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Estádio do Flamengo: Parceria Público-Privada e o Futuro do Rubro-Negro
Por Redação Flapress em 25/11/2024 12:50
Financiamento Inovador: Cepac e Potencial Construtivo
A construção do novo estádio do Flamengo, um projeto audacioso estimado em cerca de R$ 2 bilhões, ganhou um importante impulso com a assinatura de um termo de compromisso entre o clube e a Prefeitura do Rio de Janeiro. Este acordo inovador prevê a utilização do potencial construtivo da sede rubro-negra na Gávea, gerando recursos significativos para a obra.
A expectativa é que o Flamengo obtenha aproximadamente R$ 500 milhões com a venda de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepac). Essa estratégia demonstra uma busca por soluções financeiras criativas para viabilizar o empreendimento, sem a necessidade de recorrer a modelos como a Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
A prefeitura desempenha um papel crucial nesse processo, atuando como facilitadora na transferência do direito de construir. Este tipo de parceria público-privada tem se mostrado um caminho promissor para a realização de projetos de grande porte na área esportiva.
Parceria Estratégica: Prefeitura e o Papel da AGU
O acordo firmado entre o Flamengo e a Prefeitura vai além da simples cessão do potencial construtivo. Ele envolve a elaboração de um Projeto de Lei municipal que regulamentará uma operação consorciada, transferindo o direito de construir da Gávea para outras áreas.
Segundo o presidente Rodolfo Landim, "a prefeitura não só nos ajudou no processo, ao desapropriar o terreno, ao renegociar todo o potencial construtivo que existia naquele terreno para outras áreas, cedendo isso e trabalhando para que isso fosse feito num processo de mediação com a AGU". A atuação da Advocacia-Geral da União (AGU) é fundamental para garantir a legalidade e a transparência da operação.
Landim ainda ressaltou a importância da parceria, afirmando que a prefeitura está ?nos ajudando para direcionar o potencial construtivo daqui da Gávea como um dinheiro carimbado para a construção do nosso estádio. Fazendo contas rápidas aqui, essa ajuda, a retirada do potencial construtivo de lá e nos oferecer esse potencial construtivo daqui, nos dá um impacto de mais ou menos R$ 1 bilhão para nos ajudar nesse estádio".
Precedentes e Desafios: Aprendizados com o Vasco
O Flamengo não é o primeiro clube a utilizar o potencial construtivo de sua sede para financiar obras. O Vasco da Gama, por exemplo, utilizou uma estratégia semelhante para a reforma de São Januário. No entanto, o clube cruzmaltino enfrenta atrasos na regulamentação do processo, mostrando os desafios inerentes a esse tipo de operação.
A experiência do Vasco serve como um alerta para a necessidade de planejamento estratégico e acompanhamento rigoroso das etapas legais. O sucesso do projeto do Flamengo depende, em grande parte, da eficiência na condução do processo burocrático e na articulação entre os diferentes agentes envolvidos.
Imagens do projeto do novo estádio demonstram a ambição do clube em criar uma arena moderna e funcional, capaz de atender às necessidades de seus torcedores e de sediar eventos de grande porte.
Conclusão: Um Projeto Ambicioso e sua Viabilidade
A construção do novo estádio do Flamengo representa um desafio monumental, mas a parceria com a Prefeitura e a utilização inovadora do Cepac demonstram a busca por soluções viáveis. O sucesso desse empreendimento dependerá de uma gestão eficiente, transparência e da superação dos desafios burocráticos.
A análise do caso do Vasco reforça a necessidade de um planejamento cuidadoso e da compreensão das complexidades legais envolvidas. A observação atenta do desenvolvimento do projeto do Flamengo será crucial para avaliar a eficácia desse modelo de financiamento para futuras iniciativas no esporte brasileiro.
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