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Palmeiras Tropeça no Derby: Empate Beneficia o Flamengo no Brasileirão 2025
Por Redação Flapress em 31/08/2025 20:40
A rodada do Campeonato Brasileiro de 2025 oferecia um cenário de potencial reviravolta no topo da tabela, especialmente após um resultado que, para o Flamengo, poderia ter sido mais prejudicial. O Palmeiras, um dos principais concorrentes ao título, tinha a oportunidade de assumir a liderança em termos de aproveitamento ao enfrentar o Corinthians. No entanto, o embate em Itaquera culminou em um empate, um desfecho que, para a nação rubro-negra, representa um sopro de alívio, mantendo a distância para um rival direto.
Apesar de uma produção ofensiva notável, com nomes como Vitor Roque e Flaco López buscando incessantemente o gol, a equipe alviverde esbarrou tanto na imprecisão de seus arremates quanto na determinação e capacidade de reação do arquirrival. Hugo Souza, goleiro corintiano, foi peça fundamental, realizando defesas cruciais que impediram o Palmeiras de converter seu volume de jogo em uma vantagem mais expressiva. Curiosamente, nos períodos em que o Verdão deteve maior posse de bola no campo adversário, sua criatividade pareceu minguar, um ponto que merece reflexão. O Timão, por sua vez, demonstrou adaptabilidade tática, ajustando seu esquema entre os tempos para garantir o ponto que o afasta ainda mais da zona de rebaixamento.
Estratégias Iniciais e Oportunidades Perdidas
As escolhas dos técnicos Dorival Júnior e Abel Ferreira para o Derby foram dignas de nota. Pelo lado corintiano, a ausência de Matheuzinho levou à improvisação de Charles na lateral-direita, enquanto Angileri substituiu o suspenso Matheus Bidu na esquerda. Raniele reassumiu sua posição no meio-campo, e Memphis Depay fez sua estreia como titular após um período de recuperação. Já a equipe palmeirense manteve Khellven na lateral-direita, com Giay iniciando no banco, e Aníbal Moreno foi a opção para a primeira função do meio-campo.
O primeiro tempo do clássico foi eletrizante, com o Palmeiras exibindo superioridade inicial e abrindo o placar com Vitor Roque, em um momento de intensa pressão. Contudo, após os 15 minutos, o Corinthians encontrou seu ritmo, alcançando o empate através de uma bola parada aérea, uma arma que já havia se mostrado letal em confrontos anteriores da Copa do Brasil entre as equipes. O gol, um desvio contra de Piquerez após cabeçada de Gustavo Henrique, igualou o placar em um momento crucial da partida.
A organização tática do Palestra na marcação se destacou, com um bloco alto que forçava erros na saída de bola corintiana e acelerava as jogadas com consciência, buscando rapidamente Flaco López e Vitor Roque, que se mostraram incisivos nas combinações. Hugo Souza já havia sido acionado antes de Flaco sofrer a penalidade que resultou no gol de Vitor Roque. O camisa 9, eleito o melhor em campo na etapa inicial, demonstrou notável capacidade de vencer duelos, gerar jogo no pivô e realizar movimentos de ruptura, sendo uma ameaça constante à defesa adversária.
Reação Corinthiana e Dificuldades Palmeirenses
O Corinthians, por sua vez, encontrou em Raniele e Maycon as ferramentas para superar a marcação palmeirense, progredindo de forma incomum para os donos da casa. Após uma primeira tentativa de Memphis que resultou em chute para fora, Maycon foi derrubado por Flaco López, e Garro cobrou a falta na cabeça de Gustavo Henrique, cujo desvio resultou no gol contra de Piquerez. O empate, embora tenha surgido em um momento de maior domínio visitante, recompensou a combatividade do Corinthians, personificada por Gui Negão, que se desdobrava na marcação e na recomposição defensiva.
A igualdade no placar inflamou a torcida, que impulsionou o time da casa a aumentar a frequência de suas investidas ofensivas. Angileri quase virou o jogo em uma bela tabela com Maycon, e Hugo Souza novamente brilhou ao defender finalizações de Vitor Roque e Flaco López. Apesar dos esforços da dupla de ataque palmeirense, Lucas Evangelista, Khellven, Maurício, Piquerez e Felipe Anderson contribuíam para uma produção ofensiva mais consistente do Palmeiras, que parecia mais regular em suas ações.
O Segundo Tempo: Tática e Resiliência Defensiva
Na volta para o segundo tempo, o Corinthians ajustou sua estratégia defensiva, com Raniele recuando para atuar como um quinto defensor, garantindo superioridade numérica contra Vitor Roque e Flaco López. Essa mudança permitiu que os laterais corintianos se desprendessem mais rapidamente para neutralizar os avanços de Piquerez e Khellven. No entanto, a equipe ainda precisava de uma melhor definição para conter as flutuações de Maurício e Felipe Anderson, bem como a influência de Evangelista no meio-campo.
Maurício desperdiçou uma grande chance de colocar o Verdão à frente aos 12 minutos, chutando em Hugo. O meia precisou deixar o gramado por dores, sendo substituído por Facundo Torres. Raniele também saiu por problema físico, dando lugar a João Pedro na linha de zaga. O Palmeiras, apesar de aumentar seu tempo de posse de bola após o intervalo e ter trocas de passe mais duradouras, viu sua produção ofensiva cair. A falta de velocidade, verticalidade e espaços cedidos pelo adversário limitou a capacidade de criação alviverde.
As substituições de Dorival Júnior na reta final, com Cacá entrando no lugar de Charles, e Ryan e Vitinho substituindo Maycon e Garro, visavam explorar a velocidade em contragolpes, mas não se concretizaram. Mesmo com apenas 35% de posse de bola no segundo tempo, o Corinthians conseguiu minimizar os riscos em comparação com a etapa inicial. Gustavo Henrique, André Ramalho e João Pedro se destacaram na proteção da área nos instantes finais. A postura competitiva de todo o time corintiano foi fundamental para inibir a criação palmeirense, resultando em um empate que mantém o Palmeiras na terceira posição da tabela. Para o Flamengo , este resultado, sem dúvida, oferece um respiro importante na corrida pelo título do Brasileirão.
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