De la Cruz Perde Espaço: Entenda a Situação do Craque no Flamengo em 2025

A trajetória de Nicolás De la Cruz no Flamengo em 2025, outrora marcada por grande expectativa, tem se desenhado de forma preocupante. Contratado com status de reforço de peso, o meio-campista uruguaio, que deveria ser uma peça central na engrenagem rubro-negra, tem visto sua presença em campo diminuir drasticamente. O recente confronto contra o Bahia, disputado no último domingo, marcou apenas sua quarta aparição como titular desde o encerramento da Copa do Mundo de Clubes, evidenciando uma perda de espaço que levanta sérios questionamentos.

Os números refletem uma realidade aquém do esperado para um jogador de seu calibre. De la Cruz figurou no onze inicial em meros 36% dos compromissos da equipe em 2025, um percentual que contrasta fortemente com o investimento e a projeção de protagonismo que o cercavam no início do ano. Sua capacidade técnica e visão de jogo, que o tornaram um dos destaques do futebol sul-americano, têm sido intermitentemente apresentadas, principalmente devido a uma sequência de infortúnios físicos.

A Redução Drástica de Minutos em Campo

Apesar de ter participado de 27 das 57 partidas disputadas pelo time principal do Flamengo em 2025, sua condição de titularidade tem sido bastante limitada. Dessas 27 aparições, apenas 21 foram como titular, o que representa menos da metade dos confrontos gerais da temporada (47%). Este cenário é particularmente notável após a Copa do Mundo de Clubes, período em que o jogador esteve presente em apenas oito dos 21 duelos da equipe, iniciando apenas quatro deles.

A performance de De la Cruz , que chegou a emplacar uma sequência promissora no primeiro semestre, foi abruptamente interrompida. Dos 27 jogos que disputou, 19 ocorreram na primeira metade do ano, enquanto apenas oito se deram no segundo semestre, sublinhando a queda acentuada em sua utilização e disponibilidade.

O Impacto das Lesões Crônicas no Desempenho

O principal algoz dessa situação é uma lesão crônica no joelho direito, que tem sido uma constante fonte de preocupação. Essa condição, por sua vez, gerou um problema secundário no joelho esquerdo, que acabou sobrecarregado em função da compensação física. Tais adversidades clínicas não apenas o afastaram dos gramados, mas também o fizeram perder a posição de titular para outros nomes do elenco, como Jorginho e Saúl.

Curiosamente, a perda da titularidade, ao reduzir a carga de jogo, parece ter aliviado a sobrecarga que o mantivera afastado por mais de um mês antes do Mundial nos Estados Unidos. No entanto, a gestão de seu histórico de lesões permanece um dilema complexo para a comissão técnica e o departamento médico do clube.

Comparativo: O Cenário de 2024 Versus a Realidade Atual

Ao analisar o desempenho de De la Cruz em sua primeira temporada no Flamengo , em 2024, percebe-se um contraste notável. Naquele ano, apesar de também ter enfrentado problemas físicos, o uruguaio conseguiu participar de 58% dos jogos da equipe, sendo titular em 52% das ocasiões. Esses números, superiores aos da temporada atual, indicam uma presença mais consistente e um papel mais proeminente no esquema tático.

A realidade de 2025 impõe uma reflexão sobre a gestão física do atleta e o impacto em seu rendimento. Se, por um lado, a redução da carga de jogo pode ser uma medida preventiva para o manejo das lesões crônicas, por outro, impede que o clube usufrua plenamente do talento de um jogador que chegou com a promessa de ser um diferencial. O desafio para o Flamengo reside em reintegrar De la Cruz de forma sustentável, garantindo que sua valiosa contribuição não seja apenas esporádica, mas sim uma constante no alto nível que se espera de um atleta de sua envergadura.