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Dominância Rubro-Negra e Alviverde: O Novo Eixo do Futebol Nacional

Por Redação Flapress em 31/10/2025 10:51

A retórica de um cenário futebolístico nacional com uma dúzia de potências equivalentes, garantindo imprevisibilidade na corrida por troféus, tornou-se obsoleta. Atualmente, Flamengo e Palmeiras se destacam em uma esfera singular, distanciados dos demais.

A tão comentada "espanholização" do nosso futebol não é mais uma mera teoria, mas uma condição palpável. A supremacia demonstrada pelos clubes que disputaram a final da Libertadores em 2026 sobre seus concorrentes internos evoca a disparidade observada na Espanha entre Barcelona e Real Madrid e o restante da liga. Tal distinção encontra sua raiz, primordialmente, na robustez econômica.

A Supremacia Financeira de Flamengo e Palmeiras

Recentemente, ambos os gigantes do futebol nacional divulgaram projeções financeiras que reescrevem os patamares de arrecadação no Brasil para o ano de 2025.

Clube Faturamento Projetado (2025/Anual) Superávit Projetado Comparativo com Outros Grandes
Flamengo R$ 2 bilhões (2025) R$ 300 milhões (2025) 50% a 3x maior
Palmeiras R$ 1,7 bilhão (projeção anual) Não informado 50% a 3x maior

Esses números não apenas impressionam individualmente, mas também revelam uma disparidade financeira que varia de 50% a mais de três vezes o faturamento de outros grandes clubes do cenário nacional. Essa abundância financeira confere a Flamengo e Palmeiras a capacidade de investir em contratações de jogadores que superam a marca de R$ 100 milhões, realizando-as com uma desenvoltura que se assemelha à aquisição de um atleta de menor vulto.

É crucial destacar que essa ascensão não se deu por atalhos. Ela é fruto de um trabalho consistente e de uma gestão competente, distanciando-se do caminho simplificado de um investidor bilionário que converte um clube em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) sem uma base sólida.

A Projeção da Hegemonia: Até Onde Vai Essa Disparidade?

A consolidação dessa "espanholização" é um fato inegável. Contudo, a pergunta que ecoa é sobre a durabilidade desse fenômeno. É improvável que tal domínio se perpetue de forma infinita, como se observa na perene supremacia de Barcelona e Real Madrid no futebol espanhol.

Instituições como Corinthians e São Paulo carregam em seu DNA o potencial latente para se transformarem em verdadeiras usinas de receita. Da mesma forma, o modelo de SAFs, que até o momento não apresentou um caso de sucesso verdadeiramente consolidado, ainda pode surpreender e emergir como um novo vetor de poder.

Não obstante, as evidências atuais não sugerem que a hegemonia de Flamengo e Palmeiras será confrontada de maneira persistente no horizonte de médio prazo. É desafiador conceber uma alteração significativa nesse panorama em um período inferior a uma década.

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