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Flamengo Impõe Condições à CBF: Adeus à Grama Sintética e Sanções a Devedores

Por Redação Flapress em 10/11/2025 22:00

Em um movimento estratégico e de grande impacto para o cenário futebolístico nacional, o Clube de Regatas do Flamengo formalizou sua posição nesta última segunda-feira (10) perante o grupo de trabalho da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) responsável pela implementação do Sistema de Sustentabilidade do Futebol (SSF), o aguardado modelo de Fair Play Financeiro. A entidade máxima do futebol brasileiro, que desde outubro de 2023 reúne clubes e federações para debater a estrutura que será apresentada no dia 26 de novembro, recebeu do Rubro-Negro uma série de propostas detalhadas, visando aprimorar a governança e a perenidade do esporte.

A contribuição do Flamengo não se limita a sugestões superficiais, mas adentra questões estruturais que, se adotadas, poderão reconfigurar as bases competitivas e financeiras do futebol no país. As reivindicações do clube carioca refletem uma visão de longo prazo, buscando equilibrar o ambiente de competição e mitigar vantagens indevidas.

O Rigor Contra a Inadimplência: Perda de Pontos para Clubes em Recuperação Judicial

Uma das proposições mais incisivas do Flamengo mira diretamente os clubes que se encontram em Recuperação Judicial (RJ). O Gigante da Gávea defende que tais agremiações sejam submetidas à perda de pontos na tabela de classificação até que o acordo de recuperação seja devidamente homologado. Essa medida visa coibir o que o clube entende como uma distorção competitiva, onde o período de suspensão de pagamentos de dívidas poderia ser utilizado para vantagens indevidas em campo.

A nota enviada pelo Flamengo é explícita ao detalhar o escopo dessa punição:

Impedir que clubes utilizem o período de não pagamento de dívidas (entre a decretação da RJ/REJ e a homologação do acordo) como vantagem competitiva, bloqueando o registro de novos atletas neste período e perda de pontos.

Esta abordagem reflete uma preocupação com a integridade financeira e a equidade desportiva, buscando assegurar que a reestruturação econômica não se traduza em um privilégio competitivo, mas sim em um processo rigoroso e com consequências claras em caso de não cumprimento ou demora na resolução.

O Fim da Grama Sintética: Uma Questão de Custos e Saúde

Além das questões financeiras e de governança, o Flamengo também direcionou sua atenção para um aspecto fundamental da infraestrutura esportiva: os gramados. O clube propõe a erradicação imediata dos gramados sintéticos em todos os torneios profissionais nacionais. A justificativa para tal medida reside na significativa disparidade de custos de manutenção entre as superfícies naturais e artificiais, além das implicações para a integridade física dos atletas.

A argumentação do Rubro-Negro é categórica:

Os gramados de plástico devem ser eliminados imediatamente de todos os torneios nacionais profissionais. A discrepância nos custos de manutenção entre gramados naturais e artificiais provoca desequilíbrios financeiros entre os clubes e prejudica a saúde física de jogadores e atletas.

Essa postura sublinha a visão de que a padronização das condições de jogo em gramados naturais não apenas promove um ambiente de competição mais justo, ao eliminar uma fonte de desequilíbrio financeiro entre os clubes, mas também prioriza a saúde e a longevidade da carreira dos profissionais do futebol. As propostas do Flamengo , portanto, representam um chamado por maior transparência, rigor financeiro e um compromisso renovado com a qualidade do es espetáculo e a segurança dos jogadores.

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