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Flamengo Vence São Paulo: Análise da Vitória e Domínio no Brasileirão

Por Redação Flapress em 12/07/2025 18:40

Após um período de turbulência interna e a recente desilusão com a eliminação na Copa do Mundo de Clubes, o Flamengo demonstrou que tais contratempos não abalaram sua performance no Campeonato Brasileiro. No embate deste sábado, no Maracanã, a equipe carioca replicou o padrão de controle observado na maioria de suas onze partidas anteriores, garantindo uma vitória por 2 a 0 sobre o São Paulo, com gols de Luiz Araújo e Wallace Yan.

O time paulista, por sua vez, concentrou seus esforços em uma estratégia defensiva robusta, buscando neutralizar as investidas ofensivas do adversário. Conseguiu proteger sua área com notável eficácia em diversos momentos do confronto. Contudo, essa barreira sucumbiu na segunda etapa, e a capacidade do Tricolor de ameaçar a defesa rubro-negra demorou a se manifestar. Apesar de uma aparente queda de ritmo dos anfitriões nos últimos vinte minutos, o São Paulo não conseguiu criar uma pressão efetiva em busca do empate, e ainda sofreu o segundo gol nos instantes finais.

Na configuração tática, Filipe Luís optou por manter De la Cruz no banco de reservas. A dupla de volantes foi formada por Allan e Jorginho, enquanto o trio de ataque contou com Plata, Luiz Araújo e Bruno Henrique. Pedro não esteve disponível, nem mesmo entre os suplentes. As laterais foram ocupadas por Wesley e Alex Sandro. A expectativa é que Erick Pulgar só retorne à disponibilidade da equipe nos dois últimos meses da temporada.

Do lado do São Paulo, em sua reestreia no comando técnico do Tricolor, Hernán Crespo alinhou a equipe com uma formação de três zagueiros, com Sabino, Alan Franco e Arboleda compondo o setor defensivo. No meio-campo, Pablo Maia, Alisson e Marcos Antônio atuaram como protetores da área. Oscar se posicionou mais próximo de André Silva. Lucas Moura e Lucas Ferreira foram desfalques notáveis, e Ferreirinha iniciou a partida entre os reservas.

A Batalha Tática no Maracanã

A primeira etapa do confronto foi caracterizada por um domínio incontestável do Flamengo . No entanto, apesar do volume ofensivo demonstrado pela equipe carioca, o número de oportunidades claras de gol contra a meta do São Paulo ficou aquém do esperado. Esse cenário pode ser atribuído tanto aos méritos da defesa tricolor, que se postou de forma exemplar na proteção da área, quanto à dificuldade do rubro-negro em encontrar soluções mais eficazes ao se aproximar do gol adversário.

Encontrar espaços era uma tarefa árdua. Com Marcos Antônio , Alisson e Pablo Maia realizando perseguições quase individuais a Jorginho, Allan e Arrascaeta, o São Paulo impedia que seus alas se desprendessem da linha defensiva, o que permitia aos zagueiros congestionar a área, criando um ambiente desafiador para o ataque do Flamengo . Pablo Maia, em particular, oferecia um suporte crucial nesse esquema.

Arboleda emergiu como um pilar defensivo, com intervenções precisas, bloqueios eficazes e coberturas importantes. Embora não tenha impedido o avanço constante do adversário, o São Paulo tornou a missão de ser vazado consideravelmente mais complexa com essa postura. O Flamengo , por sua vez, esteve próximo de balançar as redes em pelo menos três ocasiões notáveis.

Léo Ortiz, considerado o destaque da primeira metade do jogo, participou de duas dessas chances. Primeiramente, acertou a trave em um chute de fora da área. Em seguida, deixou Wesley em condições favoráveis, mas a finalização do lateral foi neutralizada por uma excelente defesa de Rafael. Plata, por sua vez, recebeu um bom passe de Bruno Henrique ? outro jogador de destaque nos 49 minutos iniciais ? dentro da área, mas sua conclusão foi para a esquerda da meta.

