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Filipe Luís Decifra Queda do Flamengo: O Que Aconteceu no Segundo Tempo Contra o Inter?

Por Redação Flapress em 14/08/2025 00:30

O Club de Regatas do Flamengo assegurou uma vantagem mínima nas oitavas de final da CONMEBOL Libertadores 2025, superando o Internacional por 1 a 0 no Maracanã, com gol de Bruno Henrique. Contudo, a partida de quarta-feira evidenciou uma notável disparidade entre as duas etapas do confronto, com o desempenho rubro-negro apresentando uma visível regressão na segunda metade do jogo. Para o comandante Filipe Luís, as deficiências observadas após o intervalo foram primariamente atribuídas a imprecisões técnicas individuais dos atletas.

Análise Tática: A Queda Rubro-Negra no Segundo Tempo

Filipe Luís fez questão de sublinhar a excelência da performance inicial de sua equipe, que seguiu o planejamento tático à risca, gerando diversas oportunidades de gol. Ele lamentou que, apesar do volume ofensivo, apenas um tento tenha sido convertido. A vantagem de um gol, segundo ele, foi o que o time levou para o intervalo. O adversário, por sua vez, retornou com uma estratégia distinta, enquanto o Flamengo manteve sua formação. O técnico pontuou que a perda de controle e domínio na etapa final foi, em grande parte, consequência de falhas técnicas individuais.

? Primeiro tempo, vou ressaltar, excelente. Fizemos um grande primeiro tempo, plano de jogo funcionou perfeitamente, tivemos muito volume para fazer gol. Infelizmente, só fizemos um, ou felizmente. Fizemos um gol, ficamos com uma vantagem. (O time) não voltou diferente, voltou com a mesma formação. O Inter voltou diferente. Hoje, acredito que muito tenha sido de erros técnicos individuais, que nos tiraram o domínio e o controle ? disse Filipe Luís , acrescentando:

? (Erros técnicos) fizeram nosso time ter que correr, tivemos que sair em transições, o time ficou mais espaçado. A cada vez que recuperávamos a bola, éramos extremamente verticais. Não tivemos essa paciência, nem conseguimos montar nossa estrutura direito. No fim das contas, acabou que o time se partiu. Não conseguimos nos reencontrar e nos organizar dentro do que foi o começo do segundo tempo, e isso se arrastou até o final.

O técnico do Flamengo aventou a possibilidade de que o placar favorável tenha influenciado a postura da equipe, um cenário já observado em outros embates nos quais o Rubro-Negro construiu uma vantagem no primeiro tempo. O gol da vitória sobre o Internacional, marcado por Bruno Henrique , ocorreu aos 27 minutos do primeiro tempo no Maracanã.

Expectativas x Realidade: A Visão de Filipe Luís sobre Goleadas

Apesar da queda de rendimento, o Flamengo ainda criou chances de gol no segundo tempo, mesmo sem o mesmo volume de jogo. O time teve lampejos de posse de bola, mas o treinador admitiu uma clara diminuição no nível de atuação, que pode ter sido influenciada pelo resultado favorável. Ele reiterou, contudo, que o Internacional não gerou muitas oportunidades claras, enquanto o Flamengo as teve em maior número. A vitória por 1 a 0, embora apertada, é uma vantagem, e o confronto permanece em aberto, exigindo uma performance vitoriosa na partida de volta.

? Em contrapartida, também tivemos chances de fazer gols no segundo tempo, mesmo sem o mesmo volume. Tivemos momentos de posse esporádicos, mas a verdade é que deixamos... Caímos bastante o nosso nível. Talvez também pelo resultado a favor. Essa queda no segundo tempo é sempre quando o time está com um resultado favorável. Mas repito: o Inter não criou chances, nós tivemos mais chances claras de gol. Infelizmente, ou felizmente, fizemos 1 a 0, vamos com essa pequena vantagem. Não tem nada definido, tá totalmente aberto. Temos que voltar para o segundo jogo para vencer.

