eventuais contra-ataques.
Mesmo com o placar ainda inalterado, a equipe rubro-negra conseguiu construir duas oportunidades promissoras, ambas originadas por Arrascaeta :
| Minuto | Lance | Detalhe |
|---|---|---|
| 38min (1º tempo) | Lançamento para Carrascal | Arrascaeta acionou Carrascal em profundidade; o meia invadiu a área, mas foi desarmado por David Duarte antes de concluir. Houve apelo por pênalti. |
| 42min (1º tempo) | Finalização de Samuel Lino | Arrascaeta fez um belo passe nas costas de David Duarte, deixando Lino em posição de frente para o goleiro Ronaldo, que se abriu e realizou uma excelente defesa após chute forte. |
Em um confronto onde as oportunidades de gol seriam escassas, o Flamengo foi penalizado por sua ineficiência. Aos 44 minutos do primeiro tempo, o castigo veio: Cleiton cometeu um erro em uma dividida com Jean Lucas; Jorginho e Léo Ortiz falharam na interceptação de Tiago na área, e a bola encontrou Willian José, que finalizou cruzado, superando Agustín Rossi. Até então, o time carioca demonstrava segurança defensiva, tendo concedido ao Bahia apenas quatro outras finalizações, a maioria de longa distância e sem grande perigo.
O Castigo da Ineficiência e as Falhas Defensivas
Para a etapa final, Filipe Luís buscou reequilibrar o confronto através de substituições estratégicas, introduzindo Luiz Araújo, Plata e Bruno Henrique para conferir maior velocidade à equipe. Embora as alterações fossem pertinentes, a situação do Flamengo , com um atleta a menos e em desvantagem no placar, impunha um cenário de extrema dificuldade.
Apesar dos desafios, o comandante conseguiu manter a marcação alta e utilizou a reconhecida qualidade de Rossi na saída de bola para mitigar a inferioridade numérica. Contudo, a equipe continuou a ser exposta por falhas individuais recorrentes. Cleiton , Carrascal (ainda no primeiro tempo), Jorginho e Luiz Araújo cometeram erros na transição de bola no campo defensivo, criando situações de perigo para o Bahia. Ayrton Lucas , por sua vez, teve uma performance com grande número de equívocos em Salvador.
Essas imprecisões na saída de bola comprometeram a capacidade de transição do Flamengo , que falhou em explorar a velocidade de seus atletas. O Bahia soube capitalizar a ansiedade da equipe adversária e construiu sua segunda melhor oportunidade em mais uma falha de Cleiton . O defensor foi salvo pela marcação de impedimento do VAR, que anulou o gol de Michel Araújo aos 19 minutos, após o atacante ter balançado as redes em posição irregular.
A Persistência dos Erros e a Fragilidade na Construção
Qualquer resquício de uma possível reação do Flamengo foi definitivamente extinto com a expulsão de Wallace Yan aos 32 minutos da segunda etapa. A atitude do jovem atleta, que acumulou dois cartões amarelos em um intervalo de apenas 10 minutos, gera apreensão. Ambos os incidentes poderiam ter sido facilmente prevenidos: um cartão foi por protesto e o outro por um contato com o braço em Gilberto, jogador com quem ele já havia tido um desentendimento brevemente antes da infração.
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