O Motor do Meio-Campo Rubro-Negro

Jorginho e Allan demonstraram uma notável capacidade de lidar com a marcação implacável de Alisson e Marcos Antônio , garantindo que a bola circulasse com fluidez e velocidade. Sua atuação foi igualmente fundamental no suporte às pressões coordenadas que o Flamengo exercia na saída de bola do São Paulo. Em diversas ocasiões, o time visitante sequer conseguiu trocar uma sequência de cinco passes, permanecendo encurralado em seu próprio campo de defesa.

O São Paulo, embora evitasse as ligações diretas frente a esse cenário, envolvia muitos jogadores nos primeiros trinta metros do campo. Contudo, ao superar a primeira linha de pressão, perdia a posse de bola com facilidade. A equipe carecia de um pivô mais robusto no ataque para reter a bola, ou de um atacante com velocidade suficiente para ser lançado em profundidade. Da mesma forma, não conseguia aproximar peças em zonas mais avançadas do gramado para construir jogadas.

Os movimentos de subida de marcação do Tricolor foram escassos. Quando tentou pressionar mais alto, cedeu espaços nas costas do meio-campo, permitindo que o Flamengo encaixasse bons contra-ataques rápidos. Ao se deparar com a defesa adversária postada, a equipe carioca insistiu predominantemente em incursões pelo centro, explorando pouco as combinações pelos flancos.

Resiliência Diante dos Contratempos e o Gol da Quebra

O Flamengo enfrentou um revés precoce com a possível lesão muscular de Alex Sandro logo aos sete minutos de jogo. Ayrton Lucas o substituiu, mas também precisou ser retirado de campo no início do segundo tempo, após receber uma solada na canela em dividida com Enzo Diaz. Varela entrou em campo improvisado na lateral esquerda antes dos dez minutos da etapa complementar.

Apesar de o São Paulo ter conseguido sua primeira finalização perigosa com Cédric Soares no início do segundo tempo, o rubro-negro manteve sua superioridade. O volume ofensivo do tempo inicial foi preservado, mas, desta vez, a equipe encontrou novas soluções criativas. Primeiramente, através de excelentes incursões de Bruno Henrique , que atuou bem aberto pela esquerda e, posteriormente, variou para o centro, conectando-se eficazmente com Plata.

Em seguida, a conexão se deu com Luiz Araújo , que encontrou o espaço ideal para abrir o placar com um chute preciso da entrada da área, no ângulo de Rafael. Curiosamente, a zona de onde partiu o arremate era exatamente a mesma ocupada por Gérson até a partida anterior, evidenciando uma adaptação tática que se mostrou frutífera.

As Alterações e o Selo da Vitória

Crespo começou a adotar uma postura mais ofensiva para o São Paulo, realizando substituições estratégicas: tirou Pablo Maia e Marcos Antônio para as entradas de Bobadilla e Ferreira. Manteve o esquema 5-3-2, mas recuou Oscar para um meio-campo mais leve, com Alisson assumindo a função de primeiro volante. A equipe conseguiu se estabelecer um pouco mais no campo de ataque e rondar a área carioca, porém, sem efetividade para criar chances claras de gol.

Ferreirinha foi o jogador que mais incomodou a defesa adversária, com dribles e uma movimentação inteligente. Ryan substituiu André Silva aos 35 minutos. Filipe Luís utilizou as três substituições restantes em sua única parada disponível. Wallace Yan, Everton Cebolinha e De la Cruz entraram em campo, ocupando as vagas de Arrascaeta , Bruno Henrique e Jorginho, respectivamente.

Na metade final do segundo tempo, o Flamengo não conseguiu sustentar o mesmo nível de intensidade do restante da partida, com jogadores importantes demonstrando sinais de cansaço físico. Contudo, a equipe teve o mérito de se defender com solidez, não permitindo que os paulistas criassem jogadas de real perigo. Nos acréscimos, o decisivo Wallace Yan aproveitou mais uma oportunidade, chutando para balançar as redes após um rebote de Rafael. A jogada contou com boa participação de Luiz Araújo , selando o placar final do confronto. Uma vitória justa e incontestável!

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Comentado em 12/07/2025 21:50 Vitória merecida, time respirando confiança demais!
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Comentado em 12/07/2025 20:20 Domingo no Maraca é só felicidade, vamos que vamos!
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