Questionado sobre a suficiência do resultado e o que ele revela para os próximos duelos contra o Internacional, Filipe Luís foi categórico. Ele reconheceu que a equipe almejava um placar mais expressivo, mas não considerou o 1 a 0 um resultado desfavorável. Ele enfatizou a dificuldade de superar uma equipe qualificada como o Inter, conhecida por seu controle, volume e posse de bola, aspectos em que o Flamengo , no geral, se sobressaiu, mesmo que sem a tradução em mais gols. A meta, segundo ele, é vencer o jogo de volta, lembrando a experiência da final da Copa do Brasil do ano anterior, onde o Flamengo também chegou com vantagem.

? Não, claro que gostaríamos de fazer um resultado melhor. Mas também não é ruim, né? Vamos com uma vantagem, ganhar e dominar uma grande equipe como a do Inter, que tem uma forma de jogar de controle, de volume, de posse. E no fim das contas, tivemos mais. Só que não se traduziu em gols. Foi um resultado justo. Vamos com isso na cabeça, vamos para vencer o jogo. Foi a mesma coisa que chegamos com vantagem nas competições - diga-se a final da Copa do Brasil do ano passado. Esse tem que ser o nosso pensamento.

Decisões Estratégicas e o Caso Bruno Henrique

O treinador também abordou a importância do próximo compromisso pelo Campeonato Brasileiro, onde o Flamengo defende a liderança. A preparação e recuperação dos atletas para esse embate e para o jogo decisivo da Libertadores são cruciais.

? Domingo é um jogo importantíssimo (pelo Brasileiro), somos os líderes. Temos que defender a nossa colocação. Vamos ver como a gente se prepara, quem se recupera bem para jogar domingo e ir para vencer os dois jogos.

Acerca da escalação de Bruno Henrique , mesmo em meio a um processo sobre manipulação de resultados, Filipe Luís foi enfático na defesa do atleta:

? Meu tratamento com ele é o mesmo. Ele tem a presunção de inocência. Até que não seja julgado e condenado, ele é inocente.

Sobre a escalação do Internacional e a estratégia para o jogo de volta em Porto Alegre, Filipe Luís comentou que a formação do adversário era a esperada, dada a inevitável circulação de informações. Ele revelou que a escolha de Bruno Henrique e a ausência de Pedro foram puramente táticas, baseadas no que ele antecipava encontrar em campo e como poderia explorar melhor o jogo contra o Internacional. O técnico ainda planeja uma análise aprofundada da partida, mas já aponta que a queda de rendimento no segundo tempo teve muito de "demérito nosso", além dos méritos do Inter. Há "detalhes micro" a serem corrigidos para superar a pressão imposta pelo time gaúcho.

? Era uma escalação parecida com o que a gente esperava. No final das contas, vaza tudo, lá e aqui. Então não tem muito mistério enquanto a isso. Tentei segurar ao máximo a escalação do Bruno. E foi puramente um plano de jogo em função do que eu acreditava que poderia encontrar no campo e como poderia explorar melhor o jogo contra o Inter. A entrada do Bruno e a saída do Pedro da equipe. Ainda tem que analisar o jogo com calma, ver o que aconteceu. Mas eu acredito que tem muito, além de mérito do Inter, tem muito demérito nosso, nessa nossa queda do segundo tempo. Acho que tem muita coisa nossa mesmo de detalhes micro para corrigir, para a gente poder sair dessa pressão que o Inter fez no segundo tempo.

O Desafio do Equilíbrio e a Estreia de Carrascal

A estreia de Carrascal também foi um ponto de análise. O técnico elogiou a qualidade e o refino técnico do jogador, mas reconheceu que sua entrada ocorreu em um momento desfavorável para o time, que não estava dominando a partida. Isso fez com que Carrascal se deslocasse de sua posição ideal, talvez por excesso de vontade de demonstrar suas habilidades. Filipe Luís vê um grande talento no elenco e pretende lapidá-lo para que se torne um ídolo da torcida no futuro.

