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Filipe Luís Avalia Empate Sem Gols Entre Flamengo e Vasco no Brasileirão

Por Redação Flapress em 19/04/2025 21:21

A igualdade sem gols no confronto com o Vasco, disputado neste sábado no Maracanã, deixou um gosto amargo para o técnico Filipe Luís, apesar de sua avaliação sobre o desempenho da equipe. O Flamengo, embora tenha criado oportunidades, esbarrou na performance destacada do goleiro Léo Jardim, impedindo a sequência de triunfos no campeonato nacional. A organização defensiva do oponente foi um ponto reconhecido pelo comandante rubro-negro.

A Frustração do Clássico e a Busca pela Vitória

Apesar da análise técnica apontando aspectos positivos, o resultado final gerou insatisfação. Afinal, um clássico carrega uma carga emocional e tática distinta, como ressaltou o próprio treinador.

"Claro que esperava vencer o jogo, mas sabemos que clássico nunca é fácil. Tem o componente mental e da torcida que mexe muito. Fica um jogo muito mais agressivo e intenso. É uma sensação ruim, o Flamengo entra em campo para vencer todos os jogos. Da minha parte, queria ter vencido."

Essa declaração sublinha a mentalidade vitoriosa esperada no clube, onde o empate, especialmente em casa, nunca é visto como um desfecho ideal, mesmo diante de um adversário bem postado.

Dominância Tática e a Barreira Vascaína

Na perspectiva do comandante, a partida exibiu um controle significativo por parte do Flamengo , tanto na posse de bola quanto na criação de lances de perigo.

"Os jogadores super intensos, querendo vencer a todo momento, acelerando as jogadas, tentando fazer um jogo vertical e até pecando em excesso por isso, principalmente no primeiro tempo, mas fizemos um jogo em que tivemos o domínio total, domínio das chances, tivemos a bola. Colocamos o adversário onde a gente queria que ele estivesse, mas um adversário muito bem treinado, muito bem organizado, tem muitas coisas muito bem trabalhadas na fase defensiva do Vasco. Não é fácil de entrar, não foi fácil no Carioca, mas nós criamos muitas chances, e o goleiro deles saiu como o melhor em campo. A gente tem que deixar o resultado e olhar o que foi feito. Acredito que a equipe fez um grande jogo, cometemos alguns erros, porque o adversário tem jogadores com muita qualidade, mas, nas minha opinião, fizemos um jogo em que merecíamos mais (a vitória)."

Este trecho da coletiva reforça a convicção de que a equipe executou o plano tático de pressionar o oponente. Contudo, a solidez defensiva do Vasco, já observada em confrontos anteriores, provou ser um desafio considerável. A atuação do goleiro Léo Jardim foi determinante, sendo apontado como o destaque individual da partida, o que, na visão do treinador, valida a qualidade das oportunidades criadas pelo Flamengo .

Gestão do Elenco e as Escolhas Táticas

Um dos pontos abordados na entrevista foi a lógica por trás das alterações no segundo tempo, especificamente a não utilização de Luiz Araújo em determinado momento.

"Optei pelo Plata jogar de 9. Com o Pedro entrando, passei o Plata pra posição natural dele. Naquele momento, fiquei com uma troca para o final, mas entendi que o Allan ia me dar mais ritmo e velocidade de circulação e mais estabilidade na perda da bola. O Nico já vinha abaixando o ritmo, então optei por essa troca. Na hora que eu senti que o jogo podia sair das nossas mãos, optei pelo Allan para retomar o controle e empurrar o Vasco para a área dele. Conseguimos, tivemos duas chances, mas o Léo Jardim fez grandes defesas."

A explicação detalha uma decisão pautada na necessidade de manter o controle do meio-campo e a intensidade, visando empurrar a linha defensiva adversária. A entrada de Allan, nesse contexto, foi vista como estratégica para retomar o ímpeto ofensivo e a segurança na transição.

