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Cuéllar Expõe "Sentimento de Uso" e Polêmica da Medalha na Saída do Flamengo

Por Redação Flapress em 29/08/2025 12:40

O duelo entre Flamengo e Grêmio, agendado para este domingo, às 16h, no Maracanã, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro, transcende a mera disputa por pontos. Para o volante Gustavo Cuéllar, agora defendendo as cores do tricolor gaúcho, o confronto representa um reencontro carregado de simbolismo e memórias de uma despedida tumultuada do clube carioca em 2019. O jogador colombiano, em recentes declarações, revisitou os bastidores de sua ruptura com o Flamengo , expondo ressentimentos e uma sensação de ter sido "usado", além de revelar detalhes sobre uma polêmica envolvendo a medalha da Libertadores.

O meio-campista narrou os pormenores de sua saída, destacando um dilema profissional. Naquele período, Cuéllar tinha em mãos propostas de clubes da Arábia Saudita ? onde mais tarde atuaria por Al Hilal e Al Shabab até 2025 ? e do Bologna, da Itália. Seu anseio era evidente: migrar para o futebol europeu. Contudo, o Flamengo , segundo o atleta, recusou a oferta italiana, direcionando seus esforços para que o jogador aceitasse a proposta financeiramente mais vantajosa do clube árabe.

A insistência de Cuéllar em buscar o Velho Continente gerou um impasse significativo. O jogador foi afastado do elenco por aproximadamente vinte dias, ficando impedido de treinar com a equipe principal. A situação se agravou com o vazamento de seu número de telefone, o que resultou em uma avalanche de mensagens ofensivas por parte de torcedores. O ambiente, em suas palavras, tornou-se insustentável.

As Pressões e o Dilema da Transferência

O volante detalhou a pressão exercida pelos dirigentes rubro-negros:

Os caras me falaram, se você não vai para a Arábia, não vai para nenhum lugar. Você vai ficar aqui. Além disso, eles não queriam que eu saísse. No momento, eu senti que os caras meio que abriram o coração e deixaram que eu decidisse. Então, eu falei, cara, eu quero ir para a Itália. E os caras falaram, Gustavo, se você continuar desse jeito assim, a gente vai te afastar, a gente vai tomar uma decisão. Você não vai para lá. E eu falei para eles, tomem a decisão que vocês queiram, mas eu quero sair. Os árabes aumentaram a proposta para mim e para o clube. Aí falei, então deixa a Itália e vamos aceitar a proposta. Porque acho que o ambiente para mim ficou muito ruim.

Essa narrativa expõe a tensão entre o desejo do atleta e os interesses financeiros do clube, culminando na aceitação da proposta saudita por parte de Cuéllar, diante de um cenário que ele considerava hostil.

O Sentimento de Ser "Uma P***": A Partida Crucial

O clímax dessa conturbada relação ocorreu às vésperas de uma partida decisiva pela Conmebol Libertadores, contra o Internacional, pelas quartas de final. Mesmo em meio ao afastamento, Cuéllar foi convocado pelo então técnico Jorge Jesus, sob uma condição explícita: se participasse do jogo, o Flamengo facilitaria sua saída. A lembrança desse episódio evoca um profundo ressentimento no jogador, que se sentiu instrumentalizado pela diretoria.

Falaram esse negócio que se eu jogasse com o Inter, eu poderia ter a chance de sair. Eu me senti como uma p***. Usado. Você vai jogar lá, você pode sair. Se não, você fica aqui se f******.

A declaração de Cuéllar revela a crueza com que percebeu a situação, onde sua performance em campo era condicionada à sua liberdade de negociação.

A Polêmica da Medalha da Libertadores

Um dos pontos mais controversos levantados por Cuéllar diz respeito à medalha de campeão da Libertadores de 2019. Apesar de ter sido peça fundamental na campanha, participando de 10 dos 14 jogos, o volante afirmou não ter recebido a honraria. Ele atribui a ausência da medalha a uma suposta "birra" do então vice-presidente de futebol, Marcos Braz.

Dos 14 jogos da Libertadores e joguei 10, pelas estatísticas da Libertadores eu também fui campeão, mas o Braz não me mandou a medalha porque estava com birra. Lembro que mandaram para outros jogadores que jogaram menos que eu, mas não mandaram para mim.

Essa alegação adiciona uma camada de amargura à sua despedida, sugerindo que a questão pessoal superou o reconhecimento esportivo.

Curiosamente, no mesmo dia em que o Flamengo celebrava a conquista continental, Cuéllar levantava a taça da Champions Asiática com o Al Hilal, seu novo clube. A ironia da situação é destacada pelo próprio jogador:

Lá me deram medalha, mesmo sem eu ter jogado nenhum jogo.

Essa comparação sublinha o contraste entre a forma como foi tratado em seu antigo e novo clube, reforçando a percepção de desvalorização no Flamengo . Atualmente no Grêmio, recuperando-se de uma lesão, Gustavo Cuéllar se prepara para enfrentar o Flamengo pela primeira vez desde sua saída. O palco será o Maracanã, e o reencontro promete ser mais do que um simples jogo de futebol; será um embate carregado de histórias, lembranças e, para o colombiano, a oportunidade de revisitar um passado ainda marcado por ressentimentos.

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Larissa

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Comentado em 29/08/2025 17:40 Birra aí é coisa pequena, Flamengo é gigante kkkk
João

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Comentado em 29/08/2025 16:00 O Flamengo segue gigante, medalha ou não!
Rafael

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Comentado em 29/08/2025 14:20 Cuéllar que se cuide, Mengão tá voando hein!
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