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A Montanha-Russa de Gabigol: Uma Temporada de Reviravoltas e Despedida Apoteótica
Por Redação Flapress em 01/01/2025 05:40
O ano de 2024 para Gabigol foi, sem dúvida, o mais agitado de sua carreira, repleto de acontecimentos que testaram sua resiliência e a paciência da torcida. O atacante, pressionado por um desempenho abaixo do esperado no ano anterior com a camisa do Flamengo, iniciou a temporada com a expectativa de renovar seu contrato. Contudo, o cenário tomou um rumo inesperado, transformando sua trajetória em uma verdadeira montanha-russa, culminando em uma despedida memorável.
Retorno Promissor e a Queda Livre
Após um período de descanso e recuperação física durante as férias, Gabigol retornou ao Ninho do Urubu com boas condições e expectativas elevadas. No entanto, a tão aguardada "virada de chave" não se concretizou, e Pedro se consolidou como a principal escolha do técnico Tite, retomando a temporada em grande forma. No Campeonato Carioca, o então camisa 10 marcou gols nas únicas duas partidas em que foi titular, mas viu seu espaço diminuir nas demais oportunidades.
A primeira grande reviravolta ocorreu em 25 de março, quando o Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD) impôs uma suspensão de dois anos ao jogador por fraude em exame antidoping. A decisão, recebida com surpresa e indignação, o afastou dos gramados e dos treinos no Ninho do Urubu até abril de 2025. Apesar da gravidade da situação, a torcida se manifestou em apoio ao atacante, considerando a punição excessiva.
Entre Polêmicas e o Fim de um Ciclo
Após mais de dois meses afastado, Gabigol retornou aos gramados, mas a paz durou pouco. Apenas 15 dias depois, uma foto sua vestindo a camisa do Corinthians durante uma festa em casa vazou, desencadeando uma crise com a diretoria e a torcida. O jogador admitiu a veracidade da imagem, o que resultou em multa de 10% do salário e a perda da camisa 10. A relação com a torcida, que o havia apoiado incondicionalmente, sofreu um abalo significativo. A diretoria, que já havia recuado na proposta de renovação por cinco anos, decidiu que não havia mais espaço para um contrato longo.
A volta ao Maracanã foi marcada por frieza e indiferença. Apesar da relação intensa com a torcida até o fim, para muitos rubro-negros, o ciclo de Gabigol no clube havia chegado ao fim. Em 21 partidas, o atacante atuou em apenas 463 dos 1.890 minutos disputados pelo Flamengo . A relação com Tite se tornou cada vez mais distante, e Gabigol começou a buscar alternativas para sua carreira.
A Reconstrução e a Despedida Apoteótica
Em meio a um cenário desfavorável, a chegada de Filipe Luís ao clube mudou o rumo da história. O ex-lateral, com sua amizade e confiança, deu a Gabigol o que ele precisava para retomar seu melhor futebol. O atacante voltou a ser titular e marcou três gols, dois deles na final da Copa do Brasil contra o Atlético-MG. A pressão da torcida por sua renovação aumentou, mas a diretoria do Flamengo manteve sua decisão.
Apesar da resistência da diretoria, Gabigol recebeu uma festa de despedida, um momento de reconhecimento e carinho da torcida. Com direito a mosaico, xingamentos ao presidente e uma declaração alfinetando Landim, Gabriel se despediu do Flamengo , prometendo que voltará. Após a despedida, Gabigol direcionou seu foco para projetos fora dos campos, especialmente sua parceria com a Mizuno, e planejou seu futuro. O jogador criou uma contagem regressiva no YouTube que culminou no anúncio de seu novo destino, após o término de seu contrato com o Flamengo .
O ano de 2024 de Gabigol foi uma verdadeira montanha-russa, com reviravoltas, polêmicas e uma despedida emocionante. O atacante, que passou por momentos de turbulência, conseguiu se reerguer e deixar sua marca na história do Flamengo . Sua trajetória serve como um lembrete da complexidade do futebol, onde altos e baixos se misturam, e a resiliência é fundamental para superar os desafios.
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