Estádio do Flamengo: Bap revela prazo de 4 anos e novos custos

A gestão de Luiz Eduardo Baptista no Flamengo sinaliza uma mudança de postura em relação ao sonho da casa própria. Em encontro com associados na Gávea, o mandatário expôs que a viabilidade do estádio no Gasômetro agora passa por um rigoroso planejamento financeiro e jurídico, distanciando-se de promessas imediatistas. O foco atual reside na formação de uma reserva de capital antes de qualquer movimentação definitiva de obras.

Gestão Bap revisa custos e estratégia financeira para o Gasômetro

Diferente do que se ventilava anteriormente, o projeto passou por um crivo técnico da Fundação Getulio Vargas (FGV) e da Arena, resultando em uma estimativa orçamentária significativamente menor. A intenção é garantir que o clube não se endivide de forma irresponsável, priorizando a saúde econômica para não afetar o investimento no futebol profissional.

O entrave da Naturgy e o novo horizonte temporal

Um dos pontos mais críticos apresentados pelo presidente trata da desocupação do terreno pela empresa Naturgy. Esse processo é fundamental para que o Flamengo possa realizar a limpeza profunda do solo, etapa obrigatória para o início das fundações. Entretanto, o prazo para essa movimentação pode se estender por quase meia década, o que altera drasticamente o cronograma de intervenções físicas no local.

Ao detalhar a situação, Baptista foi enfático sobre a segurança documental e os próximos passos:

?Agora temos um prazo estendido e o compromisso documentado, o terreno (do Gasômetro) é do Flamengo. Os estudos da FGV ajustaram o projeto e custos associados. Vamos criar uma poupança prévia para que na hora certa decida se faz e como fazer o estádio. O próximo passo é a saída da Naturgy do terreno, ela pode sair em até quatro anos. A gente espera que seja o mais rápido possível. A gente só pode fazer uma descontaminação mais profunda (do terreno) quando eles saírem?

Fim da meta de inauguração para 2029

A promessa da gestão de Rodolfo Landim, que visava abrir os portões do novo estádio em 15 de novembro de 2029, foi oficialmente deixada de lado pela atual diretoria. Luiz Eduardo Baptista entende que fixar datas comemorativas pode gerar uma pressão desnecessária e riscos financeiros que o clube não deve correr. A prioridade máxima permanece sendo a competitividade da equipe em campo, sem que o estádio se torne um fardo que comprometa as conquistas esportivas.

Embora a posse do terreno, adquirido ainda em 2024, esteja juridicamente assegurada, o Rubro-Negro agora adota uma postura de cautela. O projeto avança, mas sob uma ótica de responsabilidade administrativa que prefere a solidez dos números à pressa dos calendários políticos.