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Filipe Luís e a Obsessão Defensiva: Por Que Gols no Fim Irritam Tanto no Flamengo?
Por Redação Flapress em 09/11/2025 22:10
A recente vitória do Flamengo sobre o Santos por 3 a 2, válida pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro, trouxe à tona uma preocupação expressa pelo técnico Filipe Luís: a incidência de gols sofridos nos momentos finais das partidas. Embora o triunfo mantenha o Rubro-Negro na disputa pelo título nacional, a forma como os dois gols santistas foram concedidos nos acréscimos provocou uma reação visceral do comandante, que manifestou um "ódio" particular por tais ocorrências.
Em sua coletiva pós-jogo, o ex-lateral não poupou palavras para descrever seu descontentamento. "Primeiro, que eu odeio sofrer gols, prezo muita pela fase defensiva. Acredito que a defesa é a melhor arma para vencer campeonatos. Sobre esse susto, que nos sirva de lição. No Brasileirão e no futebol mundial, se você abaixa a guarda por um minuto, custa muito caro. Já falei para eles (jogadores). Não me preocupa. É um caso à parte. Mas, sim, me machuca. Odeio que aconteça isso", declarou Filipe Luís , sublinhando a dualidade entre a aparente falta de preocupação e o impacto emocional.
Apesar da veemência em suas palavras, o paradoxo reside no fato de que o Flamengo sob a gestão de Filipe Luís ostenta números defensivos invejáveis no Brasileirão, figurando como a equipe com a menor quantidade de gols sofridos, apenas 20, e a que menos acumulou derrotas, com apenas quatro reveses. Essa estatística, por si só, atesta a solidez de um sistema que, ironicamente, parece vulnerável em instantes cruciais, uma questão que o próprio treinador se esforça para elucidar.
A Persistente Vulnerabilidade Rubro-Negra nos Minutos Finais
A fragilidade nos últimos minutos não é um fenômeno isolado. O histórico recente do Flamengo revela uma série de episódios semelhantes entre agosto e outubro, com a equipe cedendo gols tardios contra adversários como Grêmio, o próprio Palmeiras (futuro rival na final da Libertadores em 29/11, às 18h), São Paulo e Estudiantes, entre outros. Mesmo diante dessa recorrência, o técnico mantém a postura de que a situação "não o preocupa", embora reconheça o "machucado" que essas falhas provocam.
Ao abordar um dos casos anteriores, Filipe Luís ofereceu uma explicação contextualizada. "Contra o Estudiantes, tivemos a expulsão injusta do Plata. Estávamos para fazer o terceiro gol (jogo de ida foi 2 a 1). Não é justo falar sobre isso. Hoje, é um caso à parte, estava 3 a 0 no minuto 42, e tomamos o gol. Temos que tentar entender o momento do Santos, vindo roubar a bola. Os jogadores têm que entender isso. O meu trabalho é fazer eles entenderem isso. Eles estavam no momento melhor e acabamos sofrendo. Não diria apagão, mas que esse susto sirva para que entendam que o jogo só acaba quando terminar", explicou o treinador, indicando que a compreensão do contexto é fundamental para a correção dos erros.
A Lição de Casa e o Próximo Desafio do Flamengo
A tarefa de Filipe Luís , portanto, transcende a mera tática; trata-se de incutir nos atletas a mentalidade de concentração ininterrupta até o apito final. O "susto" contra o Santos serve como um lembrete vívido da implacável natureza do futebol moderno, onde qualquer lapso pode ser fatal para as ambições de um time que aspira a grandes conquistas.
Com uma semana inteira dedicada aos treinamentos, o elenco rubro-negro terá tempo para assimilar as lições e aprimorar a consistência defensiva. O próximo compromisso será no sábado, quando o Flamengo enfrentará o Sport em um confronto atrasado do primeiro turno do Brasileirão, com a bola rolando às 18h. Será mais uma oportunidade para demonstrar que a mensagem de Filipe Luís foi compreendida e que o "ódio" pelos gols sofridos no fim pode se converter em uma fortaleza ainda maior.
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