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Filipe Luís Detalha Caminho do Flamengo à 4ª Final e Elogia Espírito Vencedor
Por Redação Flapress em 30/10/2025 00:41
O Clube de Regatas do Flamengo assegurou sua vaga na grande final da Conmebol Libertadores. O empate sem gols diante do Racing, no embate de volta da semifinal, foi suficiente para garantir a classificação, aproveitando a vantagem construída na partida inicial. Após o apito final, o comandante Filipe Luís teceu elogios à trajetória recente da instituição, que alcança sua quarta decisão continental desde 2019, e celebrou o significado deste feito para o clube e para sua carreira.
A Quarta Final: A Trajetória de Sucesso
Em suas declarações pós-jogo, o técnico expressou sua profunda satisfação com o resultado e a consistência do clube:
Estamos extremamente felizes por alcançar mais uma final de Libertadores. O Flamengo tem cinco finais na sua história, com a de hoje. E tem jogadores desse elenco que vão para a quarta. E eu também (risos). Futebol é muito rápido, mas o meu objetivo é estar nessa quarta. Três como jogador e uma como treinador. Fico muito orgulhoso. Pessoas que realmente fazem tudo pelo Flamengo. Desde que cheguei aqui, em 2019, o Flamengo tinha uma final.
Ele complementou, contextualizando o sucesso atual como parte de um esforço coletivo e de longa data:
Eu sozinho não fiz nada, mas fiz parte desse processo que começou lá em 2012, 2013, e que nos permite chegar à mais uma final de Libertadores. Hoje, foi uma vitória de um time com alma, competitivo e aguerrido, que sabe jogar em qualquer circunstância, contra qualquer adversário, que sabe jogar a Libertadores. Os jogadores que são multicampeões são os mais ambiciosos, e o meu time está cheio. Tem muito caminho até lá, mas estamos felizes com esse momento.
A equipe rubro-negra agora aguarda o desfecho da outra semifinal para conhecer seu oponente, que será LDU ou Palmeiras. A aguardada finalíssima está marcada para 29 de novembro, com sede em Lima, Peru.
Análise Tática: A Dificuldade Contra o Racing
Analisando o confronto decisivo, o treinador comentou sobre a complexidade da partida e a estratégia adotada:
Tínhamos certeza que seria um jogo muito difícil pelo que vimos em todos os jogos. Vimos contra o Peñarol, o Vélez... Hoje assisti contra o Peñarol de novo pela manhã. E tinha certeza que seria um jogo duro, complicado. Se percebe que os jogadores têm muita confiança quando jogam em casa. Os que entram no 2º tempo também têm muita qualidade. É uma equipe muito difícil de se jogar, porque como disse antes, tem as ideias muito claras como quer chegar na área rival. Isso faz com que se você os pressiona com muita gente, colocam muita pressão na sua última linha, dividindo o seu time. Então, optamos por um plano diferente do que vínhamos fazendo para tentar passar, mas sabíamos que íamos sofrer.
Sobre a performance individual do goleiro Rossi, um dos destaques do jogo, Filipe Luís foi enfático ao sublinhar sua qualidade e ambição:
Todo mundo sabe da qualidade do Rossi. Não tenho nenhuma dúvida de que ele pensa em conquistar o título e não o prêmio de melhor do torneio. É um jogador muito ambicioso, que gosta de trabalhar, de melhorar, evoluir, aprender. Está em um grande momento. Esperamos que siga assim.
Abordando as mudanças táticas e a evolução da partida, o treinador detalhou como a equipe se adaptou às circunstâncias, especialmente após a expulsão de um jogador adversário:
Nos sentimos mais confortáveis com a bola no primeiro tempo. Os espaços estavam muito claros. É um time que pressiona muito bem, que salta e agride o portador da bola, que gera dificuldade para jogadores que jogam entre as linhas. Mas o time conseguiu encontrar esses espaços que o time deles deixava. Mas gostaria de falar que o Racing é um time com ideias muito claras, Pode não gostar de uma forma ou outra de jogar, mas quando você vê os jogadores acreditando na ideia do treinador é muito difícil. O Racing é muito difícil de se jogar contra. Pela forma que defendem, atacam, a clareza para chegar à área do adversário; isso tudo fazia que fosse um desafio maiúscula para nós. No segundo tempo, com a expulsão do Plata, um jogador fundamental para a gente, foi entender que estávamos com a vantagem no placar. Pensamos em povoar bem a última linha, porque eles colocam 6 jogadores na última linha, às vezes 7, constrói no 2-1-7, 3-1-6. Acreditamos que a linha de 5 seria importante para defender esses cruzamentos, as trocas foram pensando nesse ponto. Deu certo. Mas ressaltando o mérito dos jogadores dentro do campo, os responsáveis por colocar o time na final.
Compromisso e Resiliência: O Espírito do Elenco
Em um momento de reflexão, Filipe Luís abordou o lamentável incidente envolvendo o ônibus da torcida e fez um apelo por apoio para os próximos desafios do clube:
Realmente é triste o que aconteceu (ônibus). Falando da torcida, se escutou muito alto. Fiquei orgulhoso. Nesse estádio que é tão imponente, se escutou muito alto. Já aproveito para pedir apoio para o jogo do Sport. Precisamos de ajuda para esse jogo de sábado. Precisamos que a torcida ajude a recuperar a confiança de alguns jogadores que vão atuar no sábado. Então preciso muito, se eu posso pedir algo para eles, que eles apoiem bastante. Independente do que aconteça durante o jogo.
Questionado sobre suas influências táticas, o técnico ponderou sobre a flexibilidade necessária no futebol, equilibrando a busca por propor o jogo com a adaptação às circunstâncias:
Sobre a escola (Simeone x Jesus), sempre quero jogar propondo, pressionar muito o adversário, ter domínio do jogo. Mas o adversário muitas vezes também quer ter volume, te pressionar, quer ter a bola. O jogo é de circunstâncias. No primeiro tempo, conseguimos encontrar os espaços, criar chances. No segundo, com essa desvantagem de um jogador, optamos por nos fechar. Uma eliminatória são 180 minutos. Tínhamos que aproveitar essa pequena vantagem do primeiro jogo, segurar, e deu certo.
Sobre a motivação do plantel e as pressões externas, o técnico reafirmou sua confiança nos atletas, destacando a ambição e a autoexigência do grupo, além de sua visão sobre a essência do futebol:
Eu acredito que todo mundo que trabalho do lado de vocês como jornalista ou nesses programas tem o direito de opinar e é totalmente livre para ter a opinião que quiser. A sua opinião. Independente se algumas pessoas ou nós gostamos mais ou menos, mas é livre para opinar. Escutamos muitas coisas durante a semana, mas sempre acredito muito nesses jogadores, no meu grupo. Eu estava neles, sei o quanto eles querem ser campeões. São jogadores que querem ganhar. Não ganharemos e nem jogaremos bem sempre, mas são jogadores ambiciosos. Noto no dia a dia, nos treinos e jogos como eles se cobram. Muitas vezes o que as pessoas falam pode servir de motivação ou não. Procuro sempre fazer o time pensar de forma racional. Separar a emoção de um jogo desse. Futebol não é guerra, falaram que seria aqui. Só penso no Cruyff quando falam isso. Futebol é um esporte maravilhoso que gera muitas emoções e dentro do campo passa o melhor. Cada um tem armas para tentar vencer, mas é na bola. Minha mensagem para os jogadores foi essa. Para chegar na final tem que merecer e ser melhor do que eles. Eles foram guerreiros, demonstramos que conseguimos passar por qualquer situação e merecidamente estamos na final da Libertadores 2025.
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