Sobre a performance individual de outros atletas, como Bruno Henrique e Pedro, o técnico também ofereceu sua perspectiva.

"Ele acabou não tendo a chance. Algumas vezes, o Wesley foi à linha de fundo e a bola não chegou até ele. Quando um jogador faz tudo o que o treinador pede, independentemente do resultado acontecer ou não, eu gostei do jogo do Bruno. Sobre Pedro, óbvio que a estrela do time quando está presente, temos que fazer o jogo girar em torno disso. O Pedro tem um jogo diferente do Bruno e do Plata, então minha função é adaptar a esse estilo. Temos que explorar o que ele tem de melhor. Quando ele tiver ritmo, vai jogar melhor. Hoje ele entrou por 30 minutos, é bom que vá somando, que vá se adaptando ao modelo e depois não tenho dúvida que ele nos vai entregar muito."

Essa análise individualiza o desempenho, elogiando a aplicação tática de Bruno Henrique e destacando a importância de integrar Pedro ao modelo de jogo, reconhecendo a necessidade de tempo para que o atacante retome seu ritmo ideal e se torne plenamente adaptado às dinâmicas propostas.

A Questão da Finalização: Mérito Defensivo ou Precisão Ausente?

Outro aspecto crucial discutido foi a dificuldade em converter as oportunidades criadas. Filipe Luís atribuiu a falha tanto à qualidade defensiva do oponente quanto à execução no momento decisivo.

"Tem mérito das duas partes. Tanto do goleiro quanto do treinador, que trabalha bem essa fase defensiva. No primeiro tempo, entramos bem na parte da área do Vasco, mas na hora da finalização, a gente não estava fino. E outra, também finalizamos menos jogadas com tempo. O Vasco defende bem, lê bem a jogada, então tivemos menos tempo para finalizar. Mérito do Vasco. Mas os méritos estão aí. Criamos estrutura para os jogadores, mas isso acontece no futebol. Tem dias que acontece. É mais fácil jogar no contra-ataque, onde tem mais espaço. Quando se ataca, tem mais pernas para enfrentar."

Esta fala ressalta a dualidade: a organização defensiva vascaína limitou o tempo e o espaço para os arremates, mas também houve uma falta de "precisão" ou "finura" nos momentos cruciais. O técnico reconhece que enfrentar defesas fechadas é inerentemente mais complexo do que atuar em contra-ataque, onde há mais espaço.

Questionado especificamente sobre a "última bola", ou seja, a etapa final da construção da jogada, o treinador não identificou problemas de execução na posse de bola ou na chegada à área.

"Não. Não acredito nisso. Vi que, com a bola, os jogadores estavam bem, não estavam perdendo a bola. Depois, dentro da área, o Gerson teve três chances. Ele teve algumas chances de fazer o gol. Mas a finalização não foi perfeita. O Pedro teve chance, o Cebolinha teve chance. Mas não senti o time mal com bola, erros onde a bola escapava do pé. Teve confiança, manteve solidez e teve pouca oportunidade de contra-ataque para o Vasco. Claro, eles conseguiram sair algumas vezes com perigo, mas não senti eles abaixo neste quesito."

A avaliação final aponta que o problema não residiu na construção ou na solidez da equipe com a bola, mas sim na conversão das chances claras, citando exemplos de Gerson, Pedro e Cebolinha. A equipe manteve a confiança e limitou os contra-ataques perigosos do adversário, indicando que o domínio tático foi mantido, mas a eficácia no ataque final falhou.

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Bruno

Bruno

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Comentado em 20/04/2025 02:00 Filipe Luís tá certo! Criamos várias chances, só falta a bola entrar, bora Flamengo!
João

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Comentado em 20/04/2025 00:30 A gente dominou o jogo, só faltou o gol! Vamos pra cima na próxima, Mengão!
Carlos

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Comentado em 19/04/2025 23:00 Empate é ruim, mas o time jogou bem!
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