Reformulação Estrutural no Flamengo: Análise da Gestão de Bap

A administração de Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, no comando do Flamengo, iniciou-se com uma série de alterações em diversos setores da instituição. Contudo, até o presente momento, essas mudanças ainda não se refletiram no desempenho da equipe dentro de campo. O foco inicial da gestão tem sido o reordenamento da estrutura administrativa, com a substituição de funcionários e a definição de um novo organograma, contando com o apoio de aliados.

Reorganização Administrativa e Novas Nomeações

Bap, durante sua campanha, prometeu um Flamengo mais profissionalizado. Para concretizar essa visão, a gestão apostou no nome de José Boto, que agora ocupa um papel central na área do futebol. Além disso, alguns conselheiros que apoiaram Bap na eleição foram agraciados com cargos remunerados dentro do clube. Dekko Roisman assumiu a função de relações institucionais do futebol, Marcelo Conti passou a ser o responsável pelo relacionamento com a torcida, e Paulo Cesar Pereira foi nomeado gerente de redes sociais.

Essa movimentação gerou debates e contestações. Membros da oposição questionam a nomeação de conselheiros para cargos remunerados, especialmente após Bap ter defendido uma maior profissionalização e a redução do número de vice-presidentes. Os três nomeados foram destacados como figuras de confiança do presidente eleito e integrantes de sua base de apoio durante a campanha.

Outros Cargos e Expectativas

Outras posições importantes também foram preenchidas. Paulo Dutra assumiu como diretor geral do clube, substituindo Reinaldo Belotti, que atuava como CEO. Roberto Trinas foi nomeado chefe de marketing, com Marcos Senna mantendo-se no clube. Flávia da Justa assumiu a área de conteúdo e comunicação. Há ainda a expectativa de que Rodrigo Paiva, ex-CBF, também integre a equipe na comunicação do futebol. Carlos Noval, que estava afastado nos últimos meses de 2024, foi designado gerente de base.

Reestruturação e Avaliações no Futebol

José Boto, desde sua chegada ao Rio de Janeiro, tem se dedicado ao trabalho diário no Ninho do Urubu. Nos primeiros dias, ele procurou conhecer detalhadamente a estrutura do futebol rubro-negro, buscando realizar avaliações precisas. Uma das conclusões iniciais de Boto é que a estrutura do futebol, tanto na base quanto no profissional, apresenta um certo "inchaço". O dirigente pretende apresentar sugestões ao presidente Bap para uma possível redução no número de profissionais que atuam no CT.

Diretrizes e Restrições no CT

Uma das primeiras medidas adotadas por Boto foi a implementação de uma cartilha com diretrizes claras sobre quem pode frequentar o Ninho do Urubu. Ele solicitou o fim das visitas de pessoas que não estão diretamente ligadas ao dia a dia do futebol, além de proibir que indivíduos externos façam viagens e se hospedem no mesmo hotel da equipe em jogos fora do Rio de Janeiro. Essas medidas visam otimizar o ambiente de trabalho e foco dos atletas. A gestão de Bap, portanto, parece buscar uma reestruturação completa, desde a administração até o controle do ambiente de trabalho dos atletas.