- Flapress
- Ataque do Flamengo: Filipe Luís tem 180 Minutos para Resolver Dilema Antes da Final da Libertadores
Ataque do Flamengo: Filipe Luís tem 180 Minutos para Resolver Dilema Antes da Final da Libertadores
Por Redação Flapress em 21/11/2025 04:20
A contagem regressiva para a final da Libertadores contra o Palmeiras, agendada para 29 de novembro em Lima, impõe ao técnico Filipe Luís um complexo quebra-cabeça. Com apenas nove dias e dois compromissos restantes, o comandante rubro-negro precisa desvendar a composição ideal do setor ofensivo. A ausência de Pedro, vítima de uma nova lesão, não é o único fator a complicar o cenário. A incerteza paira também sobre as posições de ponta, onde atletas oscilam em desempenho, demandando respostas urgentes do treinador.
A situação se agrava com a suspensão de Plata, decorrente de sua expulsão na semifinal diante do Racing. Este cenário força Filipe Luís a explorar alternativas táticas que variam desde a adaptação de Bruno Henrique para uma função mais centralizada – estratégia já empregada em diversos momentos da temporada – até a configuração de uma linha de frente com três atletas de maior mobilidade, desprovida de um centroavante fixo. A reemergência de Juninho, que não iniciava uma partida desde abril, adiciona mais uma variável a essa equação.
Dentre as propostas que privilegiam a agilidade, surge a possibilidade de Carrascal atuar como referência ofensiva, ladeado por dois pontas que complementariam o trio de ataque. O técnico enxerga no talento colombiano uma versatilidade notável, capaz de desempenhar-se em todas as quatro posições do ataque. Sua parceria com Bruno Henrique permitiria ainda a constante inversão de posições durante o transcorrer do confronto, buscando desorganizar a defesa adversária.
A Linha de Frente Rubro-Negra Sob Escrutínio
A partir da lesão que afastou Pedro por fratura no braço, o Flamengo disputou sete confrontos. O que se observa é uma ausência total de repetição na formação do trio de ataque por parte de Filipe Luís, um claro indicativo da busca incessante por uma solução. Samuel Lino se destacou como o jogador mais presente, ausentando-se em apenas uma ocasião. Contudo, sua titularidade não é inquestionável, especialmente com o bom retorno de Everton Cebolinha após lesão, que agora pleiteia uma vaga. Nesse período de experimentação, a equipe balançou as redes 14 vezes, registrando três triunfos, dois empates e duas derrotas.
Nas extremidades do campo, o leque de opções à disposição de Filipe Luís é vasto. Além de Samuel Lino e do atleta que veste a camisa 11, nomes como Luiz Araújo, Bruno Henrique, Michael e o já mencionado Carrascal representam alternativas viáveis. Bruno Henrique, em particular, figurou em quatro das últimas cinco escalações, consolidando-se como uma forte candidatura para a posição de referência no ataque, apesar de ter expressado publicamente seu desconforto em atuar centralizado.
Correndo por fora na disputa por uma vaga na decisão da Libertadores, encontram-se Wallace Yan e Juninho. O jovem Juninho, inclusive, demonstra versatilidade para atuar em uma posição mais recuada, como meia, em cenários de necessidade, tal qual sua entrada em campo contra o Sport.
A Dança das Cadeiras: Experimentação Constante
Para ilustrar a amplitude das mudanças táticas, apresentamos as formações do ataque rubro-negro nos sete confrontos disputados sem a presença de Pedro:
| Adversário (Local) | Atacantes |
|---|---|
| Fortaleza (fora) | Plata, Samuel Lino e Bruno Henrique |
| Racing (fora) | Luiz Araújo, Carrascal e Plata |
| Sport (casa) | Plata, Samuel Lino e Bruno Henrique |
| São Paulo (fora) | Samuel Lino, Carrascal e Plata |
| Santos (casa) | Samuel Lino, Carrascal e Bruno Henrique |
| Sport (fora) | Luiz Araújo, Samuel Lino e Bruno Henrique |
| Fluminense (fora) | Carrascal, Lino e Bruno Henrique |
A instabilidade na linha de frente não se restringe apenas às escalações iniciais; ela se manifesta de forma ainda mais acentuada ao longo dos próprios jogos. Nos sete confrontos analisados, Filipe Luís promoveu a substituição integral de todas as peças ofensivas em três ocasiões. Nos quatro duelos restantes, somente um atacante conseguiu permanecer em campo durante os 90 minutos, evidenciando uma busca incessante por ajustes e um rendimento que ainda não se estabilizou.
Em detalhe, contra o Fortaleza, o trio ofensivo foi completamente substituído, com Juninho sendo um dos acionados. No embate contra o Racing, apesar da expulsão de Plata, a totalidade dos jogadores de frente também foi alterada. Na partida diante do São Paulo, o atleta colombiano (Plata) novamente recebeu o cartão vermelho, e a intervenção de Filipe Luís abrangeu não apenas o ataque, mas também o setor de meio-campo.
Prosseguindo na análise das substituições, no confronto contra o Sport, no Maracanã, Samuel Lino foi o único atacante a cumprir a totalidade do tempo regulamentar. Em Recife, na partida de volta contra o mesmo adversário, coube a Luiz Araújo a permanência integral. Contra o Santos, Bruno Henrique permaneceu em campo até o apito final, enquanto no clássico contra o Fluminense, apenas Carrascal completou os noventa minutos.
Os Últimos Testes e o Veredito Final
A jornada de Filipe Luís em busca da formação ofensiva ideal culmina nos próximos dois duelos. Antes do decisivo confronto pela Libertadores em 29 de novembro, o Flamengo terá pela frente o Bragantino, neste sábado, às 21h30 (horário de Brasília), no palco do Maracanã. Em seguida, na terça-feira (25), a equipe se desloca para Belo Horizonte, onde enfrentará o Atlético-MG. Esses 180 minutos serão cruciais para o técnico lapidar a estratégia e os nomes que terão a responsabilidade de buscar o título continental. O tempo é exíguo, e as decisões, imperativas.
Curtiu esse post?
Participe e suba no rank de membros