Consequências Severas: Racing Punido Após Espetáculo Pirotécnico Contra o Flamengo

O fervoroso espetáculo pirotécnico promovido pela torcida do Racing Club, que antecedeu o confronto de volta da semifinal da Copa Libertadores contra o Flamengo, gerou repercussões significativas e desfavoráveis para a agremiação argentina. Em decorrência desse episódio, o clube enfrentará a penalidade de disputar seus próximos três compromissos como mandante com os portões de seu estádio fechados.

Esta sanção será aplicada exclusivamente em partidas disputadas em torneios domésticos, organizados no território argentino. A medida reflete a seriedade com que as autoridades tratam a organização e a segurança em eventos esportivos de grande porte.

Implicações da Sanção: Portões Fechados e Restrições Adicionais

Além da punição inicial de três jogos sem a presença de público, a "Academia" enfrentará um período subsequente de restrições. Nas três partidas seguintes em que atuar em casa, os torcedores do Racing estarão impedidos de ingressar com faixas, tambores, cornetas e outros artefatos que normalmente compõem a atmosfera festiva das arquibancadas.

A decisão sublinha a vigilância sobre a conduta das torcidas e a responsabilidade dos clubes em garantir um ambiente seguro e em conformidade com as regulamentações vigentes. O incidente, ocorrido em um palco tão relevante como a Libertadores, serve de alerta para as consequências de ações que extrapolam os limites do permitido.

O Verbatim da Decisão Disciplinar

A determinação oficial, que impõe as severas restrições ao Racing Club, detalha as bases legais e as especificidades da penalidade. O texto integral da sanção é apresentado a seguir, evidenciando a meticulosidade jurídica da decisão:

ART. 1º - Ordenar o fechamento total, pelos próximos três (3) jogos de futebol, dos setores populares, arquibancadas, camarotes e qualquer outro espaço autorizado a receber espectadores no Estádio ?Presidente Perón? do Racing Club de Avellaneda, correspondentes aos torneios organizados pela Associação Argentino de Futebol (AFA) e todos os eventos esportivos de grande público, devido à falta de organização para o controle e vigilância de acordo com o objetivo da Lei nº 11.929, suas alterações e seu Decreto Regulamentar nº 1863/02, Lei Nacional nº 23.184, Lei Nacional nº 23.192 e, em particular, Artigo 3º da Lei nº 23.183, estabelecendo que as referidas partidas devem ser realizadas estritamente sem público e com portões fechados, garantindo que nenhum espectador compareça ao estádio.

ART. 2º - Para estabelecer que, quando o Racing Club atuar como mandante, as três (3) partidas de futebol seguintes à sanção prevista no artigo anterior serão realizadas sem a presença de tambores, trombetas, faixas, cortinas, bandeiras ou qualquer outro elemento que exija autorização prévia.

ART. 3º - Registrar, notificar a instituição esportiva, a Associação Argentino de Futebol (AFA), a Delegacia de Polícia envolvida, publicar, dar ao Boletim Informativo e ao SINDMA. Uma vez concluído, arquivar.

Este conjunto de medidas representa um duro golpe para o Racing, afetando não apenas a receita de bilheteria, mas também a atmosfera de apoio que sua torcida proporciona. A decisão reforça a necessidade de rigor e conformidade com as normas em todas as competições, independentemente do seu caráter nacional ou continental.