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Carlos Alberto Parreira Quase Treinou o Flamengo: Entenda as Razões

Por Redação Flapress em 28/08/2025 15:50

A ilustre trajetória de Carlos Alberto Parreira, um nome profundamente associado à história do Fluminense, poderia ter tomado um rumo inesperado. O ex-comandante técnico, laureado com o título mundial pela Seleção Brasileira em 1994, trouxe à tona, durante uma participação no podcast "Basticast", detalhes sobre as três ocasiões em que esteve à beira de assumir o comando do Flamengo, o arquirrival tricolor. Uma confissão que lança luz sobre caminhos não percorridos no futebol nacional.

A revelação do tetracampeão mundial de 1994, que já foi treinador da Seleção Brasileira, gerou grande repercussão no cenário esportivo. Parreira, uma figura de peso no futebol, detalhou os motivos pelos quais, apesar dos convites, sua carreira nunca o levou ao banco de reservas rubro-negro.

As Recusas e os Compromissos Inadiáveis

A explicação para as negativas foi clara e objetiva. Parreira indicou que as propostas do Flamengo sempre colidiam com acordos já estabelecidos. "Tive três oportunidades", declarou Parreira, "mas nas três vezes que o Flamengo me convidou eu já tinha contrato assinado com duas seleções do exterior, e uma vez assinado com a Seleção Brasileira". Essa afirmação revela um padrão: compromissos prévios e inadiáveis foram os obstáculos para sua chegada à Gávea, demonstrando a seriedade e o profissionalismo com que o técnico encarava seus acordos contratuais.

As palavras do ex-técnico ressaltam a fidelidade aos seus compromissos, uma característica marcante de sua carreira. A impossibilidade de conciliar as ofertas rubro-negras com seus contratos já vigentes impediu que uma das figuras mais respeitadas do futebol brasileiro adicionasse o Flamengo ao seu currículo, um fato que, sem dúvida, altera a percepção de muitos sobre a história recente do clube.

O Dilema Ético e o Sigilo da Seleção

A mais emblemática dessas situações ocorreu quando um presidente do clube rubro-negro visitou sua residência. Parreira, já com um acordo selado com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para assumir a Seleção, viu-se em um dilema ético e profissional: precisava manter sigilo absoluto sobre seu futuro, uma determinação expressa pela cúpula da CBF. Este cenário ilustra a complexidade das negociações nos bastidores do futebol de alto nível.

O relato de Parreira sobre o encontro com o então presidente flamenguista é particularmente revelador:

"Uma vez o Márcio Braga (ex-presidente do Flamengo) passou lá em casa uma tarde toda e eu não podia dizer para ele que já estava assinado com a Seleção Brasileira, porque o Ricardo Teixeira (ex-presidente da CBF) disse que ninguém poderia saber. Isso para mim era uma ordem. Fiquei enrolando, passando mal, não conseguia falar."
A cena descrita ilustra a tensão e o desconforto de Parreira, obrigado a dissimular sua situação contratual, enquanto o então mandatário flamenguista buscava um acerto para o comando técnico.

Legado Consolidado, Mas Longe da Gávea

Enquanto sua jornada profissional nunca o levou a vestir o agasalho rubro-negro, o legado de Parreira no Fluminense é inegável e multifacetado. Ele comandou o clube em várias fases, conquistando o Campeonato Brasileiro de 1984 e, de forma notável, orquestrando o resgate do Tricolor da Série C em 1999, um feito que solidificou sua imagem como um dos grandes ícones do clube das Laranjeiras. A ausência de seu nome na história do Flamengo , portanto, não é por falta de convites, mas por uma série de coincidências e compromissos que moldaram uma das carreiras mais respeitadas do futebol brasileiro.

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Comentado em 28/08/2025 17:30 Parreira quase no Mengão? Slk, tá cedo, mas já dá vontade de ver essa pegada no nosso time, hein rs
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