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Flamengo: As Táticas Para Superar o Rubro-Negro na Libertadores
Por Redação Flapress em 19/08/2025 05:10
A fase decisiva da Conmebol Libertadores coloca em xeque a supremacia do Flamengo, um dos times mais badalados do continente. Enfrentar uma equipe com nomes como Jorginho, Arrascaeta, Samuel Lino e Pedro, que causaram estragos no Beira-Rio com uma vitória por 3 a 1 pelo Brasileirão, representa um desafio imenso para qualquer adversário. A questão que se impõe é: qual a estratégia para desmantelar um elenco tão robusto e, mais importante, como construir um placar favorável contra uma defesa que se mostra quase impenetrável?
A solidez defensiva do rubro-negro é um dos seus pilares inquestionáveis. Após o Mundial de Clubes, o time sofreu apenas seis gols em onze partidas disputadas, jamais cedendo mais de um tento por confronto neste período. Esse dado, por si só, já dimensiona a complexidade da tarefa para quem busca reverter um resultado adverso. A missão de superar o Flamengo nas quartas de final da Libertadores demanda um plano tático minucioso e a exploração de cada mínima falha do adversário.
O Desafio Rubro-Negro: Desvendando a Fortaleza Defensiva
A análise de especialistas aponta para um caminho repleto de riscos, mas que se faz necessário. Júnior, comentarista da TV Globo, detalha a dificuldade em neutralizar o Flamengo , que "procura ter o controle do jogo desde o início, com jogadores habilidosos e movimentação constante. Principalmente dos jogadores do meio-campo". Para ele, uma marcação impecável, que não conceda espaço aos articuladores, seria um ponto de partida. Contudo, o ex-jogador também ressalta um ponto de vulnerabilidade: "Tem alguma dificuldade principalmente quando ataca e precisa fazer a recomposição, muitas vezes lenta. Precisa que a transição tenha uma rapidez muito grande para pegar a defesa desorganizada."
Diogo Olivier, do Grupo RBS, complementa a visão, enfatizando a necessidade de ousadia. Para o colunista, é imperativo "correr riscos" e "tirar o Flamengo da zona de conforto". Isso se traduz em uma postura agressiva, "pressionar lá na frente, marcar alto. Tirar os dois zagueiros do Flamengo daquela tranquilidade para trocar passes." Tal abordagem, segundo Olivier, foi a que permitiu a outros adversários obterem êxito contra o time carioca. O fator local, com o apoio da torcida, emerge como um elemento crucial para replicar o desempenho do segundo tempo do jogo no Maracanã e incitar o ambiente.
Táticas de Pressão: O Caminho para Desorganizar a Saída de Bola
Leonardo Oliveira, também do Grupo RBS, corrobora a tese da marcação alta. Ele sugere que "marcar muito alto, pressionar a saída do Flamengo " é fundamental. O comentarista alerta sobre a liberdade concedida aos defensores rubro-negros: "Deixar os Léos, Ortiz e Pereira, saírem jogando é como liberar os volantes de construção para jogar. Os dois são zagueiros com características totais de construção." Essa permissividade permite ao Flamengo construir suas jogadas com tranquilidade, algo que precisa ser combatido desde o primeiro toque na bola.
Além da pressão na saída de bola, Oliveira aponta uma fragilidade específica na retaguarda adversária: "O outro é explorar o lado esquerdo da defesa, principalmente se jogar Samuel Lino." Ele descreve Samuel Lino como "um jogador muito bom no 1 x 1, habilidoso, que tem drible, com um jogo muito ousado. Porém, na hora da recomposição, da marcação, é quase um espectador." O jornalista recorda que no confronto anterior, "se Alan Benítez tivesse um pouco mais de qualidade, de acabamento, o Inter poderia ter saído até com o resultado um pouco melhor. Benítez jogou livre até a saída de Lino." A vulnerabilidade do lado esquerdo da defesa do Flamengo é, portanto, um caminho a ser explorado com inteligência e precisão.
A Busca Pelo Gol: Transição Rápida e Bola Parada
A necessidade de gols é a premissa central para a classificação. Tendo perdido o primeiro confronto no Maracanã por 1 a 0, o adversário precisa de uma vitória por pelo menos dois gols de diferença para avançar diretamente às quartas de final. Um triunfo por um gol de margem levará a decisão para os pênaltis. O confronto, marcado para as 21h30 de quarta-feira, no Beira-Rio, exige não apenas uma defesa sólida, mas uma eficácia ofensiva cirúrgica.
Júnior reforça a ideia de que "obrigar os jogadores de defesa, que começam a construção, a errar passes, como ocorreu contra Galo e Santos" é uma forma de abrir caminho. Para ele, "uma marcação forte e um ataque rápido têm grandes chances de conseguir o resultado." Vagner Martins, comunicador do Grupo RBS, sintetiza a demanda por perfeição: "Se o Inter quiser passar de fase na Libertadores, precisa fazer o chamado jogo do erro zero. É proibido errar contra o Flamengo , mas para chegar à vitória tem de fazer gol." Ele aposta em estratégias específicas: "Eu aposto muito na bola parada do Alan Patrick. Acho que é por aí. Quem sabe no jogo aéreo com o Ricardo Mathias ou com o Vitão, o Inter possa marcar e vencer o Flamengo nesta quarta."
Em suma, a tarefa de superar o Flamengo exige uma combinação de agressividade tática, aproveitamento das raras brechas defensivas do adversário e uma execução impecável nas finalizações. A pressão incessante na saída de bola, a exploração das recomposições lentas e a atenção aos detalhes nas bolas paradas e jogadas aéreas se mostram como os principais vetores para tentar desequilibrar um confronto que se anuncia como um dos mais desafiadores da temporada.
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