Flamengo: A Jornada de 48 Mil Km até a Final da Libertadores - Detalhes da Viagem Épica

A rota do Clube de Regatas do Flamengo rumo à decisão da Conmebol Libertadores representou um desafio logístico de proporções continentais, superando em complexidade até mesmo os embates em campo. Longe das estatísticas de sete vitórias, três empates e duas derrotas que marcam a performance esportiva, a verdadeira batalha se deu nos céus e estradas da América do Sul, impondo uma carga física e mental notável sobre a delegação rubro-negra.

A equipe carioca cruzou vastas extensões geográficas, passando por nações como Venezuela, Argentina e Equador, além do território brasileiro, antes de finalmente aterrissar em solo peruano para o confronto decisivo. Essa peregrinação aérea acumulou uma impressionante marca de pouco mais de 48 mil quilômetros, dos quais mais de 22 mil foram percorridos apenas na fase de grupos da competição. Tal feito exigiu quase 60 horas dedicadas a voos e uma hora adicional em deslocamentos terrestres via ônibus.

A Odisseia Geográfica do Flamengo na Libertadores

O percurso mais intrincado e exaustivo teve início logo na estreia da Libertadores, com destino a San Cristóbal, na Venezuela, para enfrentar o Deportivo Táchira. Esta viagem inicial consumiu mais de 12 horas, desde a saída do Ninho do Urubu até o check-in no hotel de concentração. A estratégia adotada envolveu um voo fretado para Santo Domingo, Venezuela, com uma escala técnica para reabastecimento em Manaus, seguido por um trajeto de uma hora de ônibus até o local da partida, evidenciando a complexidade logística exigida.

Posteriormente, a delegação encarou a desafiadora missão de se deslocar a Quito, no Equador, para o embate contra a LDU. A jornada até a capital equatoriana, conhecida por sua altitude elevada, demandou cerca de 13 horas e 10 minutos de voo, considerando o trajeto de ida e volta, cobrindo uma distância superior a 9.106 quilômetros.

Em contraste, a passagem por Córdoba, na Argentina, representou o deslocamento mais breve da fase de grupos da competição. Para este compromisso, o somatório dos voos de ida e volta totalizou aproximadamente 7 horas e 20 minutos, abrangendo uma distância de 5.698 quilômetros.

Caminho Duro: As Fases Eliminatórias e o Custo da Glória

Adentrando as fases eliminatórias, o Flamengo realizou o percurso mais curto de toda a competição ao viajar para Porto Alegre, Brasil, para enfrentar o Internacional nas oitavas de final. Os voos domésticos entre o Rio de Janeiro e a capital gaúcha somaram 4 horas e 20 minutos, cobrindo pouco menos de 4.500 quilômetros, um alívio temporário em meio à maratona continental.

Contudo, as quartas e semifinais trouxeram novamente a exigência de viagens internacionais, com dois deslocamentos para Buenos Aires, Argentina, para confrontos contra Estudiantes e Racing, respectivamente. A somatória destas duas idas e duas voltas à capital argentina resultou em 16 horas e 40 minutos de voo, totalizando 15.720 quilômetros percorridos, testando a resistência do elenco.

A Reta Final: Lima e o Legado de um Trajeto Histórico

Finalmente, a rota se encerrou em Lima, no Peru. A viagem para a capital peruana, situada a 3.773 quilômetros do Rio de Janeiro, teve uma duração estimada de 6 horas e 30 minutos. Considerando o retorno da delegação, o Flamengo acumulou mais 11 horas de voo para cobrir os mais de 7.500 quilômetros referentes a esta etapa crucial, consolidando um trajeto de proporções verdadeiramente épicas.

O balanço final de quilometragem e tempo de voo revela a magnitude do esforço logístico e físico empreendido pelo Flamengo em sua busca pelo título continental. Esta jornada, que transcende o campo de jogo, destaca o custo invisível e o comprometimento exigido para alcançar o topo do futebol sul-americano.

A seguir, uma tabela detalhada com as distâncias e os tempos de voo de cada etapa da jornada do Flamengo na Libertadores: