- Flapress
- Pedro - Nocaute TÉCNICO
A situação exposta por Filipe Luís na noite de ontem, em relação ao jogador Pedro, revela algo que já havia sido sinalizado de forma muito mais sutil no passado. Treinadores como Domènec Torrent, Rogério Ceni, Paulo Sousa e Vítor Pereira foram, em momentos distintos, duramente criticados por não utilizarem Pedro com frequência. A recorrência dessas críticas ao longo dos anos, com quatro profissionais diferentes, por si só já levanta questionamentos importantes e aponta para algo que vai além da simples escolha técnica.
Mesmo sem tornarem públicas acusações diretas, os sinais estavam ali. Rogério Ceni, por exemplo, chegou a reprovar uma atitude do atacante ao ser substituído, chamando a cena de “feia” e “desrespeitosa”. Não era necessário dizer mais do que isso.
Mais recentemente, com Jorge Sampaoli, vimos o episódio extremo da agressão por parte de um membro da comissão técnica, após Pedro se recusar a aquecer. A atitude do preparador físico foi errada sob qualquer ótica — disso não há dúvida. Mas o que merece ser destacado é que, para se chegar ao ponto de uma agressão, é porque o comportamento do jogador já devia estar sendo visto como recorrente e inaceitável. Tanto é assim que, mesmo após o episódio, Pedro também foi punido pelo clube por sua recusa. O Flamengo jamais tomaria essa atitude se não existisse um histórico anterior envolvendo comprometimento e conduta.
Mais adiante, tivemos o próprio David Luiz — já em sua apresentação no Fortaleza — dando uma entrevista ao ge.com na qual afirma:
“Pedro, eu sou seu amigo, te amo e te admiro como jogador, mas, se eu fosse o treinador hoje, você também não jogaria.” “Ele ficou bravo comigo, ficou dois dias sem falar, mas entendeu que precisava se dedicar mais, ser mais focado nos treinos e terminou como Rei da América.”
Ou seja, os indícios estavam todos ali, espalhados ao longo dos últimos anos, vindos de fontes diferentes, mas apontando para a mesma direção.
Agora, com esse novo depoimento de Filipe Luís — alguém que viveu tudo isso de dentro, como companheiro de elenco e posteriormente como membro da comissão técnica — temos um panorama mais completo. A primeira conclusão é: Pedro, por ser um excelente jogador, confiou excessivamente no peso do seu nome. Acreditou que a carreira que havia construído até ali seria suficiente para garantir uma vaga no time titular, independentemente de sua dedicação nos treinamentos. Quando isso não aconteceu, os treinadores foram rotulados como "burros" por não colocarem em campo "o melhor camisa 9 do Brasil".
O segundo ponto é que, no Flamengo, tudo vira notícia. Filipe Luís testemunhou todo esse processo em silêncio por muito tempo, vendo as narrativas se construírem: Pedro sempre como o injustiçado e os técnicos como vilões. Desta vez, ele decidiu quebrar o ciclo. Talvez por perceber que esse mesmo roteiro estava se repetindo, agora com ele.
Li muitos comentários dizendo que um bom líder deve resolver questões internamente, que expor falhas publicamente não é papel de um gestor. No entanto, o Flamengo não é uma empresa comum. É uma instituição exposta, coberta 24 horas por dia pela imprensa e por milhões de torcedores. Tenho absoluta convicção de que Filipe Luís tentou resolver tudo de forma interna, diversas vezes. Mas, ao perceber que isso não surtiu efeito, resolveu tomar para si a responsabilidade da narrativa. Preferiu deixar de lado os “achismos” e a especulação.
Com coragem e franqueza, Filipe expôs a verdade não por vaidade, mas para proteger o elenco, a comissão e o clube como um todo. Colocou a instituição Flamengo acima de qualquer nome, e deixou claro que ninguém está acima do coletivo.
Pedro levou outro soco — desta vez simbólico, mas talvez ainda mais contundente. Um verdadeiro noc
aute técnico.
SRN.
Mesmo sem tornarem públicas acusações diretas, os sinais estavam ali. Rogério Ceni, por exemplo, chegou a reprovar uma atitude do atacante ao ser substituído, chamando a cena de “feia” e “desrespeitosa”. Não era necessário dizer mais do que isso.
Mais recentemente, com Jorge Sampaoli, vimos o episódio extremo da agressão por parte de um membro da comissão técnica, após Pedro se recusar a aquecer. A atitude do preparador físico foi errada sob qualquer ótica — disso não há dúvida. Mas o que merece ser destacado é que, para se chegar ao ponto de uma agressão, é porque o comportamento do jogador já devia estar sendo visto como recorrente e inaceitável. Tanto é assim que, mesmo após o episódio, Pedro também foi punido pelo clube por sua recusa. O Flamengo jamais tomaria essa atitude se não existisse um histórico anterior envolvendo comprometimento e conduta.
Mais adiante, tivemos o próprio David Luiz — já em sua apresentação no Fortaleza — dando uma entrevista ao ge.com na qual afirma:
“Pedro, eu sou seu amigo, te amo e te admiro como jogador, mas, se eu fosse o treinador hoje, você também não jogaria.” “Ele ficou bravo comigo, ficou dois dias sem falar, mas entendeu que precisava se dedicar mais, ser mais focado nos treinos e terminou como Rei da América.”
Ou seja, os indícios estavam todos ali, espalhados ao longo dos últimos anos, vindos de fontes diferentes, mas apontando para a mesma direção.
Agora, com esse novo depoimento de Filipe Luís — alguém que viveu tudo isso de dentro, como companheiro de elenco e posteriormente como membro da comissão técnica — temos um panorama mais completo. A primeira conclusão é: Pedro, por ser um excelente jogador, confiou excessivamente no peso do seu nome. Acreditou que a carreira que havia construído até ali seria suficiente para garantir uma vaga no time titular, independentemente de sua dedicação nos treinamentos. Quando isso não aconteceu, os treinadores foram rotulados como "burros" por não colocarem em campo "o melhor camisa 9 do Brasil".
O segundo ponto é que, no Flamengo, tudo vira notícia. Filipe Luís testemunhou todo esse processo em silêncio por muito tempo, vendo as narrativas se construírem: Pedro sempre como o injustiçado e os técnicos como vilões. Desta vez, ele decidiu quebrar o ciclo. Talvez por perceber que esse mesmo roteiro estava se repetindo, agora com ele.
Li muitos comentários dizendo que um bom líder deve resolver questões internamente, que expor falhas publicamente não é papel de um gestor. No entanto, o Flamengo não é uma empresa comum. É uma instituição exposta, coberta 24 horas por dia pela imprensa e por milhões de torcedores. Tenho absoluta convicção de que Filipe Luís tentou resolver tudo de forma interna, diversas vezes. Mas, ao perceber que isso não surtiu efeito, resolveu tomar para si a responsabilidade da narrativa. Preferiu deixar de lado os “achismos” e a especulação.
Com coragem e franqueza, Filipe expôs a verdade não por vaidade, mas para proteger o elenco, a comissão e o clube como um todo. Colocou a instituição Flamengo acima de qualquer nome, e deixou claro que ninguém está acima do coletivo.
Pedro levou outro soco — desta vez simbólico, mas talvez ainda mais contundente. Um verdadeiro noc
aute técnico.
SRN.
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