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Rossi Herói: A Virada Épica do Goleiro do Flamengo na Libertadores 2024

Por Redação Flapress em 27/09/2025 10:10

A noite em La Plata reservou a Sergio Rossi uma jornada de contrastes, culminando em uma consagração que ecoou momentos históricos do Flamengo. Poucos dias após seu trigésimo aniversário, o goleiro argentino vivenciou uma montanha-russa de emoções, transformando um instante de hesitação em um triunfo inquestionável. As mesmas mãos que falharam no gol de Benedetti, na tensa classificação rubro-negra pela Conmebol Libertadores, foram as que, momentos depois, garantiram a permanência do clube na competição.

Conhecido em sua terra natal como "parapenalti", uma expressão que designa goleiros especialistas em defesas de penalidades máximas, Rossi não apenas reafirmou essa reputação aos torcedores argentinos, mas a apresentou de forma categórica à nação flamenguista. Sua performance decisiva reascendeu o debate sobre sua importância para o elenco, consolidando-o como um verdadeiro pilar da equipe.

A narrativa de redenção de Rossi , aliás, não é inédita no cenário rubro-negro. Em uma daquelas coincidências que parecem desenhar o destino do Flamengo , o goleiro emulou o ídolo Diego Alves, que em 2019 viveu uma situação notavelmente similar. Diego, outro grande especialista em pênaltis, também superou um momento de crítica para emergir como herói, pavimentando o caminho para conquistas memoráveis.

Rossi: A Metamorfose de La Plata

O roteiro de 2019, que viu Diego Alves sair de uma posição de vulnerabilidade para se tornar figura central, serve como um espelho para a trajetória recente de Rossi . Naquele ano, durante as oitavas de final da Conmebol Libertadores, Diego Alves foi alvo de severas críticas. Em um clássico contra o Botafogo, antes do embate de volta contra o Emelec, o então camisa 1 falhou em dois gols alvinegros, na vitória rubro-negra por 3 a 2, chegando a ser vaiado pela própria torcida.

A redenção, contudo, chegou três dias depois. Após uma vitória por 2 a 0 no tempo normal, o Flamengo eliminou os equatorianos nos pênaltis, com Diego Alves defendendo uma cobrança crucial. A partir desse momento, o time de Jorge Jesus encontrou seu ritmo, embalou e conquistou o título, com o goleiro exibindo atuações consistentes, notavelmente no empate em 1 a 1 com o Grêmio, em Porto Alegre, no jogo de ida da semifinal.

Para Rossi , a jornada não foi muito diferente. Antes de brilhar na classificação contra o Estudiantes, o goleiro argentino também enfrentou momentos de questionamento. No domingo anterior ao confronto decisivo, ele saiu mal em uma cobrança de escanteio de Philippe Coutinho no clássico contra o Vasco, permitindo que Rayan marcasse de cabeça o gol de empate vascaíno.

As Sombras no Gol: Falhas Precedentes

A sequência de falhas culminou na quinta-feira, em La Plata. Com o empate parecendo encaminhado no primeiro tempo, Rossi voltou a comprometer. No gol de Benedetti, o goleiro não conseguiu encaixar ou espalmar uma bola que ia em sua direção, deixando o campo visivelmente abatido no caminho para o vestiário no intervalo. A imagem de Rossi desolado contrastava com a crescente euforia adversária.

O reencontro com Benedetti, aliás, não se limitou àquela jogada. No segundo tempo, o volante voltou a balançar as redes de Rossi , mas o lance foi anulado por impedimento. O destino, porém, reservava um desfecho diferente para a noite. Na decisão por pênaltis, Benedetti foi o primeiro a ser parado pelo goleiro flamenguista. Com uma defesa espetacular, Rossi espalmou a cobrança do camisa 13 com apenas uma das mãos. Na quarta cobrança argentina, o capitão Ascacíbar viu o camisa 1 do Flamengo se consagrar de vez, garantindo o clube entre os quatro melhores do continente.

Rossi , que inclusive virou capa do jornal Olé na Argentina após a partida, demonstrou resiliência e foco, transformando a pressão em performance. Sua capacidade de se reerguer após erros evidentes sublinha um perfil psicológico robusto, essencial para a posição que ocupa.

O "Parapenalti" Resurge: A Consagração nas Penalidades

Em sua segunda decisão por pênaltis desde que chegou ao Flamengo , Rossi conquistou sua primeira vitória ? a outra disputa resultou na eliminação para o Atlético-MG, em agosto, pela Copa do Brasil. No total, o goleiro esteve frente a frente com um adversário na marca da cal em 20 oportunidades, somando tempo normal e disputas de pênaltis, com sete cobranças defendidas. Ou, como diriam os argentinos, sete "atajadas" do "parapenalti". Abaixo, um resumo de suas estatísticas em penalidades:

Total de Oportunidades (Pênaltis) Pênaltis Defendidos Aproveitamento de Defesas
20 7 35%

A performance de Rossi em La Plata não apenas assegurou a classificação do Flamengo , mas também solidificou seu status dentro do elenco . O roteiro de vilão a herói, com a decisiva atuação nas penalidades, o coloca em um patamar de destaque, relembrando a importância de goleiros que se agigantam nos momentos mais críticos, tal qual Diego Alves fez em 2019.

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Comentado em 27/09/2025 11:50 Rossi é aquele mlk que vacila, mas salva no fim, blz rsrs
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