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Estádio do Flamengo: Os Valores do Acordo no Gasômetro e os Próximos Passos Essenciais
Por Redação Flapress em 13/08/2025 16:20
A tão aguardada edificação do novo estádio do Flamengo, no terreno do Gasômetro, ainda se projeta no horizonte, mas o pré-acordo entre o clube, a administração municipal e a Caixa Econômica Federal já desencadeou significativos movimentos financeiros. Notadamente, a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPAR), uma entidade pública municipal encarregada de gerir concessões e parcerias público-privadas, destinará uma compensação financeira de R$ 29,2 milhões.
Essa quantia representa cerca de 15% do valor total de R$ 199,6 milhões estabelecido no acordo, formalizado na Câmara de Mediação e Conciliação da Administração Pública Federal. O restante do ônus financeiro recairá sobre o Flamengo , totalizando R$ 170 milhões. Esta soma engloba os R$ 138,1 milhões desembolsados no leilão de 2024, acrescidos de R$ 7,9 milhões referentes à perícia judicial e R$ 23,6 milhões adicionais, fracionados em cinco pagamentos. Uma operação de tal magnitude exige a vigilância rigorosa tanto dos órgãos públicos quanto da própria diretoria rubro-negra.
Os Custos Milionários do Estádio do Flamengo: Quem Paga a Conta?
Para uma melhor compreensão da complexidade financeira envolvida, o detalhamento das responsabilidades e valores pode ser visualizado na tabela a seguir:
Componente do Acordo | Valor (R$) | Responsável |
---|---|---|
Valor Total do Acordo | 199.600.000 | |
Compensação Financeira da CCPAR | 29.200.000 | CCPAR (Empresa Municipal) |
Pagamento do Leilão (2024) | 138.100.000 | Flamengo |
Custos de Perícia Judicial | 7.900.000 | Flamengo |
Parcelas Adicionais (5 pagamentos) | 23.600.000 | Flamengo |
A quantia desembolsada pela CCPAR é formalmente categorizada como "compensação financeira" direcionada à Caixa Econômica Federal, que administra o Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha. Este fundo detinha a propriedade original do terreno, que foi objeto de desapropriação por parte da Prefeitura do Rio. O objetivo primordial dessa medida é salvaguardar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), único cotista do FII, contra eventuais perdas, uma preocupação que havia sido previamente levantada pelo Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União.
Desafios Legais e a Aprovação Final do Projeto do Estádio
Contudo, é fundamental sublinhar que o pré-acordo ainda carece de homologação formal por parte do Flamengo . Adicionalmente, sua validade plena depende da aprovação do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro, um passo crucial para assegurar a transparência e a estrita conformidade legal da operação. A ausência de posicionamento da CCPAR em relação aos questionamentos da imprensa sobre essa compensação financeira adiciona uma camada de escrutínio ao desenrolar do processo.
A aquisição do terreno do Gasômetro pelo Flamengo ocorreu em 31 de julho de 2024, em um leilão que fixou o valor em R$ 138,1 milhões. Desde aquela data, a diretoria rubro-negra tem se empenhado em encontrar o equilíbrio financeiro necessário para o empreendimento, o que inclui a renegociação de futuras parcelas e a busca por compensações junto à Prefeitura e à Caixa. Vale ressaltar que a administração municipal se comprometeu a arcar com um custo estimado em R$ 250 milhões para a remoção da complexa tubulação de gás que atravessa o local.
O Caminho do Flamengo: Entre Custos e a Realização do Sonho do Estádio
O Flamengo prossegue em seu esforço para consolidar um projeto de estádio que seja não apenas viável, mas também financeiramente atrativo. Enquanto isso, tanto as entidades governamentais quanto os potenciais investidores mantêm um olhar atento sobre cada desenvolvimento. A concretização do futuro lar rubro-negro permanece intrinsecamente ligada à tomada de decisões estratégicas e à rigorosa execução do pré-acordo estabelecido.
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