Flamengo Alvo: Mauro Cezar Desmascara a Campanha de Vilificação na Libra pela Divisão de TV

A controvérsia em torno da partilha de receitas televisivas entre o Flamengo e os demais clubes que compõem a Libra está sendo marcada por uma evidente tentativa de deslegitimar o clube carioca. Essa é a avaliação do renomado comentarista Mauro Cezar Pereira, em sua análise para o Posse de Bola, do Canal UOL.

De acordo com o colunista, o cenário atual é permeado por um volume significativo de informações imprecisas e uma estratégia deliberada para transformar o Flamengo em um antagonista. A questão central, segundo Pereira, é identificar os beneficiários dessa narrativa. Ele questiona: "A quem interessa vilanizar o Flamengo ? Pelo amor de Deus, né, só trouxa não percebe o que está na cara."

A Campanha de Vilificação do Flamengo na Libra

A dinâmica em curso, conforme apontado por Mauro Cezar, é uma "situação de muita desinformação e uma tentativa de vilanização do Flamengo ." O analista sugere que a resposta para "quem interessa" essa campanha é óbvia, especialmente no contexto do futebol sul-americano atual, onde o Flamengo tem sido um protagonista. O objetivo seria claro para qualquer observador atento.

O que há aí é uma situação de muita desinformação e uma tentativa de vilanização do Flamengo. Que interessa a quem? A quem interessa? É fácil, não precisa nem responder, qualquer criança percebe. A quem interessa no contexto hoje do futebol sul-americano vilanizar o Flamengo? Pelo amor de Deus, né, só trouxa não percebe o que está na cara.

Mauro Cezar também criticou a tardia manifestação pública do presidente do Flamengo , Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap. Embora Bap tenha se comunicado através da Flamengo TV, o comentarista enfatizou que isso não é suficiente, pois atinge apenas a "bolha dos rubro-negros". A necessidade, segundo ele, é que o dirigente se posicione perante a imprensa em geral, especialmente após declarações "absurdas" e "tolices" de outros dirigentes, como a sugestão de que o Flamengo "vai jogar sozinho" ? uma "bobagem colossal" que desvia o foco da discussão essencialmente financeira e comercial.

Transparência e as Falsas Narrativas sobre a Divisão da TV

A proliferação de informações distorcidas é um ponto crucial na argumentação de Mauro Cezar. Ele esclarece que a adesão do ex-presidente Rodolfo Landim à Libra foi apenas isso: uma adesão ao grupo. Em momento algum, Landim teria concordado com uma divisão específica dos 30% das receitas de TV, um debate que só ganhou forma e profundidade neste ano, já sob a gestão de Bap.

Há muita desinformação. A assinatura do Landim não existe. Existe a assinatura de adesão à Libra, não a assinatura concordando com a distribuição desses 30%. Isso está muito claro. Tanto que as reuniões que aconteceram para discutir esse tema foram nesse ano, em 2025, quando o Landim não estava mais no poder. E se existisse a tal assinatura, ela já teria sido apresentada e essa história teria se encerrado. Ela não existe. Existe a assinatura de adesão à Libra.

O comentarista do UOL também cobrou de Rodolfo Landim uma explicação mais aprofundada perante o Conselho Deliberativo do Flamengo , nos moldes daquela apresentada por Bap na semana anterior. A questão é complexa e exige clareza sobre os termos acordados.

O Impacto Financeiro e a Responsabilidade dos Dirigentes

A disputa, em sua essência, é uma batalha comercial. Mauro Cezar reiterou que Landim deveria detalhar ao Conselho os motivos que o levaram a aceitar um contrato que, em sua totalidade, se mostra "muito ruim para o Flamengo ". Estimativas apontam que o clube pode deixar de arrecadar cerca de R$ 100 milhões em comparação com o ano anterior, o que contradiz a ideia de que o Flamengo não abriu mão de vantagens financeiras. Pelo contrário, "o Flamengo abriu mão de dinheiro", segundo o analista.

Essa é uma briga comercial. E acho que o Landim deveria explicar no Conselho, se é que ele consegue, por que ele aceitou esse contrato, que no todo ele é muito ruim para o Flamengo. O Flamengo deixa de ganhar cerca de R$ 100 milhões em relação ao ano passado. Isso é uma demonstração que, ao contrário do que se fala, o Flamengo abriu mão de dinheiro.

A postura dos presidentes dos outros clubes também foi alvo de observação. Mauro Cezar questionou quais interesses esses dirigentes estariam realmente defendendo. Ele relatou, inclusive, situações em que presidentes abandonavam reuniões de discussão. A conclusão é que, neste cenário, não existem "mocinhos", mas sim partes buscando proteger seus respectivos interesses comerciais.

Os presidentes dos outros clubes estão defendendo o interesse de quem? O Flamengo relata, inclusive, que quando havia essa discussão na reunião, tinha presidente de um clube que saía da reunião e ia embora. Então, é disso que nós estamos falando. Não tem mocinho na história, cada um tentando defender o seu interesse.