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Flamengo x Palmeiras: Tática de Filipe Luís Explica Vitória e Quebra Defesa Alviverde
Por Redação Flapress em 20/10/2025 09:31
A recente vitória do Flamengo por 3 a 2 sobre o Palmeiras, em um confronto que muitos consideraram uma "final antecipada", não apenas reacendeu a chama da disputa pelo Campeonato Brasileiro, mas também expôs a inteligência tática por trás do sucesso rubro-negro. Este embate, digno da rivalidade entre líder e vice-líder, foi marcado por momentos de tensão e alternância de domínio, mas a letalidade flamenguista se mostrou decisiva.
Embora o Palmeiras tenha construído mais oportunidades na etapa inicial, impulsionado pela eficaz conexão entre sua defesa e a dupla Vitor Roque e Flaco López, o Flamengo demonstrou uma capacidade cirúrgica. Um gol de pênalti e outros dois em investidas rápidas foram o resultado de uma movimentação orquestrada por Pedro e Arrascaeta, complementada por um sutil, mas crucial, ajuste na saída de bola promovido por Filipe Luís.
A Virada Tática: O Jogo Aéreo Como Arma Rubro-Negra
Contrariando sua habitual preferência por construir jogadas desde a defesa, com trocas de passes curtos, o Flamengo adotou uma abordagem ligeiramente distinta. O goleiro Rossi, em diversas ocasiões, optou por bolas longas, buscando escapar da intensa pressão imposta pelo Palmeiras. Ciente de que Vitor Roque e Flaco López pressionam com vigor, e que Andreas atuava centralizado, Rossi buscou conexões diretas com Pedro , visando desorganizar a defesa adversária e abrir espaços para as infiltrações de Lino, Araújo e, sobretudo, Arrascaeta .
O primeiro gol rubro-negro materializou essa estratégia de ligação direta. Pedro , recebendo a bola de costas, atraiu Bruno Fuchs, que se desprendia da linha defensiva para pressionar o atacante. Enquanto isso, Gómez, Piqueréz e Khellven também subiam para marcar individualmente. Com Luís Araújo buscando o centro e Felipe Anderson fechando o lado para equilibrar, a situação se desenhava para o 1 contra 1.

O Primeiro Golpe: A Exploração da Fragilidade Alviverde
A chave da jogada residia no duelo individual entre Pedro e Bruno Fuchs. O atacante flamenguista levou a melhor em praticamente todas as disputas, seja pela posse de bola ou pela simples movimentação que desposicionava o zagueiro palmeirense. Tal falha não se limitava ao aspecto individual de Fuchs, mas revelava uma fragilidade tática: o defensor estava sem qualquer cobertura ao se adiantar para pressionar.
O gol inaugural surgiu de um giro rápido de Pedro e uma bola em profundidade que explorou precisamente essa ausência de cobertura. Com Gómez também avançado, Arrascaeta encontrou um vasto espaço para concluir e abrir o placar. Aníbal Moreno e Andreas Pereira, os volantes do Palmeiras, estavam distantes do lance e mal posicionados, um padrão que se repetiria ao longo da partida.
Este primeiro tento foi a representação mais clara de uma tática que o Flamengo empregou repetidamente no primeiro tempo e, em menor escala, na etapa final. Rossi , por exemplo, esperava o avanço de Andreas para marcar antes de lançar a bola longa, garantindo que o volante estivesse longe da defesa adversária.
Na frente, a organização era impecável: Pedro recuava para atrair Fuchs até o meio-campo, com Gómez na cobertura. Piqueréz acompanhava Luís Araújo, e Khellven marcava Lino. Arrascaeta , por sua vez, buscava o vazio, ciente de que Gómez estaria na proteção. Enquanto isso, Aníbal e Andreas permaneciam desorientados, incapazes de neutralizar a movimentação astuta de Pedro , que, mesmo sem tocar muito na bola, abria um imenso vácuo na defesa adversária.
Aspecto Tático | Detalhe da Execução | Resultado para o Flamengo |
---|---|---|
Saída de Bola | Rossi busca bolas longas | Evita pressão do Palmeiras |
Pedro como Pivô | Recua para atrair Bruno Fuchs | Cria espaço na defesa adversária |
Movimentação de Arrascaeta | Busca espaços vazios | Permite infiltração e finalização |
Posicionamento dos Volantes do Palmeiras | Distantes da jogada, fora de posição | Ausência de cobertura para a zaga |
A Persistência da Estratégia e o Plano de Jogo
Há uma notável distinção entre a perspectiva do torcedor e a do treinador. Para a torcida, o espetáculo do ataque e do drible é primordial. Contudo, os treinadores operam com a lógica de estabelecer padrões de comportamento que permitam o surgimento do brilho individual. Filipe Luís , com sua leitura apurada, certamente compreendia os padrões da defesa do Palmeiras, que se baseia em encaixes individuais, e identificou a vulnerabilidade de Fuchs em embates diretos, um ponto já conhecido por adversários anteriores como Internacional e Atlético-MG.
Dessa compreensão, nasceu a estratégia para o confronto: reduzir o toque de bola na defesa, apostar nas ligações diretas e explorar ao máximo as fragilidades de Fuchs e o corredor deixado por Andreas. Pedro , como peça central, não apenas sofreu o pênalti em cima de Fuchs e deu uma assistência, mas também marcou um gol e, mais importante, ocupou espaços cruciais que permitiram que seu talento se manifestasse plenamente.
O Legado Tático: Pedro no Centro da Vitória
A execução precisa dessa estratégia foi fundamental para o triunfo rubro-negro. Pedro , atuando como um pivô inteligente, desarticulou a marcação individual do Palmeiras, criando as condições para que o Flamengo fosse letal nas poucas, mas eficazes, chances que construiu. A capacidade de Filipe Luís de ler o adversário e adaptar o plano de jogo foi um diferencial crucial.
Para o Flamengo , essa vitória tática representa um impulso significativo na busca por um título cada vez mais acirrado e com desfecho incerto. A demonstração de adaptabilidade e inteligência em campo reforça a posição do clube como um forte candidato ao Campeonato Brasileiro.
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