Filipe Luís: Um Ano de Sucesso no Flamengo e a Sombra de Jesus

O desempenho de Filipe Luís à frente do Flamengo, que celebrou seu primeiro ano ontem, dia 1º, é notavelmente maduro e impactante. Tal avaliação ganha ainda mais peso ao considerar que esta é sua estreia em um cargo de tamanha responsabilidade em um time profissional, operando sob intensa pressão, conforme apontado por Alicia Klein na coluna Fim de Papo.

Após a memorável passagem de Jorge Jesus, Filipe Luís conseguiu estabelecer uma gestão consistente, colecionando conquistas e números expressivos. Isso foi alcançado mesmo diante de críticas pontuais e de complexidades nos relacionamentos com o próprio elenco.

Ele assumiu o time no ano anterior, com o Flamengo ainda na disputa da Copa do Brasil e com o Campeonato Brasileiro já em uma situação desfavorável. Até o presente momento, Filipe Luís obteve êxito em todas as competições que disputou, exceto o Mundial de Clubes e a Copa do Brasil do ano em curso.

Atualmente, o elenco sob seu comando figura na semifinal da Copa Libertadores e lidera o Campeonato Brasileiro. Diante de tal cenário, questiona-se o que mais seria possível exigir de Filipe Luís . A colunista Alicia Klein sintetiza a situação:

É isso: está jogando bem, está ganhando e está jogando bonito. Realmente acho que pedir o Jorge Jesus a essa altura de volta a gente é loucura.

Filipe Luís no Flamengo: Consagração em um Ano de Estreia

Contudo, nem tudo se resume ao desempenho em campo. Existe uma perspectiva crítica sobre a postura institucional do clube. O Flamengo , ao integrar um grupo de discussão sobre o futuro do futebol nacional, deveria, em tese, acatar as deliberações que beneficiam o coletivo. No entanto, a realidade observada é diferente.

O clube persiste em negociar como se estivesse isolado, desconsiderando a integração em um grupo que busca o melhor para todos os envolvidos. O foco parece ser unicamente nos interesses do próprio Flamengo . Alicia Klein ilustra essa conduta com uma analogia marcante:

Eu tenho um filho de seis anos que joga muito futebol e ele os amiguinhos dele quando não querem brincar ou estão chateados com o jogo, estão perdendo, não estão jogando bem, pegam a bola ou pegam os golzinhos e vão embora. Acaba com o jogo. É o que o Flamengo está tentando fazer.

A Postura Institucional do Flamengo: Um Clube à Parte?

Além das questões institucionais, o cenário interno do clube também é alvo de observações críticas. A gestão de alguns atletas e as condições estruturais são postas em xeque. Fabíola Andrade, ao comentar a situação de jogadores como Dudu e Gabriel, o Gabigol, ressalta nuances importantes na gestão de elenco :

A colunista aponta que:

Não tem oportunidades não tem tido oportunidades com o Sampaoli. O Dudu é aquele caso assim, acho que ele não sabe lidar bem com o banco. Ele não sabe lidar bem com a reserva. E o Gabriel, o Gabigol, agora exemplificando os dois jogadores que viveram situações semelhantes no Cruzeiro, olha pra você ver, o Gabriel amadureceu a ideia de ficar no banco de reservas e tem sido importantíssimo pro Cruzeiro.

Fabíola Andrade complementa as críticas, apontando para uma série de desajustes internos que, para ela, justificam as dificuldades:

Existe um racha político, existem problemas dentro do departamento médico de fisiologia, pra mim, porque não tem como explicar tantas lesões numa temporada. Existem jogadores sendo vendidos a preço de banana. Muita coisa errada.

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