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Pedro: Maestria Tática e Poder Ofensivo no Flamengo

Por Redação Flapress em 16/10/2025 11:51

O triunfo do Flamengo por convincentes três a zero diante do Botafogo, ocorrido na última quarta-feira no estádio Nilton Santos, ressaltou a figura de um jogador já familiar à torcida, mas que se agigantou como o principal artífice do resultado: Pedro. O centroavante não apenas inaugurou o marcador e contribuiu com uma assistência, mas, de fato, conduziu as ações ofensivas do elenco rubro-negro. Em um cenário onde não ostenta a condição de titular inquestionável, alternando-se com nomes como Plata e Bruno Henrique, Pedro soube capitalizar a chance, evidenciando sua relevância estratégica ao balançar as redes, arquitetar jogadas e, fundamentalmente, conferir fluidez ao sistema de jogo flamenguista.

A relevância de Pedro transcende os números diretos, ancorando-se em sua participação ativa em um dos preceitos táticos mais caros à filosofia de Filipe Luís: a incessante pressão sobre a saída de bola adversária. Embora Bruno Henrique seja frequentemente a opção preferencial quando se busca maior intensidade e agilidade nesse quesito, Pedro demonstrou capacidade notável. Atuando ao lado de parceiros como Plata, Carrascal, ou Arrascaeta, o camisa nove exibiu uma mobilidade exemplar, deslocando-se pelos flancos para asfixiar a construção defensiva do oponente, um comportamento crucial para o sucesso da estratégia rubro-negra.

Quando o Flamengo detinha a posse de bola, a atuação de Pedro foi uma síntese perfeita de mobilidade e referência posicional. Sua presença como um ponto fixo no comando do ataque permitiu que jogadores como Luiz Araújo e Samuel Lino desfrutassem de maior autonomia para permutar nas extremidades do campo, enquanto Arrascaeta ganhava a liberdade necessária para transitar com maestria entre as linhas defensivas adversárias. Uma das qualidades mais distintivas de Pedro reside precisamente em sua habilidade de atuar como um pivô de referência, atraindo e fixando os zagueiros. Essa fixação da linha defensiva adversária, por sua vez, abre valiosos corredores para a incursão do quarteto ofensivo, um elemento vital que vinha apresentando deficiências nos confrontos recentes do time.

Pedro: O Catalisador Ofensivo do Flamengo

Anteriormente, não eram poucas as vozes que questionavam a viabilidade de Filipe Luís alinhar simultaneamente Pedro e Arrascaeta . A preocupação residia no entendimento de que o Flamengo , por vezes, parecia excessivamente dependente de um estilo de ataque mais direto e veloz, em contraste com a posse de bola cadenciada e a construção paciente que caracterizam boa parte da identidade do elenco . As investidas ofensivas pareciam limitadas a momentos em que o setor de frente encontrava um vácuo para desorganizar a defesa adversária e concluir.

Entretanto, no embate contra o Botafogo, a sinergia entre a dupla floresceu de maneira notável. Pedro , cujo empenho nos treinamentos tem sido constantemente elogiado, não apenas participou ativamente das investidas ao gol, mas também se desvencilhou da área com frequência. Sua reconhecida mobilidade, um traço constante em seu jogo, atingiu um patamar de excelência particular nesta partida. Com uma inteligência tática apurada, Pedro recuava para ser o receptor de passes de Pulgar e, em diversas ocasiões, até mesmo dos próprios zagueiros, com destaque para Léo Ortiz. Agindo de costas para o gol, executava pivôs precisos, habilitando Arrascaeta ou Lino com lançamentos milimétricos rumo à grande área.

A decisão de escalar Pedro no comando ofensivo reflete profundamente a concepção futebolística de Filipe Luís : a premissa de ditar o ritmo da partida e de defender-se através da posse de bola, mas, igualmente crucial, a capacidade de moldar o setor de ataque conforme as características do adversário a ser enfrentado.

Pedro: Maestria Tática e Poder Ofensivo no Flamengo
Foto: (Alexandre Durao/ZIMEL PRESS)

Adaptação Tática e a Versatilidade de Pedro

Em confrontos contra sistemas defensivos que priorizam a marcação por zona e que, por natureza, concedem menos espaços na grande área ? a exemplo do que se observou diante do Bahia ?, a performance de Pedro pode, por vezes, não atingir seu potencial máximo. Contudo, frente a defesas compostas por zagueiros de maior agilidade, que frequentemente se desprendem da retaguarda para acompanhar o movimento dos atacantes, o camisa nove demonstra uma notável capacidade de atuar de costas para o gol, explorando essa característica do oponente.

O Palmeiras, próximo oponente do Flamengo na aguardada ?final antecipada? do Campeonato Brasileiro, com embate marcado para este domingo, às 16h, no Maracanã, é um adversário que se notabiliza por possuir zagueiros que frequentemente avançam de suas posições. Este confronto direto, de caráter inequivocamente decisivo, surge como a ocasião ideal para o Rubro-Negro reafirmar que seu setor ofensivo reencontrou o caminho do bom funcionamento, impulsionado por um atleta há muito valorizado pela Nação.

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