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Flamengo em Lima: A Noite Épica que Uniu Libertadores e Brasileirão
Por Redação Flapress em 26/11/2025 08:30
Na última terça-feira, 25 de novembro, a capital peruana, Lima, tornou-se um epicentro inesperado da paixão rubro-negra. Com a grande final da Libertadores contra o Palmeiras a poucos dias de distância, a icônica Calle de Las Pizzas, no charmoso bairro de Miraflores, foi tomada por uma multidão de torcedores do Flamengo. Contudo, o foco da noite não era o embate continental, mas sim uma crucial partida do Campeonato Brasileiro contra o Atlético-MG, válida pela 36ª rodada. O empate em 1 a 1, embora tenha aproximado a equipe de Filipe Luís de um possível eneacampeonato, serviu como um verdadeiro teste de nervos para os presentes ao longo dos 90 minutos.
A atmosfera peculiar daquela noite na rua turística destoava significativamente dos típicos cenários de bares cariocas em dias de jogos decisivos. A ausência de telões amplos e a dependência dos televisores individuais de cada estabelecimento criaram um mosaico de transmissões. A padronização estava longe de ser ideal, com cada local recorrendo a métodos diversos para exibir o duelo, seja por meio de contas online do Premiere ou pela Globo Internacional.
Essa disparidade técnica, infelizmente, gerou um tipo de perplexidade e até certo constrangimento entre os torcedores. Enquanto alguns, agraciados pela sorte ou por uma conexão superior, acompanhavam a partida em tempo real, outros assistiam com segundos de atraso. Um grito de gol iminente vindo de uma mesa podia se converter em um falso alarme para outra, com a diferença de tempo nas transmissões enganando os mais fervorosos entusiastas.
A Odisseia Digital e a Tensão Rubro-Negra em Miraflores
A situação se agravou com notícias vindas do Sul do Brasil: o Palmeiras abria o placar em 1 a 0 contra o Grêmio. Para que o Flamengo pudesse sacramentar o título naquela rodada, era imperativo vencer seu próprio jogo e torcer por um tropeço do rival paulista. Nesse cenário de incertezas e informações desencontradas, muitos torcedores se movimentavam incessantemente em busca de um bar com o menor delay possível, enquanto outros, em desespero, apelavam para seus próprios celulares, buscando a transmissão em aplicativos particulares.
O alívio começou a se desenhar com o empate do Grêmio no final do primeiro tempo, dissipando parte da tensão que pairava sobre o intervalo. A virada do time gaúcho logo no início da etapa complementar injetou um novo ânimo na massa rubro-negra, que permanecia aglomerada no ponto turístico. Contudo, as oportunidades perdidas pelo Flamengo no decorrer da partida mantinham o suspense, conferindo contornos dramáticos para os fãs, sedentos por comemorar um gol de sua equipe.
Reviravoltas Duplas: Do Alívio à Estratégia dos Torcedores
Com o placar de 3 a 1 a favor do Tricolor sobre o Palmeiras, os gritos que ecoavam já não eram apenas de incentivo ao Flamengo , mas de pedidos estratégicos: "tire o Arrascaeta e o Jorginho!". Curiosamente, ambos já haviam sido acionados no segundo tempo. A lógica por trás dessa demanda era clara: mesmo uma eventual derrota para o Atlético-MG não impediria o Flamengo de ficar em uma posição extremamente favorável na tabela, dada a derrota do Palmeiras. Assim, a sugestão era preservar dois dos seus jogadores mais talentosos para a decisiva final de sábado.
No desfecho, a celebração alcançou seu ápice com o gol de empate do ídolo Bruno Henrique. O camisa 27, de cabeça, igualou o marcador já nos acréscimos, fazendo a torcida do Flamengo explodir em alegria não apenas na Arena MRV e no Rio de Janeiro, mas também nas ruas de Lima. Ao apito final, mesmo sem o título matematicamente garantido, os torcedores ampliaram a aglomeração e iniciaram uma festa memorável. Os cânticos, as faixas e as efusivas comemorações transformaram Miraflores ? por algumas horas ? em uma autêntica extensão do Maracanã, um testemunho da paixão que transcende fronteiras.
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