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Estádio Flamengo Gasômetro: Proposta do Prefeito Muda Jogo Financeiro?
Por Redação Flapress em 23/07/2025 19:10
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, oficializou nesta quarta-feira uma importante proposta ao presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, conhecido como BAP, referente ao terreno do Gasômetro. Em ofício encaminhado à diretoria rubro-negra, Paes "propõe a assunção da retirada da infraestura de canalização atualmente existente no terreno e pertencente à concessionária estadual de gás", uma medida que visa desatar um dos nós mais complexos do projeto de construção do estádio próprio do clube.
A iniciativa, conforme explicitado pelo próprio prefeito, tem como objetivo central "viabilizar, economicamente, a execução do empreendimento", removendo um obstáculo financeiro considerável que pairava sobre a grandiosa obra. O terreno em questão foi adquirido pelo clube, ainda sob a gestão de Rodolfo Landim, em 31 de julho do ano passado, através de um processo de desapropriação promovido pela prefeitura, culminando em um leilão que fixou o valor da propriedade em aproximadamente R$ 138 milhões.
O Flamengo acalenta o ambicioso projeto de erguer uma arena moderna, com capacidade para 70 mil espectadores. Contudo, a atual administração, liderada por BAP, tem tratado o assunto com uma notável cautela. Essa postura contrasta com o fervor com que o tema foi debatido durante a campanha eleitoral do final do ano passado, quando a promessa do estádio era um dos pilares da plataforma de gestão.
O Avanço do Sonho Rubro-Negro no Gasômetro
Um dos pontos mais controversos e onerosos da empreitada sempre foi precisamente o custo da remoção da vasta rede de gás que atravessa o terreno. Embora o prefeito do Rio já tivesse verbalizado, em ocasiões anteriores, que o município assumiria essa responsabilidade, o ofício recente é o primeiro documento formal que consolida tal garantia, conferindo-lhe um peso institucional inédito.
As projeções de custo para o estádio, feitas pela antiga diretoria do Flamengo , estimavam um investimento total inferior a R$ 2 bilhões, com uma previsão otimista de inauguração para 2029. Essas cifras eram amplamente discutidas e serviam de base para as expectativas dos torcedores e associados durante o período pré-eleitoral.
Entretanto, o cenário financeiro parece ter se alterado consideravelmente. A gestão de BAP, em um movimento de maior prudência, contratou três empresas especializadas para conduzir estudos aprofundados sobre a viabilidade e os custos da construção. Tais análises resultaram em uma revisão significativa dos valores. Recentemente, BAP declarou que o custo total da obra poderia agora alcançar a marca de R$ 3 bilhões, um aumento substancial que recalibra as expectativas e a complexidade do projeto.
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