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Flamengo Derrota Cruzeiro: Análise Tática, Queda no 2º Tempo e Recorde Negativo de Finalizações | Brasileirão

Por Redação Flapress em 05/05/2025 03:30

A atuação do Flamengo contra o Cruzeiro no Mineirão na última rodada do Campeonato Brasileiro foi marcada por um contraste gritante entre as duas etapas. O desempenho decepcionante na segunda metade do confronto custou caro à equipe rubro-negra, culminando em uma derrota por 2 a 1. Este revés não apenas encerrou a sequência de invencibilidade do time na competição, mas também resultou na perda da liderança para o Palmeiras e alterou o retrospecto que Filipe Luís mantinha desde fevereiro ? a marca de ter mais títulos conquistados do que partidas perdidas, algo que, entre os treinadores recentes do clube, agora pertence exclusivamente a Jorge Jesus.

Atualmente, o "saldo" de Filipe Luís à frente do Flamengo está equalizado: três troféus levantados (Copa do Brasil, Campeonato Carioca e Supercopa do Brasil) contra três reveses sofridos (diante de Fluminense, Central Córdoba-ARG e, agora, Cruzeiro).

O Contraste de Desempenho Entre as Etapas

A narrativa do jogo se divide claramente em duas partes distintas. O período inicial transcorreu de forma equilibrada e com poucas oportunidades claras para ambos os lados, registrando apenas três finalizações para cada equipe. Apesar de sair atrás no placar, o Flamengo demonstrou uma ligeira superioridade, mantendo sua característica predominância territorial. A equipe carioca deteve 60% da posse de bola e completou 308 passes, quase o dobro dos 176 do adversário mineiro. Mesmo com menos chances de gol (três contra duas do Cruzeiro), o Rubro-Negro capitalizou uma delas de forma espetacular: um potente arremate de Arrascaeta no ângulo, aos 43 minutos.

As outras duas oportunidades criadas pelo Flamengo na primeira etapa foram:

Uma tentativa de cabeceio de Léo Ortiz em cobrança de escanteio, aos 17 minutos. O goleiro Cássio reagiu rapidamente, defendendo a bola em cima da linha.

Uma jogada bem trabalhada entre Gerson e Arrascaeta que resultou em um cruzamento para Pedro, posicionado sem marcação na área, aos 23 minutos. Cássio, porém, saiu velozmente aos pés do atacante, bloqueando o chute. Pedro tentou desviar por cobertura, mas a ação foi neutralizada. Embora difícil pela velocidade do lance, essa jogada é considerada uma chance clara, pois havia a opção de passe para De la Cruz, que teria o gol livre.

A Queda na Etapa Final e as Escolhas Táticas

O grande problema do Flamengo residiu na segunda etapa. Gradativamente, o Cruzeiro impôs seu ritmo, superando o adversário tanto no aspecto físico quanto no tático. A equipe rubro-negra perdeu completamente o controle do território que possuía no primeiro tempo, uma situação surpreendente considerando que o time titular havia sido poupado no compromisso pela Copa do Brasil no meio da semana. Os jogadores passaram a correr mais atrás da bola e demonstraram sinais de cansaço rapidamente, especialmente no setor de meio-campo. Filipe Luís demorou a reagir a essa mudança de cenário.

Desconsiderando a substituição forçada de Cebolinha aos nove minutos por motivo de lesão, o técnico só realizou a primeira alteração tática aos 21 minutos. Contudo, a mudança não surtiu o efeito desejado. A saída de Pedro para a entrada de Michael, visando velocidade, não se encaixou em um jogo que demandava mais força física; o atacante recém-entrado não conseguiu produzir.

Filipe Luís só pareceu compreender a ineficiência de Gerson e Arrascaeta naquele momento da partida quando os substituiu aos 37 minutos. As apostas em Luiz Araújo e Juninho faziam sentido pela necessidade de fôlego novo, mas o tempo restante em campo foi insuficiente para que pudessem impactar o jogo.

O Alerta do Número de Finalizações

O Cruzeiro dominou amplamente o Flamengo na etapa final, registrando 12 finalizações contra apenas duas da equipe carioca. Se no primeiro tempo a Raposa teve somente duas oportunidades de gol, ambas com Kaio Jorge, no segundo foram seis lances perigosos: o chute de Matheus Pereira bloqueado por Léo Pereira aos 13 (em outro canto, o zagueiro não alcançaria); a finalização do próprio Matheus defendida por Rossi aos 23; o rebote que Kaio Jorge parou novamente no goleiro aos 30; o desvio de peito de Wanderson que Rossi tirou no canto aos 34; e a cobrança de pênalti seguida pelo rebote de Gabigol, em uma chance dupla aos 51 minutos.

O Flamengo , por sua vez, criou apenas mais duas oportunidades na etapa final:

Uma com Pedro após Gerson disputar a bola com o zagueiro na área, sobrando limpa para o camisa 9 chegar batendo de primeira (aos 13 minutos). No entanto, o chute foi no centro do gol, facilitando a defesa de Cássio.

E um cabeceio de Bruno Henrique após cobrança de falta de De la Cruz (aos 40 minutos), em que Cássio realizou mais uma intervenção importante.

Estatísticas e Perspectivas Futuras

O Rubro-Negro, que agora ocupa a vice-liderança do Brasileirão com 14 pontos (dois atrás do líder Palmeiras), terminou a partida com apenas cinco finalizações. Este número iguala o menor registro da equipe sob o comando de Filipe Luís , marca que não era vista desde outubro do ano anterior. A única outra ocasião em que o time finalizou tão pouco foi na segunda partida da semifinal da Copa do Brasil, contra o Corinthians na Neo Química Arena, em um jogo onde atuou com um jogador a menos desde os 27 minutos do primeiro tempo, após a expulsão de Bruno Henrique .

Apesar de contar com a maioria do elenco à disposição, exceção feita a Plata e Viña, Filipe Luís optou por escalar o que considera sua formação principal, repetindo o time que goleou o Corinthians por 4 a 0. No entanto, a atuação muito abaixo da média de Léo Pereira reacende a discussão sobre a posição, especialmente com Danilo sendo uma alternativa forte. Além disso, a saída de Cebolinha reclamando de dores na panturrilha gera preocupação, embora o jogador tenha apresentado melhora inicial e ainda aguarde reavaliação médica.

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Além dos pontos já mencionados, a derrota freou o impulso que o Flamengo vinha construindo antes do "jogo-chave" pela Copa Libertadores. O time carioca enfrenta o líder Central Córdoba na Argentina nesta quarta-feira, às 21h30 (horário de Brasília), com a necessidade imperativa de pontuar para não comprometer sua classificação no grupo. Filipe Luís está ciente da importância deste confronto e já direcionou o foco da equipe para esta partida, buscando "virar a página" após o tropeço no Brasileirão. O elenco se reapresentou na manhã desta segunda-feira no Ninho do Urubu para iniciar a preparação.

Quesito Cruzeiro Flamengo
Posse de bola 44% 56%
Finalizações (no alvo) 15 (11) 5 (4)
Chances de gol* 8 5
Passes (precisão) 389 (79%) 541 (87%)
Desarmes 22 16
Escanteios 6 5
Faltas 18 9
Impedimentos 2 1

Fonte: ge (*leitura do autor)

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Comentado em 05/05/2025 05:10 Acontece, mlk! Vamos pra cima do Central Córdoba pra mostrar nossa força! Rumo ao título!
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