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Absolvição de Bruno Henrique: Sormani Denuncia "Favorecimento ao Flamengo" no STJD

Por Redação Flapress em 14/11/2025 17:00

A recente deliberação do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que resultou na absolvição de Bruno Henrique de acusações de manipulação de apostas, impondo-lhe apenas uma multa de R$ 100 mil e revogando a suspensão previamente estabelecida, suscitou um debate acalorado no cenário esportivo nacional. A decisão, que gerou opiniões divergentes, foi alvo de críticas contundentes por parte do jornalista Fábio Sormani, que questionou a imparcialidade do processo.

Em sua participação no programa "Opinião Placar" na última sexta-feira (14), Sormani não hesitou em expressar sua indignação, associando o desfecho do caso à influência do clube em que o atleta atua. "Como é o Flamengo que está sendo julgado, eles interpretam a favor do Flamengo . Se o Bruno Henrique jogasse no Santos, como jogou um dia, ele seria expulso do planeta. Cadeira elétrica!", declarou o comentarista, apontando para uma suposta disparidade no tratamento dado a jogadores de diferentes equipes.

O Veredito do STJD e a Polêmica dos Votos

A análise do STJD sobre a conduta de Bruno Henrique , especificamente em relação à fraude ligada a apostas, culminou na reversão da punição original de suspensão. Contudo, o julgamento no Pleno do tribunal foi marcado por uma notável divisão de opiniões entre os nove auditores. Seis votos foram proferidos em favor da absolvição do jogador, enquanto dois auditores manifestaram-se pela intensificação da penalidade e um único membro defendeu a manutenção da condenação prévia. Essa falta de unanimidade é um ponto crucial na discussão.

Sormani fez questão de sublinhar a complexidade dessa votação. "Gente, se fosse tão claro assim, se a lei fosse clara, não seria 6 a 3, seria 9 a 0. Certo? Houve entendimento por parte de três auditores de que o jogador tinha que ser punido. Então dependeu muito da boa vontade de quem julgou", argumentou o jornalista, indicando que a interpretação da norma não foi inequívoca e que a decisão poderia ter sido influenciada por fatores além da estrita letra da lei.

Para ilustrar a divisão de entendimentos no tribunal, apresentamos a seguir a distribuição dos votos:

Decisão Votos
Absolvição do Jogador 6
Aumento da Pena 2
Manutenção da Condenação Prévia 1

Ética Desportiva e o Peso da Camisa

A discussão transcende o aspecto puramente legal e adentra o campo da moralidade desportiva. Sormani enfatizou que, mesmo diante de uma lacuna ou imprecisão na legislação, a conduta em questão possuía um caráter imoral amplamente reconhecido pela sociedade. "Se é imoral, e existe consenso na sociedade que é imoral, existe uma brecha na lei que você pode punir um jogador e não pegar a brecha pra absolver o cara. Porque ela (a lei) não é clara", pontuou ele.

O jornalista relembrou o cerne da acusação: "Ele passou uma informação para o irmão dele dizendo que ia tomar um cartão amarelo porque era a ordem do Flamengo . O irmão dele apostou e falou pra um monte de gente... Isso é imoral, isso é crime!" A gravidade da situação, na visão de Sormani, demandava uma postura mais rigorosa por parte do tribunal.

A conclusão do comentarista é direta e contundente: a filiação de Bruno Henrique ao Flamengo teria sido o fator decisivo para o desfecho favorável. "Havia possibilidade de se punir o Bruno Henrique , mas pelo fato dele jogar com a camisa do Flamengo fez com que ele fosse absolvido. Isso é muito claro!", sentenciou Sormani, levantando um questionamento incômodo sobre a verdadeira imparcialidade dos julgamentos no esporte brasileiro quando grandes clubes estão envolvidos.

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