Bap, Presidente do Flamengo, Ataca Calendário do Intercontinental: "Injusto"

O presidente do Clube de Regatas do Flamengo, Luiz Eduardo Bap, manifestou publicamente sua veemente insatisfação com a organização do calendário do futebol brasileiro, que se choca diretamente com a disputa da Copa Intercontinental. Com a recente conquista da Copa Libertadores, o time Rubro-Negro está confirmado para participar do torneio no Catar, mas a programação impõe um prazo extremamente apertado para a equipe.

A situação é particularmente desafiadora: em 7 de dezembro, o Flamengo tem um compromisso crucial fora de casa contra o Mirassol, pela rodada final da Série A do Campeonato Brasileiro. Contudo, apenas três dias depois, em 10 de dezembro, a equipe já precisará entrar em campo para seu primeiro desafio no torneio internacional, enfrentando o Cruz Azul, do México, no que é denominado "Derby das Américas". Essa transição abrupta levanta sérias preocupações sobre a preparação e o desempenho do elenco.

Desafios Logísticos e a Corrida Contra o Relógio do Flamengo

Diante desse cenário, o Flamengo terá um período extremamente limitado para aclimatação e preparo antes de mergulhar na competição. A expectativa é que o Paris Saint-Germain, da França, já esteja na final, agendada para 17 de dezembro, tornando-se o provável adversário do clube carioca caso avance nas fases anteriores.

A indignação de Bap é palpável, e ele não hesitou em expressar a magnitude do problema em suas declarações:

"Acho que o Intercontinental é absolutamente injusto. Vamos chegar menos de 20 horas antes do jogo, e a gente perde dinheiro se cair no primeiro jogo. Olha o que aconteceu com o Botafogo ano passado. Outro dia, estávamos discutindo Fair Play financeiro. Fair Play esportivo, não é legal o time campeão da Libertadores chegar para jogar com menos de 24 horas, fazer uma viagem de 15 horas, com 7 horas de fuso... Hoje vamos desfrutar, e segunda-feira vou decidir o que vamos fazer"

A fala do presidente sublinha a disparidade de condições e a desvantagem competitiva imposta ao campeão sul-americano.

A Questão do Fair Play Esportivo e o Precedente Histórico

As preocupações de Bap não se limitam apenas ao aspecto financeiro, que seria afetado por uma eventual eliminação precoce. Ele enfatiza a falta de "Fair Play esportivo", argumentando que é inaceitável para o campeão da Libertadores ter que se apresentar para um jogo tão decisivo após uma longa viagem de aproximadamente 15 horas, enfrentando um fuso horário de 7 horas, com menos de um dia para se recuperar e se preparar.

O dirigente do Flamengo recorda um episódio recente que serve de alerta: no ano anterior, o Botafogo enfrentou o Pachuca, também do México, sob condições igualmente adversas de tempo e preparação mínima. O resultado foi uma eliminação precoce logo no primeiro confronto, evidenciando o risco que o Rubro-Negro corre ao ser submetido a um cronograma tão apertado.

O Caminho do Rubro-Negro no Torneio Intercontinental

A trajetória do Flamengo no torneio está claramente definida em etapas. Se a equipe conseguir superar o Cruz Azul no jogo inicial, o próximo desafio será contra o Pyramids, do Egito, na semifinal, um confronto que recebeu o nome de "Copa Challenger", marcado para 13 de dezembro. A grande final, denominada "Copa Intercontinental", seria o embate contra o poderoso PSG, programado para o dia 17 de dezembro.

Para ilustrar o percurso e os potenciais adversários, segue a estrutura do torneio:

Fase do Torneio	Data (Estimada)	Adversário Potencial	Nome da Partida
Primeira Rodada	10 de dezembro	Cruz Azul (MEX)	Derby das Américas
Semifinal (se avançar)	13 de dezembro	Pyramids (EGI)	Copa Challenger
Final (se avançar)	17 de dezembro	PSG (FRA)	Copa Intercontinental

Este planejamento do torneio, em contraste com a agenda do futebol nacional, coloca o Flamengo em uma posição de desvantagem que o presidente Bap não hesita em criticar veementemente.