? Um jogador que a gente já viu que tem muita qualidade. Um trato com a bola muito refinado. Verdade que entrou num momento do jogo em que o nosso time não estava dominando, não estava sendo favorável para ele, e ele acabou saindo um pouco mais da posição que a gente pensou desde cedo para ele. Talvez por querer mostrar a qualidade que ele tem, ele acabou perdendo bastante a posição e não gerando as situações que a gente imaginava para que pudesse ser mais determinante. Temos um jogador com muito talento no nosso elenco e vamos lapidar para ele poder virar ídolo da torcida nos anos que vêm pela frente.

Sobre a dificuldade de encontrar equilíbrio entre os dois tempos de jogo, o treinador ressaltou a competitividade do Campeonato Brasileiro, considerado o mais disputado do mundo. A expectativa de goleadas no Maracanã, segundo ele, é irreal. Ele citou exemplos de resultados surpreendentes em outras partidas da rodada para ilustrar que "não tem jogo fácil no Brasil". Golear em todas as partidas é uma meta inatingível, pois o futebol brasileiro é influenciado por múltiplos fatores externos, como viagens, lesões e a qualidade dos adversários. Filipe Luís valoriza cada vitória e espera que a torcida também o faça.

? Campeonato Brasileiro é o campeonato mais competitivo do mundo. O problema é a expectativa que se gera em função do adversário que pisa no Maracanã, todo mundo acha que vai ser goleada. E não é fácil. Vimos o Santos vencer o Cruzeiro, o próprio Mirassol empatou com o Palmeiras fora, o Ceará... Não tem jogo fácil no Brasil. Agora, querer ganhar e golear todos os jogos no Brasil é algo irreal. Claro que existem super-equipes no mundo que conseguem fazer um campeonato extraordinário, mas o Brasileiro tem muitos fatores externos que fazem as equipes oscilarem: viagens, lesões e os adversários, principalmente. Valorizo cada vitória e espero que o torcedor também.

Diagnosticar a falta de equilíbrio entre os tempos é complexo, envolvendo diversos fatores. Para um treinador, é desafiador quando se realiza um primeiro tempo quase perfeito, com poucas correções a fazer, sabendo que o técnico adversário fará mudanças no intervalo. A incapacidade de prever essas alterações e a necessidade dos jogadores de resolverem as situações em campo levam tempo. A mudança tática do adversário no segundo tempo e o placar favorável, que tende a fazer o time recuar, são elementos que contribuem para essa dificuldade de manter o ritmo.

? Difícil diagnosticar (a falta de equilíbrio entre os tempos). São vários fatores. É muito difícil para um treinador quando você faz um primeiro tempo quase perfeito, com poucos erros e poucos ajustes a fazer em cima do que aconteceu - e sabendo que o outro treinador vai mudar. Só que eu não o que ele vai fazer, qual sistema, trocas, o que vai acontecer. Então, não tenho que falar o que vai acontecer para os jogadores, e eles mesmo precisam resolver dentro do campo. E leva tempo. Mas uma das coisas é isso. O técnico adversário muda no segundo e, até encontrar o equilíbrio, passam minutos. E no fim das contas, o placar a favor faz com que o time se feche um pouco.

Jogadores Mais Escalados na 1ª Rodada (Exemplo)

Jogador Posição Escalações
Jogador A Atacante X
Jogador B Meio-campo Y
Jogador C Defensor Z

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Eduardo

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Comentado em 14/08/2025 05:20 Salve, torcida! O time dominou no primeiro tempo, controle absoluto fazendo o que o Filipe Luís pediu. O Inter tentou ajustar, tomou conta do segundo tempo, mas safamos a vitória. É aquela parada, resultado positivo, mas vamos com força total pro jogo de volta. Nosso elenco tá brabo, só falta encaixar essa consistência.
Larissa

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Comentado em 14/08/2025 03:40 Bruno Henrique resolvendo como sempre! Mas essa queda no segundo tempo tem que parar, senão complica.
Gustavo

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Comentado em 14/08/2025 02:01 Primeiro tempo foi mó pegada, mas poxa, cadê a paciência no segundo tempo, Flamengo? Bora melhorar!
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