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Tite: Desempenho do Flamengo e a Busca por Entendimento

Por Redação Flapress em 15/09/2024 23:10

O Desempenho do Flamengo e a Frustração com o Empate

A insatisfação com o empate do Flamengo diante do Vasco era notória no semblante e nas palavras de Tite. O time dominou o rival, mas o placar final de 1 a 1, marcado por um gol aos 41 minutos do segundo tempo, deixou o treinador frustrado.

"A minha demora foi justamente para assimilar o grande desempenho da equipe, mas o não resultado. Às vezes o desempenho acompanha o resultado, às vezes não. E aí fica muito difícil assimilar. Não tenho toda a dimensão para controlar as variáveis. Mas desse jogo eu tenho, difíceis de absorver, com um grande desempenho ter empatado o jogo", explicou Tite.

A Busca por Entendimento e a Crítica ao "Poupar"

Em meio a um rodízio e a utilização do que chama de ciência para administrar o elenco, Tite voltou a se posicionar contra o termo "poupar".

"Eu vou poupar o meu emprego? Maluco eu não sou", declarou o treinador.

Tite também foi questionado sobre o desempenho do Flamengo na temporada. "Está abaixo do que queríamos como desempenho, e reconhecemos", admitiu.

O Impacto do Gol e a Análise do Treinador

A respeito do gol sofrido, Tite detalhou sua perspectiva: "Fica a frustração, sim. Mas não especificamente do lance. Há um contexto do lance, em cima da situação, mas próximo de fazer o segundo do que de tomar, de oportunidades, bolas no pau, por isso estou chateado e demorei para vir, porque precisa ter discernimento para falar com vocês. O lance, ele tem uma série de aspectos. Em uma ação ofensiva aos 43, posso e devo falar para os atletas segurar e os zagueiros não irem para a área. Para mim, de boa, foi falta no Léo Pereira, e é fora da área, mas há um desequilíbrio pelas costas. O Claus me confunde. Me atrapalha as ideias. Feita essa observação, há um contexto, há uma possibilidade de finalização de ir para o gol, tem uma sobra com o Léo para definir. Na sequência, tem condição de finalizar a jogada ou de interromper para recompor. Há sempre um contexto todo. Se ouvem só o Léo, vão dizer que culpa é dele. A culpa é de todos. Começa com o técnico, a comissão técnica, mas tem a participação de todos, das ações coletivas, da concentração do jogo".

Explicando as Decisões: Gabigol, Carlinhos e Arrascaeta

Tite justificou a ausência de Gabigol na partida, preferindo manter Bruno Henrique em campo: "Treinamento. Jogos. Especificamente. Carlinhos decisivo contra o Bolívar, contra o Atlético-MG, com gol, decisivo contra o Vitória. Foi por isso essa opção. Agregado a isso. BH decisivo contra o Bahia, gol. BH decisivo contra o Bahia, assistência para gol (...) Nós fizemos o gol com Carlinhos em campo. E o desempenho do Carlinhos nos outros jogos, foi isso que me levou a decidir".

A Importância de Arrascaeta e o Risco Calculado

Sobre o uso de Arrascaeta, Tite esclareceu: "Eu não poupo. O que tem é departamento médico e físico, que diz se o atleta está liberado ou não. Tiveram na quinta o jogo, não treinaram ontem Bruno Henrique , Fabricio Bruno e Arrascaeta . Os três com termografia, com exame de sangue, com todos os aspectos. Chegou hoje os dois atletas com departamento médico, estão bem, feito exames, Bruno bem, Fabricio bem, Arrascaeta com resquício, mas era importante ele no jogo. A gente correu o risco com ele, mas a necessidade e importância do jogo, o Flamengo tem que estar brigando por todas as competições".

Comparação com a Seleção Brasileira e a Busca por Entendimento Mais Amplo

Questionado sobre a semelhança do gol do Vasco com o gol da Croácia na Copa do Mundo, Tite respondeu: "Não pode abrir uma ferida de uma cosia passada para uma coisa recente atual. Se não fica meio desumano. Quando tive que falar da Seleção e eu não estava, eu falei. E do contexto todo. E sempre os erros são coletivos. Toda situação que for para colocar um ponto apenas de um erro é o primeiro passo da ignorância. E não é só no futebol, porque ela é conjunta".

O Calendário do Futebol Brasileiro e a Luta Contra a Ignorância

Para finalizar, Tite fez um apelo à necessidade de contextualizar e analisar o futebol brasileiro de forma abrangente: "A gente tem que contextualizar todas as coisas. E fazer de forma abrangente e não simplista. Eu lutei a minha vida toda. Um legado que eu possa dar para vocês é lutar contra o não saber, contra a ignorância, a minha própria, para saber das coisas. Quando vem aqui e relata fatos, eu não vou estar com menos pressão do que a necessidade do Flamengo exige. Daqui a pouco, manda embora, não renova porque é a lei do jogo. Mas essa busca do entendimento mais amplo e de passar para as pessoas que estão ouvindo com informação, conhecimento e análise é legal. Ninguém poupa. Vou poupar meu emprego, colocar em risco meu emprego. Maluco, eu não sou. Só um pouquinho. É um contexto".

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