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Flamengo na Libertadores: Estudiantes e o Fantasma das Eliminações Recentes
Por Redação Flapress em 23/09/2025 07:20
O Clube de Regatas do Flamengo, ao longo de sua história, consolidou uma presença marcante na Copa Libertadores da América, com vinte participações. Sua estreia no torneio, em 1981, já culminou na conquista do título, um feito que demoraria décadas para ser repetido. Após um hiato significativo, o Rubro-Negro retornou ao topo em 2019, iniciando um período de grande protagonismo que incluiu outra final em 2021, culminando com o vice-campeonato, e um terceiro troféu em 2022. Esse histórico eleva o Flamengo ao patamar de um dos maiores campeões brasileiros na competição, dividindo a honra com Grêmio, Palmeiras, Santos e São Paulo.
Contudo, a aura de hegemonia construída em anos recentes foi obscurecida por um padrão preocupante de eliminações precoces, transformando o sonho continental em um pesadelo recorrente. A cada nova fase decisiva, a memória dos tropeços passados ressurge, impondo uma pressão adicional sobre o elenco e a comissão técnica. O próximo compromisso contra o Estudiantes, portanto, transcende a mera disputa esportiva; é uma oportunidade crucial para o Flamengo reescrever sua narrativa e exorcizar os fantasmas de temporadas anteriores.
O Legado Rubro-Negro na Libertadores e a Urgência do Presente
O ano de 2023 ficou marcado por um episódio particularmente doloroso nas oitavas de final. Após uma vitória mínima de 1 a 0 em seus domínios contra o Olimpia, o time rubro-negro sucumbiu em Assunção, sendo derrotado por 3 a 1. Esse revés não foi apenas uma queda esportiva; ele catalisou o agravamento de um ambiente já fragilizado, contribuindo para o desgaste da gestão de Jorge Sampaoli. O clima, que já se encontrava deteriorado após incidentes internos, como a agressão sofrida por Pedro, viu-se ainda mais comprometido, embora a decisão pela troca de comando só se concretizasse após o vice-campeonato na Copa do Brasil contra o São Paulo.
A eliminação para o Olimpia representou um dos pontos mais baixos daquela temporada. Aquela foi a quinta vez que o Flamengo se despedia de uma competição importante em 2023. Anteriormente, sob o comando de Vítor Pereira, o clube já havia perdido a Supercopa, o Mundial de Clubes, o Campeonato Carioca e a Recopa Sul-Americana, delineando um cenário de frustrações que culminaria na saída do treinador português e nas dificuldades subsequentes enfrentadas por Sampaoli.
A temporada de 2024 trouxe consigo um novo capítulo de decepção continental. Nas quartas de final, o Flamengo foi superado pelo Peñarol, sofrendo uma derrota simples no Rio de Janeiro e, posteriormente, um empate sem gols em Montevidéu. Este resultado selou o destino do então técnico, Tite, que foi desligado do cargo dias após a eliminação. A diretoria, ciente das consequências de protelar decisões em momentos similares, como visto na manutenção de Sampaoli em 2023 que culminou no vice da Copa do Brasil, agiu prontamente, entregando o comando da equipe a Filipe Luís, um movimento que sinalizou uma busca por renovação imediata.
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É nesse contexto de aprendizado e pressão que o Flamengo se prepara para o embate crucial contra o Estudiantes, na próxima quinta-feira (25), pela partida de volta das quartas de final da Libertadores. A equipe rubro-negra tem a missão premente de evitar que o roteiro das eliminações traumáticas de 2023 e 2024, contra Olimpia e Peñarol, respectivamente, se repita. A partida carrega o peso não apenas de uma vaga na semifinal, mas da necessidade de reafirmar a capacidade do clube de superar adversidades e consolidar sua posição entre os gigantes do continente.
A vantagem obtida no jogo de ida, um placar de 2 a 1, embora favorável, está longe de ser elástica ou decisiva. O Flamengo detém a prerrogativa do empate, mas a visita a La Plata promete ser um teste de resiliência. O Estádio UNO, da equipe argentina, estará com lotação máxima, criando uma atmosfera hostil que historicamente dificulta a vida dos adversários. O cenário é familiar: definir o futuro da campanha longe de seus domínios, sem o apoio massivo da torcida. Uma derrota pela diferença mínima levará a decisão para a tensa disputa por pênaltis, um desfecho que o Flamengo certamente almeja evitar a todo custo.
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