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Ex-Gerente do Flamengo Detona Nova Gestão e Aponta "Politização"
Por Redação Flapress em 07/02/2025 10:00
Acusações de "Politização" e Desmonte no Flamengo
Em uma entrevista explosiva, Marcio Tannure, ex-gerente de saúde e alto rendimento do Flamengo, não poupou críticas à nova gestão do clube. Demitido no início de janeiro, após a posse de Luiz Eduardo Baptista, o Bap, como presidente, Tannure questiona as mudanças promovidas e a substituição de profissionais que, segundo ele, foram formados e investidos pelo clube.
Tannure levanta dúvidas sobre o discurso de profissionalização da nova diretoria, alegando que a substituição de funcionários por pessoas "aposentadas, há mais de 10 anos fora do mercado" configura, na verdade, uma ação de cunho pessoal e político. Ele questiona se a demissão em massa de profissionais qualificados e a contratação de nomes menos atualizados no mercado representam, de fato, um avanço para o clube.
O ex-gerente do DM do Flamengo expressa sua surpresa com a postura da nova gestão, contrastando-a com o discurso inicial de profissionalismo. Ele reconhece a necessidade de mudanças, mas ressalta que o grupo anterior alcançou conquistas inéditas para o clube, questionando se a atual reformulação é motivada por razões políticas em vez de critérios técnicos.

Rixa Antiga e Acusações Cruzadas
A saída de Tannure do Flamengo coincidiu com o retorno de José Luiz Runco ao cargo de diretor médico geral do clube, um antigo desafeto do ex-gerente. A relação conflituosa entre os dois remonta a 2017, quando Guilherme Runco, filho do atual diretor, deixou a equipe médica do clube após um desentendimento com Tannure.
Na época, pai e filho alegaram que havia um acordo para que Guilherme realizasse as cirurgias no elenco, mas ele foi preterido na operação de Diego e pediu demissão. Esse episódio parece ter azedado de vez a relação entre Tannure e a família Runco, culminando com a sua demissão e o retorno do antigo desafeto ao clube.
Tannure minimiza qualquer problema pessoal com Runco e afirma ter sido informado pelo presidente Bap de que a contratação do médico foi um "acordo político". Ele garante que não teria problemas em trabalhar com Runco e que a saída do filho dele da equipe médica foi uma decisão do próprio Guilherme , e não uma imposição sua.
O Futuro do Flamengo Sob Nova Direção
As críticas de Marcio Tannure expõem um racha interno no Flamengo e levantam questionamentos sobre o futuro do clube sob a nova gestão. As acusações de "politização" e desmonte da equipe profissional colocam em xeque o discurso de profissionalização da diretoria e geram incertezas sobre a capacidade do clube de manter o alto nível de desempenho alcançado nos últimos anos.
Resta saber se a nova gestão conseguirá superar as críticas e conduzir o Flamengo a novas conquistas, ou se as mudanças promovidas trarão prejuízos ao clube. O tempo dirá se a "politização" denunciada por Tannure se confirmará ou se a nova diretoria provará que suas decisões são, de fato, motivadas pelo bem do Flamengo .
"O cara (Bap) diz que vem profissionalizar e traz só pessoas que estavam aposentadas, há mais de 10 anos fora do mercado. Você manda (embora) todos os funcionários que você investiu, que você educou, perdeu tempo desenvolvendo eles, paga a rescisão para eles todos, mais de 60, para jogar eles no mercado para os outros clubes. E ex-profissional do Flamengo é peça rara no mercado, não fica sem trabalho. Eu não acho isso profissionalismo. Se for numa empresa séria, ninguém vai fazer isso. Isso é profissionalismo ou pessoalismo? Coisas pessoais e você está se utilizando da máquina que não é sua para fazer justiça com as próprias mãos? São coisas muito diferentes"
— Charla Podcast (@CharlaPodcast) March 11, 2024
Em suas palavras finais, Tannure conclui:
"Talvez tenha me pegado de surpresa porque foi vendido um discurso... É que nem político, depois de eleito muda. De profissionalismo não teve nada. Óbvio que tem muitas coisas erradas, acho que precisavam ser mudadas. Concordo, sem sombra de dúvida. Mas tem coisas que independentemente de tudo, os fatos estão aí. Pessoas fazem narrativas, criam personagens, mas os fatos existem: o grupo que se formou lá ganhou o que nunca foi ganho em nenhum outro clube. Por isso digo que é zero profissionalismo, para mim é politicagem."

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