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Flamengo: José Boto Denuncia "Favorecimento" e Cobra Explicações da CBF Sobre Arbitragem

Por Redação Flapress em 05/10/2025 23:00

A indignação tomou conta da Gávea. José Boto, diretor técnico do Flamengo, manifestou-se com veemência a respeito da arbitragem no futebol brasileiro, levantando sérias suspeitas sobre a imparcialidade das decisões. A declaração do dirigente surge em um momento delicado para o clube carioca, que, após o revés de 1 a 0 diante do Bahia, viu a liderança do Campeonato Brasileiro escapar.

A gota d'água para a cúpula rubro-negra parece ter sido a controvérsia arbitral que marcou o embate entre São Paulo e Palmeiras, com o placar de 2 a 3. O episódio em questão, focado em um pênalti não assinalado de Allan sobre Tapia, gerou ampla discussão. Carlos Simon, renomado analista de arbitragem dos Canais Disney, foi categórico ao classificar a omissão de Ramon Abatti Abel como um erro crasso.

Ao ser questionado diretamente sobre a possibilidade de um tratamento preferencial ao Palmeiras, Boto não hesitou em externar seu profundo descontentamento, proferindo uma série de afirmações contundentes que ecoam a frustração de grande parte da torcida flamenguista.

O Grito de Alerta: Suspeitas e a Busca por Respostas

"Perdemos por culpa nossa e erros nossos. Mas o que se passa em outros campos é vergonhoso. Tentamos falar com CBF, presidente da comissão da arbitragem, mas continua igual. O que acontece em outros campos deixa suspeitas. O árbitro que nos prejudicou (contra o Cruzeiro) ganhou com prêmio apitar o jogo do nosso rival e fez o que fez. Alguém da CBF tem que vir falar sobre isso"

As palavras de Boto não se limitaram à autocrítica. O diretor técnico do Flamengo apontou uma suposta disparidade no tratamento dado aos clubes, mencionando tentativas frustradas de diálogo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a comissão de arbitragem. A menção a um árbitro que teria prejudicado o Flamengo em partida anterior e, posteriormente, foi escalado para um jogo de um rival, onde "fez o que fez", reforça a tese de um padrão preocupante.

"Basta vocês verem o que se passa. Eu não estou acusando ninguém, mas isso não me cheira bem. Não parece ser apenas falta de qualidade dos árbitros, porque uns apitam de uma maneira quando vão em um time e apitam de outra para outro. Isso nos prejudica, prejudica o esforço dos nossos jogadores"

A percepção de que as falhas não se resumem à inabilidade, mas sim a uma conduta variável dos profissionais do apito, é o cerne da queixa do dirigente. Para Boto, essa inconsistência arbitral impacta diretamente o empenho dos atletas em campo e, consequentemente, a performance da equipe.

A Exigência de Transparência e Equidade

Apesar das críticas incisivas à arbitragem, José Boto fez questão de reiterar que o Flamengo está ciente de suas próprias deficiências e não se exime de suas responsabilidades. A busca por aprimoramento interno é uma constante, mas isso não pode ser dissociado de um ambiente de equidade competitiva.

"Sabemos que temos que melhorar muita coisa e que não estamos fugindo das nossas responsabilidades. Agora, temos que trabalhar e fazer o nosso, mas não podemos ser sempre prejudicados e nossos rivais beneficiados. Isso não! Eu não sei como resolver isso, mas alguém vai vir explicar o que está acontecendo. Não adianta dizer: 'Ah, erramos aqui...'. Erram sempre e não sabemos o que está acontecendo"

A fala final do diretor é um apelo claro por transparência e por uma solução definitiva para o que ele classifica como um problema recorrente. A retórica de "erramos aqui" já não satisfaz, e a demanda por uma explicação substancial sobre o que realmente ocorre nos bastidores da arbitragem brasileira torna-se um imperativo para o Flamengo .

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